“Não é possível construir alternativas contra o PT, mas com o PT”, diz Dino

por Jorge Aragão

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), de passeio em São Paulo, concedeu uma entrevista, nesta segunda-feira (20), ao jornal O Estadão e, mais uma vez, fez questão de ressaltar a importância do PT e de Lula para 2022, mesmo depois da polêmica entrevista do ex-presidente da República sobre o atual partido de Dino (reveja).

Ao ser questionado se o PT ou Lula atrapalhariam a construção de um novo caminho eleitoral para esquerda, o comunista deixou claro que é impossível um alinhamento da esquerda sem Lula e o PT.

“Não haverá uma reorganização sem que o PT participe, é a força hegemônica do nosso campo político e nós temos a figura do líder máximo do campo popular, que é o ex-presidente Lula. De modo que não é possível construir alternativas contra o PT, mas sim com o PT”, afirmou.

Pelo visto, Flávio Dino não se incomodou com a entrevista de Lula sobre o PCdoB, ou efetivamente, como vem sendo especulado, o governador do Maranhão deve se filiar no PT.

Flávio Dino também voltou a deixar claro que é a favor do Juiz de Garantia. O comunista assegura que a implantação é necessária e que não acarretaria na contratação de nenhum novo servidor, ou seja, de nenhum novo magistrado. O comunista também entende que o Juiz de Garantia evitaria alguns abusos, que Flávio Dino assegura ter ocorrido na Operação Lava Jato.

Clique aqui para acompanhar a entrevista do governador do Maranhão ao O Estadão.

Governo Flávio Dino é acusado de pedaladas fiscais

por Jorge Aragão

Se a Assembleia Legislativa do Maranhão ganhou destaque positivo na imprensa nacional pelo corte do auxílio-alimentação na gestão Othelino Neto (reveja), não se pode dizer o mesmo do Governo Flávio Dino.

Neste fim de semana, o jornal O Estado de São Paulo acusa a gestão do comunista de cometer pedaladas fiscais, fazendo com que o Governo do Maranhão volte a ser destaque negativo nacionalmente.

Segundo a reportagem, a empresa de tornozeleiras eletrônicas e monitoramento de presos Spacecom deixou de ser apenas uma prestadora de serviços e virou fonte de financiamento de Estados: Minas Gerais, Goiás, Maranhão e Tocantins devem, juntos, R$ 8 milhões à companhia, e alguns têm faturas abertas desde 2015. “É uma pedalada fiscal o que eles (os Estados) estão fazendo. Eles passam por problemas financeiros e tentam empurrar a conta para o fornecedor para se financiar”, diz o dono da Spacecom, Sávio Bloomfield.

Em documento publicado em novembro, o Tesouro Nacional também afirma que os Estados brasileiros têm se aproveitado de prestadores de serviços e, “em casos extremos”, até de servidores para se financiar. A “operação de crédito” é feita quando os governos empenham despesas, mas não as quitam, deixando restos a pagar de um ano para outro.

O Boletim de Finanças dos Entes Subnacionais, elaborado pelo Tesouro, mostra ainda que os restos a pagar de todos os Estados cresceram 75% no ano passado e atingiram R$ 29,7 bilhões. “Pode-se notar uma tendência de crescimento dos valores inscritos (restos a pagar) na maioria dos Estados, o que pode ser visto como uma forma de financiamento dos Estados junto aos seus fornecedores”, afirma o documento.

A Secretaria de Administração Penitenciária do Maranhão, responsável pelo pagamento da empresa de Bloomfield, informou que o valor cobrado pela Spacecom é mais alto que o preço de mercado e, por isso, o contrato estava sendo contestado.

O problema é que a empresa Spacecom não deve ser o único fornecedor a receber pedaladas fiscais do Governo Flávio Dino.

Apoio de Roseana a Lula repercute na imprensa nacional

por Jorge Aragão

O apoio da ex-governadora Roseana Sarney ao ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, através de um postagem nesta sexta-feira (26), acabou virando notícia também na imprensa nacional.

