A postura equilibrada e acertada de Felipe Camarão

por Jorge Aragão

Durante quase sete horas a MP 230 (que trata sobre o realinhamento do salário do professor público estadual) não se ouviu uma crítica ao atual titular da pasta, Felipe Camarão.

Além da competência reconhecida, inclusive por oposicionistas, conforme o Blog já demonstrou aqui, a postura técnica adotada por Camarão é digna de reconhecimento. Enquanto a maioria dos gestores, para agradar o chefe procuram cultivar o ódio a quem tece críticas ao Governo Flávio Dino, alguns, entre eles Felipe Camarão, respondem com trabalho e para comprovar isso basta analisar o perfil do gestor nas redes sociais, em especial no Twitter.

Durante o árduo debate sobre a MP 230, Felipe Camarão procurou tecnicamente justificar a medida, mas sem jamais levar o debate para o campo “político partidário” e/ou agredir alguém que condenava a medida.

Felipe Camarão utilizou inclusive as redes sociais para destacar 29 pontos que resumem a sua passagem pela Secretaria de Educação. O Blog relaciona abaixo e percebam que em momento algum, o gestor entra no tolo debate politiqueiro que alguns tem adotado para justificar a incompetência.

1. Concurso público para professores com carga horária de 40h pela primeira vez na história;
2. Nos últimos 2 anos, quase 18 mil progressões, promoções, titulações e estímulos;
3. Concurso com 230 vagas para profissionais da Educação Especial;
4. Reajuste duas vezes dos salários de professores contratados;
5. Nenhum professor da rede estadual recebe abaixo do valor do Piso Nacional, sequer no vencimento básico, tanto para 20h quanto 40 horas;
6. Concursos internos para ampliação de jornada e unificação de matrículas docente, beneficiando 1.200 professores. Novos concursos em 2017;
7. Maranhão paga hoje segunda maior remuneração do País. Com o reajuste integral, em maio, será o maior salário do Brasil das redes estaduais;
8. Gestão democrática nas escolas com eleição gestor em 2015 e 2016, envolvendo mais 600 mil pessoas das comunidades escolares;
9. Condições dignas melhores. Até junho chegaremos a mais da metade das escolas com intervenções na rede física;
10. Democraticamente visando interesse público abrimos concurso de remoção p/ professor da Educação Especial e em abril para demais professores;
11. Escutas pedagógicas com professores de todo o Maranhão, de forma inédita mais de 5 mil educadores discutem com a Seduc melhorias do ensino;
12. Educação Integral implantada em 11 centros de ensino e 7 IEMAS. Além dos núcleos de educação integral para apoio às atividades pedagógicas;
13. Escola Digna. Chegaremos a 100 escolas de alvenaria entregues substituindo as de taipa, palha e estruturas inadequadas;
14. Programa de Regularização do Fluxo Escolar com bolsas de incentivo a professores de 31 municípios maranhenses;
15. Seletivo para professor alfabetizador do Programa Sim, Eu Posso;
16. Seletivo para escolas do Campo, Indígenas e Quilombolas;
17. Realizada em 2015 e 2016 Formação em Gestão Escolar com foco na gestão democrático. Mais de mil educadores participaram;
18. Cursos de aperfeiçoamento para professores de Inglês e Espanhol;
19. Formação para professores e gestores dos Centros de Educação Integral;
20. Formação em Educação e Saúde para professores;
21. Formação para professores do Projovem Campo/Saberes da Terra para educadores de 14 municípios;
22. Jornada de Alfabetização do Sim, Eu Posso nas cidades de menor IDH combatendo o mal do analfabetismo deixado em nosso estado;
23. Recomposição salarial de mais de 22% em dois anos, superior à inflação acumulada do período;
24. Apenas a recomposição salarial aprovada ontem na Assembleia Legislativa gera um impacto financeiro de mais de 132 milhões de reais ao governo estadual;
25. Somados a esses 132 milhões temos ainda progressões, unificações e ampliações este ano que geram um impacto total de aproximadamente 200 milhões;
26. Nenhum outro estado da federação concedeu, como o MA, recomposição para todos os professores;
27. Serão 300 escolas dignas até o fim de 2018 ajudando as redes municipais;
28. Contratação de 800 novas merendeiras alcançando as 19 unidades regionais. E ainda terá novas contratações este ano;
29. Uniformes para todos os estudantes da rede pública estadual. Inédito!;