O jornal O Estado de São Paulo destacou o apoio da medebista ao petista, que segue preso na Polícia Federal, em Curitiba. “O Maranhão está com Lula, eu também estou”, disse Roseana Sarney nas redes sociais. Veja abaixo a matéria do Estadão ou clique aqui.

A ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (MDB), pré-candidata ao governo nas eleições 2018, manifestou apoio à campanha “Lula Livre” nesta quinta-feira, 28, por meio de suas redes sociais.

Ela postou uma foto na qual aparece recebendo um abraço do ex-presidente, condenado e preso pela Operação Lava Jato, com a frase “o Maranhão está com Lula, eu também estou”, o comentário “a luta de Lula por Justiça também é nossa!” e a hashtag #LulaLivre.

Ao Estado, Roseana lembrou a relação pessoal que mantém com o ex-presidente. “Lula é meu amigo pessoal. Eu não abandono amigo, por mais difícil que seja a situação dele. Enquanto houver recurso possível na Justiça, estarei com ele nessa luta. E, no dia que não houver mais possibilidade de recurso, continuarei sendo amiga e grata por tudo o que ele fez pelo Maranhão”, disse a ex-governadora.

Embora hoje o PT e o MDB estejam em campos opostos, Roseana foi líder do governo Lula no Senado e recebeu forte apoio do governo federal em seus dois últimos mandatos como governadora.

Pesquisas internas dos partidos políticos mostram que o apoio ao ex-presidente alcança mais da metade do eleitorado maranhense e a vinculação ao nome do petista pode ser fundamental na disputa contra o atual governador, Flávio Dino (PCdoB), que tem feito a defesa e chegou a visitar Lula nas carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, onde cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Assessores de Roseana lembram que o Maranhão registrou uma das menores taxas de desemprego da história, 5%, no final de 2013.

Flávio Dino age para atrair votos de evangélicos

por Jorge Aragão

O jornal O Estado de São Paulo, um dos principais do Brasil, trouxe uma reportagem sobre as medidas que o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), tem feito para atrair os votos dos evangélicos. O assunto já havia sido abordado na imprensa local, mas agora ganhou destaque nacional.

O Estadão com a reportagem “Dino age para trair apoio de evangélicos” destaca que o comunista realizou uma “farra de capelães” e o fato de querer a deputada federal Eliziane Gama na sua chapa majoritária como candidata ao Senado, mesmo sabendo que a parlamentar votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que Dino sempre classificou como golpe. Veja abaixo a reportagem.

De olho nos votos dos evangélicos, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), tem estreitado as relações com os grupos religiosos do Estado. Nos últimos meses, Dino aumentou de 14 para 50 o número de capelães contratados pelo governo estadual. A maioria dos novos cargos foi entregue a líderes evangélicos, alguns deles filiados a partidos da base de Dino.

Além disso, o governador deve destinar uma das vagas ao Senado em sua chapa à deputada Eliziane Gama (PPS-MA), ligada à Assembleia de Deus. A manobra causou descontentamento do PT, que pleiteava a vaga.

No dia 15 de março o PRP, que integra a oposição a Dino na Assembleia Legislativa do Maranhão, protocolou uma notícia de fato junto ao Ministério Público Eleitoral (MPE) na qual acusa o governador de “abuso do poder eleitoral” por causa da contratação dos capelães.

Segundo a denúncia, Dino criou uma “seita política-administrativa-religiosa eleitoral” com a indicação dos novos capelães para a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros – em um discurso a pastores ele prometeu criar outros 10 cargos para a Polícia Civil.

Dos 34 novos postos, apenas 10 foram destinados à Igreja Católica. Os outros 24 foram entregues a líderes evangélicos. Os salários, segundo a denúncia apresentada ao MPE, vão de R$ 6 mil a R$ 21 mil. Entre eles estão religiosos filiados ao PDT, PTB, PP, PPS e DEM, todos partidos que integram a base aliada do governo Dino.

Outro capelão, o pastor major Caetano Jorge Soares, apoiou publicamente a campanha de Dino em 2014, conforme o portal do PC do B. Já o pastor Venino Aragão de Souza, da Igreja Universal do Reino de Deus, comanda um programa na TV Difusora, retransmissora da TV Record no Maranhão.

Demanda. As nomeações seguem as normas legais e a escolha dos nomes é uma prerrogativa do governador. Em nota assinada por todos os capelães, o governo justifica as contratações dizendo que o aumento do efetivo policial fez crescer a demanda por serviços religiosos nos quartéis.

“Em decorrência do investimento do atual governo nas corporações militares, aumentando de forma significativa seu efetivo e, consequentemente, o crescimento da necessidade de apoio espiritual, pastoral com o objetivo de resgatar valores sensíveis com a comunidade, com a própria família do policial, havendo a necessidade do correspondente aumento de oficiais capelães, bem como, da regionalização dessas capelanias”, afirma a nota.

Durante a Convenção Estadual das Assembleias de Deus do Maranhão, em dezembro do ano passado, Dino, que costuma se definir como um “comunista, graças a Deus”, falou o que pensa sobre a relação entre política e religião.

“Nós garantimos um princípio muito especial, o princípio do estado laico. O estado laico não é um estado antirreligioso, há às vezes uma confusão em relação a isso. O estado laico é aquele cujo governante não protege uma Igreja em particular. Para ser laico de verdade, um estado abrange, acolhe e estimula todas as Igrejas. E isso nós temos feito”, disse.

Em outra frente, Dino tenta integrar os evangélicos na composição de sua chapa. A deputada Eliziane Gama (PPS-MA), ligada à Assembleia de Deus, maior denominação neopentecostal do Brasil, deve ficar com uma das vagas para a disputa pelo Senado.

A escolha irritou o PT, um dos principais aliados de Dino. Eliziane votou a favor do impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff e tentou convocar o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva para depor na CPI da Petrobrás. Além disso, o PT quer indicar o ex-secretário de Esportes e Lazer do Maranhão Márcio Jardim para a vaga.

Dino justifica a escolha dizendo que o PT já está representado em seu governo e agora precisa ampliar sua aliança.

Apenas coincidência?

por Jorge Aragão

Nesta quarta-feira (03), o jornal O Estadão trouxe a reportagem “Só 3 governadores correm risco de se tornar réus no STJ”, entre esses governadores está o do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).

Na avaliação da reportagem, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve decidir nesta quarta-feira, se mantém a regra que impede governadores de se tornarem réus em ações penais sem autorização prévia da Assembleia Legislativa. Pelo entendimento atual, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) só pode receber uma denúncia contra chefe de Executivo estadual após aval de dois terços dos deputados.

Caso a regra seja mantida, apenas 3 dos 9 governadores alvo de pedido de inquérito com base nas delações da Odebrecht correm algum risco de serem investigados na Lava Jato, pois não têm o apoio necessário de suas bases. São eles Luiz Fernando Pezão (PMDB), do Rio, Marcelo Miranda (PMDB), do Tocantins, e Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão.

O Estadão entende que Dino apesar de ter a maioria na Assembleia Legislativa, não possui 66% entre os atuais parlamentares.

O curioso é que também nesta quarta-feira, pela primeira vez no Governo Flávio Dino, um secretário do comunista foi convocado pela Assembleia Legislativa para prestar esclarecimento (reveja).

Entretanto, tudo pode não passar de mera coincidência.

É aguardar e conferir.

Dino descarta Dilma no seu Governo e prefere Ciro Gomes a Lula em 2018

por Jorge Aragão
Brasília - DF, <a href=

prescription 25/02/2015. Presidenta Dilma Rousseff recebe Flávio Dino, stomach Governador do Estado do Maranhão. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.” width=”330″ height=”307″ /> Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.

O governador do Maranhão, rx Flávio Dino (PCdoB), parece ter compreendido o “recado das urnas” e agora parece querer manter mesmo uma distância dos ícones do PT no Brasil, o ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff.

Em entrevista ao jornalista Marcelo Moraes, de O Estadão, Flávio Dino abordou diversos assuntos. Apesar de continuar defendendo uma unidade da esquerda brasileira, Dino admite a derrota nas urnas.