E assim segue Felipe Camarão, trabalhando e mais uma vez mostrando resultado na pasta em que atua, sem a necessidade de atacar e/ou agredir quem por ventura lhe critica, prefere sempre o trabalho como a melhor resposta, pena que seja um ponto fora da curva no Governo Flávio Dino.

Enchente ou mão de gente

por Jorge Aragão

Jabuti trepado em árvore é enchente ou mão de gente. É com esse velho adágio popular que inicio esta postagem para tratar da relação do secretário de Ciência e Tecnologia (SECTI), Jhonatan Almada, com o deputado estadual Bira do Pindaré.

O deputado Bira do Pindaré iniciou o Governo Flávio Dino na equipe do Governo Flávio Dino, justamente na SECTI, mas posteriormente deixou a pasta e retornou a Assembleia Legislativa só que para não perder o espaço na gestão indicou um aliado, o atual secretário Jhonatan Almada.

Com uma gestão apagada, Jhonatan resolveu aparecer, mas infelizmente não com trabalho, mas sim fazendo média com o Governo Flávio Dino através das redes sociais, após a aprovação da MP 230.

Obviamente que a “puxação de saco” agradou aos patrões, tanto que alguns até reproduziram as tolices. O problema é que Jhonatan se empolgou na bajulação e novamente trouxe de volta ao cerne da questão o seu “padrinho político”, Bira do Pindaré.

O curioso é que nem mesmo o próprio bajulado, o deputado Bira do Pindaré, escreveu absolutamente nada sobre o assunto e muito menos utilizou a Tribuna da Assembleia para se posicionar.

A última postagem de Bira no facebook é de 14 de março e mesmo sem abordar o assunto foi alvo de dois comentários, ambos criticando a sua postura diante da MP 230. “Mostrando realmente quem é, tomando bênção ao ditador Flávio Dino, o rei das medidas provisórias, atacando a categoria de professores”, escreveu o primeiro. “Que decepção Cara !!!”, destacou o segundo.

Ora, se a MP 230 era tão boa para os professores, por qual motivo alguns, incluindo Bira do Pindaré, tem vergonha de defende-la?

Bira foi inegavelmente era um árduo defensor da categoria de professores no Governo Roseana, mas quando se transformou em governo simplesmente resolveu apagar sua própria história pelas benesses comunistas. Tanto que, ao lado deputado professor Marco Aurélio, foram os dois parlamentares mais criticados pelos professores que marcaram presença na galeria da Assembleia. Veja o vídeo abaixo.

 

Já sobre o secretário Jhonatan, que ao tentar bajular acabou mais prejudicando o “padrinho” Bira do Pindaré, seria mais útil utilizar as redes sociais para explicar por qual motivo que até agora os aprovados no seletivo para o IEMA, realizado em junho de 2016, ainda não foram convocados.

Mas isso é assunto para uma outra postagem, é claro.

A estratégia equivocada e covarde de Cabo Campos e Júnior Verde

por Jorge Aragão

Quando se imaginou que depois do fatídico 15 de março, nada mais pudesse surpreender na Assembleia Legislativa, eis que aparecem os deputados estaduais Cabo Campos e Júnior Verde, com uma estratégia injusta e covarde.

Os dois parlamentares, depois de passarem quase oito horas calados, sem se pronunciar durante a votação da MP 230, resolveram, nesta quinta-feira (16), um dia após a votação, se posicionar e tentar justificar os seus votos, que foram contrários a emenda do deputado Eduardo Braide – que respeitava o Estatuto do Educador e atendia ao interesse da categoria.

Entretanto, a atitude dos parlamentares foi equivocada, pois trouxe novamente à baila o assunto, e covarde, já que esperaram os professores saírem da Assembleia para externarem seus pensamentos.