“Há uma constatação óbvia de que foi um resultado desfavorável para a esquerda. Acho que isso ocorreu, principalmente, pela crise econômica e pelo desemprego. O grande beneficiário dessa perda de substância eleitoral da esquerda não foi propriamente outro partido e sim a chamada antipolítica. Porque, se você olhar São Paulo, Rio e Belo Horizonte, ganharam três outsiders”, afirmou.

O governador do Maranhão foi ainda mais além, deixou claro que, na sua opinião, Lula já não é mais o melhor caminho para a esquerda e aponta o nome de Ciro Gomes como alternativa para 2018.

“Lula pode até ser candidato. Mas, se for, deve ser de um movimento político mais amplo. Alguém de outro partido poderá ser o candidato dessa nova frente. Ciro Gomes está muito credenciado pela trajetória”, destacou.

Flávio Dino também descartou que tenha feito qualquer convite para que a ex-presidente Dilma Rousseff integrasse sua equipe de governo, como chegou a ser especulado na imprensa nacional.

“É lenda. Nunca houve convite para que fosse secretária no Maranhão”, finalizou.

Pelo visto, Flávio Dino compreendeu bem o “recado das urnas”. Clique aqui e leia a entrevista na íntegra.

Mais uma “bola dividida”, meu caro Flávio Dino ???

por Jorge Aragão

estadaoPelo visto o governador do Maranhão, link Flávio Dino (PCdoB), tem pouco serviço na função que ocupa e parece disposto a encarar mais uma “bola dividida” e que, novamente, pode e deve lhe gerar desgaste político.

Segundo o jornal O Estadão (veja aqui), Dino seguiu de São Luís para Brasília juntamente com o presidente interino da Câmara Federal, Waldir Maranhão (PP), num avião da Força Aérea Brasileira.

De acordo com a reportagem, Waldir Maranhão esteve na capital maranhense para pedir apoio político ao amigo Flávio Dino para permanecer na presidência da Câmara Federal. Coincidência ou não, o governador seguiu para Brasília com o parlamentar.

O problema é que para ter apoio do Governo Federal, Waldir terá que acelerar o projeto de cassação de Cunha na Câmara.

Vale lembrar que Waldir Maranhão, a pedido do amigo governador, mudou seu voto e foi contra a abertura do impeachment de Dilma. O voto de Maranhão surpreendeu ao então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a quem ele jurou fidelidade.

Segundo O Estadão, a proximidade de ambos é tamanha que Waldir Maranhão deve compor chapa com Flávio Dino na eleição do Senado Federal em 2018, além disso o parlamentar teria assegurada a indicação para o cargo de secretário de Ciência e Tecnologia.

Resta saber se o governador vai mesmo encarar mais uma “bola dividida”.

Levantamento aponta maioria do Senado a favor do impeachment

por Jorge Aragão

senadores

Depois da votação na Câmara Federal, buy onde os deputados decidiram pela abertura do impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT), check agora o processo seguirá para o Senado Federal que dará o veredicto final e ao que tudo indica deverá culminar com o afastamento da petista.

Pelo menos é o que já aponta o levantamento feito pelo jornal O Estadão. De acordo com o levantamento, search dos 81 senadores, 45 já seriam favoráveis ao impeachment. Os demais estariam contra o impeachment (21), indecisos (06) e/ou não quiserem responder (09).

Os três senadores do Maranhão, baseado no levantamento, podem ajudar Dilma Rousseff na missão quase que impossível de se livrar do impeachment.

Apenas o senador João Alberto (PMDB) já teria se posicionado e seria contra o impeachment, repetindo o voto do seu filho, o deputado federal João Marcelo (PMDB), na Câmara Federal.

Os outros dois senadores não se posicionaram. Edison Lobão (PMDB), que chegou a ser ministro de Dilma Rousseff, estaria indeciso e Roberto Rocha (PSB) não quis responder ao questionamento feito. Clique aqui e veja todo o levantamento.

Depois dos deputados federais, agora serão os senadores os novos protagonistas da política brasileira, pelo menos até o dia 10 de maio, prazo previsto para o julgamento decisivo de Dilma Rousseff.

Até lá é aguardar e conferir.

Impeachment: maioria dos senadores maranhenses está indecisa

por Jorge Aragão

senadoresDepois do levantamento dos deputados federais, ailment o jornal O Estadão fez um levantamento sobre o eventual posicionamento dos senadores brasileiros no caso do impeachment chegar ao Senado Federal.