Ou seja, o “tiro saiu pela culatra” e os dois parlamentares ainda ouviram o que não queriam da Tribuna, pois tanto Max Barros, quanto Eduardo Braide responderam à altura os pronunciamentos tolos e desnecessários de Cabo Campos e Júnior Verde.

“Eu entendo que o dia e o momento para se estabelecer o contraditório, o debate, a divergência de opiniões não é o dia de hoje, era o dia de ontem, quando a matéria foi votada, quando os principais interessados estavam aqui na galeria para participar e ouvir o debate, ontem foi o grande dia para se estabelecer o contraditório, o debate, o poder da argumentação, não hoje. Nem os principais representantes do governo nesta Casa ousaram discutir mais esse assunto. Mas parece que as vezes, para alguns, é necessário mostrar algum serviço ao governo para fazer esse discurso apenas para registro da mídia”, cutucou Max Barros.

Eduardo Braide foi mais incisivo e chegou até a alertar a categoria de policiais civis e militares quando seus reajustes forem votados na Assembleia. Braide fez a comparação pelo fato de Júnior Verde ser policial civil e Cabo Campos ser policial militar.

“Os deputados tiveram toda a oportunidade de defender a medida provisória na forma original, já que estão dizendo que é a melhor coisa do mundo. Por que não subiram na Tribuna ontem para dizer que a MP era boa? Hoje, que já foi aprovada, que não tem nenhum educador na galeria para poder acompanhar a votação, sobe-se com maior arroubo para dizer que a MP é boa. Existem certos momentos que é melhor ficar calado do que falar. Pelo que estão dizendo, Polícia Militar do Maranhão, Polícia Civil do Maranhão, tomem cuidado porque, se o governo do Estado chegar aqui com uma medida para implantar a recomposição salarial em qualquer gratificação de vocês e não no subsídio, tem deputado que já declarou da Tribuna que é bom e que vai votar desse mesmo jeito. Eu quero dizer o que foi feito ontem aqui, foi rasgar o Estatuto do Magistério. E falo em alto e bom som, que essa matéria será levada à Justiça e eu tenho certeza que a Justiça haverá de reconhecer esse equívoco”, finalizou Braide, que durante o seu discurso, comprovou mais uma vez, através de matéria retirada no site do próprio SINPROESEMMA, que a categoria não queria a gratificação em cima da GAM, mas sim em cima do vencimento.

Pelo visto os dois parlamentares, com a ida extemporânea na Tribuna, apenas fizeram com que o assunto viesse novamente ao debate e que estavam com medo de se posicionar diante dos professores.

Dessa forma, era melhor terem realmente ficado calados.

Governistas descumprem acordo e votam MP 230 nesta quarta-feira

por Jorge Aragão

A base do Governo Flávio Dino deu um verdadeiro “bypass” na categoria de professores estaduais do Maranhão, nesta quarta-feira (15), votaram e aprovaram a MP 230 que trata sobre o reajuste da categoria.

Existia um acordo, inclusive com a Mesa Diretora e a categoria de professores, firmado na terça-feira (14), que a votação da MP 230 só seria realizada na quinta-feira (16), mas a base governista, a pedido do Governo Flávio Dino, prevalecendo da sua ampla maioria, descumpriu o acordo e conseguiu fazer com que a votação fosse antecipada para hoje, mesmo com a chiadeira tremenda dos oposicionistas.

Apesar do Governo Flávio Dino assegurar que os professores são favoráveis a MP, a intenção dos governistas era fazer a votação sem a presença de representantes da categoria, ou seja, sem sofrer a pressão daqueles que estão insatisfeitos com a decisão tomada pelo governador.

Entretanto, a Oposição, mesmo sendo minoria, foi valente e estrategista. Conseguiu estender a Sessão Ordinária o máximo possível, permitindo assim a chegada de professores para protestar contra a MP 230.

A principal reclamação da categoria é que o realinhamento proposto pelo Governo Flávio Dino, através da MP 230, será em cima da GAM (Gratificação por Atividade do Magistério) e não em cima do vencimento, como prevê o Estatuto do Magistério.

Por conta dessa disparidade, o deputado Eduardo Braide propôs uma emenda que alterava a MP e faria com que o reajuste fosse em cima do vencimento do salário do professor. A proposta foi rejeitada pela CCJ –Comissão de Constituição e Justiça, mas Braide pediu para que o Plenário fosse consultado.

Antes da votação da MP, foi votada a emenda do deputado Eduardo Braide e rejeitada pela base do Governo Flávio Dino. Foram 21 votos contra a emenda e apenas dez deputados votaram favoráveis (Eduardo Braide, Wellington do Curso, Alexandre Almeida, Edilázio Júnior, Max Barros, Adriano Sarney, Andrea Murad, César Pires, Graça Paz e Sousa Neto).

 

Além disso, estavam ausentes os deputados estaduais e/ou não votaram (Carlinhos Florêncio, Edivaldo Holanda, Francisca Primo, Josemar de Maranhãozinho, Sérgio Frota, Vinícius Louro, Zé Inácio e Humberto Coutinho).

A votação ocorreu em meio a manifestações de professores na galeria, que gritavam “quem vota contra professor é deputado traidor”.

Os deputados mais criticados pela categoria foram Bira do Pindaré, que no Governo Roseana era o principal defensor da categoria, e o professor Marco Aurélio, ambos votaram contra a emenda que melhoraria o reajuste do professor estadual do Maranhão. Os dois parlamentares também foram alvos das manifestações dos professores.

E assim segue o governo da mudança do governador Flávio Dino.

MP 230: emenda de Eduardo Braide é rejeitada na CCJ

por Jorge Aragão

A polêmica da semana na Assembleia Legislativa deverá mesmo ficar por conta da MP 230 encaminhada pelo Governo Flávio Dino. A Medida Provisória é referente ao reajuste salarial dos professores do Estado do Maranhão e deverá ser votada em Plenário na próxima quinta-feira (16).

O principal ponto de discussão é que a MP 230 afirma que o reajuste será em cima da GAM (Gratificação por Atividade do Magistério) e não em cima do vencimento, como prevê o Estatuto do Magistério.

Para tentar corrigir o problema, salientado por alguns parlamentares, o deputado Eduardo Braide apresentou uma emenda para sanar o impasse, mas a iniciativa foi rejeitada na CCJ – Comissão de Constituição e Justiça.

“É bom lembrar inicialmente que a categoria não teve nenhum reajuste ano passado e agora o governo sugere a MP 230, que sequer chegou ao percentual acumulado da inflação nos dois anos, mas o mais grave é que essa recomposição seria em cima da GAM e não dos vencimentos, desrespeitando o Estatuto do Magistério no seu artigo 32, que destaca que qualquer reajuste tem que ser em cima do vencimento. Fizemos uma emenda, mas a maioria dos deputados da CCJ rejeitaram”, afirmou.

Eduardo Braide destacou ainda que além da ilegalidade da medida, ela trará prejuízo para um segmento significativo da categoria de professores.

“A nossa ideia é manter a legalidade da MP, pois do jeito que está é ilegal, já que o artigo 32 do Estatuto do Educador não foi revogado. Além disso, reparar já que teremos perdas para os educadores, no quinquênio, nas gratificações por titulação de especializações, como mestrado e doutorado, além dos professores da educação especial que recebem uma gratificação no vencimento, ou seja, o que o Estatuto do Educador garantiu, depois de anos de luta, está sendo desrespeitado agora”, salientou Braide.

O parlamentar finalizou afirmando que não desistiu e irá levar a decisão o Plenário. “Iremos apresentar um destaque na votação de quinta-feira e traremos essa emenda para p Plenário que é soberano, e decidirá se quer respeitar ou não o Estatuto do Educador”, finalizou.

Pelo menos mais dois deputados subiram a Tribuna e declararam apoio a proposta do deputado Eduardo Braide. Wellington do Curso, que também é professor, e Edilázio Júnior também se posicionaram contrário ao formato atual da MP.

Agora é aguardar e conferir.