De acordo com o levantamento feito (ed maioria-do-senado-apoia-afastamento,10000025895″>veja aqui), a maioria dos senadores estariam favoráveis ao impeachment. Nesse momento, dos 81 senadores, 42 seriam favoráveis ao impeachment e 17 contrários. Enquanto que 22 senadores não se posicionaram publicamente.

Dos três senadores maranhenses, dois estão indecisos. Os senadores Edison Lobão (PMDB) – que chegou a ser ministro da presidenta Dilma e Roberto Rocha (PSB), segundo levantamento, se posicionaram como indecisos.

Já o senador João Alberto (PMDB) já se posicionou contrário ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT).

Caso no domingo (17), 342 deputados federais, ou seja 2/3 da Câmara Federal, aprovem o impeachment, o processo seguirá para o Senado Federal. Lá, será criada uma comissão especial com 21 senadores que analisará a questão.

A comissão emitirá um parecer e vai para o Plenário do Senado Federal, onde precisa de maioria simples dos senadores presentes para determinar o afastamento da presidenta Dilma.

Governo Dino volta a ser destaque negativamente na mídia nacional

por Jorge Aragão

estadaoSe o governador Flávio Dino e seus asseclas diziam que o Maranhão estava deixando de ser destaque negativo nacionalmente, pill o que todos sabemos que não era verdade, unhealthy nesta terça-feira (12), sovaldi definitivamente a verdade veio a tona.

O jornal O Estadão repercutiu as declarações dadas pelo presidente do Conselho Diretor da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, Wagner Cabral, e pelo advogado Luis Antônio Pedrosa, ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MA, onde ambos afirmaram que o Governo Flávio Dino teria pactuado com criminosos para evitar novas rebeliões no Complexo Penitenciário. Veja abaixo a matéria que está repercutindo em todo o Brasil.

“Para manter a paz (nos presídios maranhenses), o governo se rendeu à lógica dos criminosos”, denuncia o presidente do Conselho Diretor da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH), Wagner Cabral. A declaração veio após um posicionamento do também membro da SMDH, o advogado Luís Antônio Pedrosa, que revelou existir “concessões a facções criminosas” para controlar mortes no sistema penitenciário do Maranhão.

Desde 2013, o principal centro de detenção do Maranhão, o Complexo Penitenciário de Pedrinhas – localizado às margens da BR-135, na capital do Estado -, é destaque na mídia nacional e internacional por causa das mortes, fugas e rebeliões ocorridas. O número de assassinatos registrados nos últimos três anos já chega a 70, mas com considerável redução em 2015.

Porém, de acordo com os membros da SMDH, o “controle” do sistema penitenciário está custando um preço alto para a sociedade maranhense. “Ações criminosas, em que facções operam assaltos a ônibus, latrocínios e explosões de banco, estão ocorrendo com maior intensidade”, acusou Pedrosa.

Já Cabral explicou que as duas principais facções criminosas do Maranhão, Bonde dos 40 e Primeiro Comando do Maranhão (PCM), acabam sendo as responsáveis pela divisão da população carcerária das unidades prisionais em acordo com administração penitenciária.

O governo do Estado contestou as declarações e disse que reduziu em mais de 76% o número de mortes no sistema penitenciário em 2015 e que a ordem estabelecida nos presídio é fruto de um “trabalho sério”, além de estar seguindo o que rege a Lei de Execuções Penais (LEP).

Em junho de 2015, SMDH, Ordem dos Advogados do Brasil do Maranhão (OAB-MA), Conectas Direitos Humanos e Justiça Global apontaram em relatório que “a superlotação, práticas abusivas de autoridade, maus-tratos, castigos, desrespeito aos familiares, condições insalubres e indignas continuam presente no cotidiano das unidades”. “Persiste, assim, um conjunto de situações e práticas que degradam a dignidade e violam o direito humano das pessoas privadas de liberdade.”

Em tempo: vale lembrar que o G1 Maranhão também já havia abordado o assunto logo no início do ano. Clique aqui e veja a matéria.