Michel Temer reafirma permanência na presidência da República

por Jorge Aragão

Num pronunciamento rápido, na tarde deste sábado (20), o presidente da República, Michel Temer, reafirmou que permanecerá no comando do Brasil e confirmou que entrou com um pedido de suspensão do inquérito aberto com autorização do ministro Edson Fachin para investigá-lo por suspeita de corrupção passiva

“Digo com toda segurança: o Brasil não sairá dos trilhos. Eu continuarei à frente do governo”, assinalou.

Temer também criticou o áudio divulgado, que segundo o presidente foi editado e mesmo ‘montado’ não conseguiu lhe incriminar, mas acabou prejudicando a economia do Brasil.

“Essa gravação, clandestina, é o que se diz, foi manipulada e adulterada com objetivos nitidamente subterrâneos, incluída no inquérito sem a devida e adequada averiguação, levou muitas pessoas ao engano induzido e trouxe grave crise ao Brasil”, destacou Temer.

O presidente da República também fez um questionamento, que parece ser da maioria dos brasileiros, sobre as vantagens obtidas pelos delatores da JBS.

“O autor do grampo está livre e solto, passeando pelas ruas de Nova York. O Brasil, que já tinha saído da mais grave crise econômica de sua história, vive agora, sou obrigado a reconhecer, dias de incerteza. Ele não passou nenhum dia na cadeia, não foi preso, não foi julgado, não foi punido e, pelo jeito, não será”, finalizou.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também solicitou a perícia do áudio entregue pelos delatores da JBS.

Clique aqui e veja o novo pronunciamento de Michel Temer.

“A montanha pariu um rato”, afirmou Michel Temer

por Jorge Aragão

O Blog do Camarotti conversou na noite desta quinta-feira (18) com o presidente da República, Michel Temer. O peemedebista, após a divulgação da sua conversa com o empresário da JBS, destacou que não teve nada no diálogo que lhe incriminasse.

Temer explicou detalhadamente o que muitos estavam considerando a parte mais grave do diálogo, quando ele afirmava “mantenha isso”. A denúncia, que efetivamente não ficou comprovado com a divulgação do áudio, dizia que Temer estava se referindo a uma propina paga a Eduardo Cunha pelo seu silêncio.

“Não estou comprando o silêncio de ninguém, isso não é verdade. Os áudios comprovam isso. Essa é a tese que alicerça esse inquérito, de que eu avalizei a compra do silêncio do Eduardo Cunha. O que alicerça esse inquérito é que ele [Joesley Batista] teria dito que eu teria concordado com a compra do silêncio, o que não existe. O que ele [Joesley] disse e que eu concordei é que ele estava se dando bem com Eduardo Cunha, por isso falei ‘mantenha isso.”

Temer ressaltou que apesar do desgaste do episódio, tem recebido apoios e que ninguém sugeriu sua renúncia.

“Fiquei profundamente agastado com o episódio. Isso é uma irresponsabilidade. Não se pode tratar o país desse jeito. A Bolsa desabou! Ninguém chega aqui para me pedir renúncia. Pelo contrário, todos estão pedindo para eu resistir. Vou resistir. Se precisar, vou fazer outro pronunciamento amanhã. Vou sair dessa crise mais rápido do que se pensa”, disse.

O presidente Temer resumiu o episódio em uma frase.

“A montanha pariu um rato”, finalizou.

“Não renunciarei”, assegura Michel Temer em pronunciamento

por Jorge Aragão

Contrariando a expectativa de muitos e até mesmo a sugestão de aliados e assessores próximos, o presidente da República, Michel Temer (PMDB), em rápido pronunciamento na tarde desta quinta-feira (18), assegurou que não irá renunciar ao cargo.

“No Supremo, mostrarei que não tenho nenhum envolvimento com esses fatos. Não renunciarei. Repito: não renunciarei. Sei o que fiz e sei a correção dos meus atos. Exijo investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro. Essa situação de dubiedade e de dúvida não pode persistir por muito tempo”, declarou Temer.

O presidente disse ainda que a semana foi atípica para o seu governo, que viveu o melhor momento (em referência a indicadores de inflação, emprego e desempenho da economia) e também o pior. Temer assegurou que já solicitou oficialmente os áudios em que supostamente estaria uma conversa sua com o delator da JBS.

“Meu governo viveu nesta semana seu melhor e seu pior momento. Todo o esforço para tirar o país da recessão pode se tornar inútil”, disse.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou abertura de inquérito para investigar o presidente Michel Temer. O pedido de investigação foi feito pela Procuradoria­Geral da República (PGR).

Com a decisão de Fachin, Temer passa formalmente à condição de investigado na Operação Lava Jato.

Michel Temer deve renunciar ainda hoje

por Jorge Aragão

É cada vez mais forte a possibilidade de que o presidente da República, Michel Temer (PMDB) renuncie ao cargo nas próximas horas.

A princípio Michel Temer estava relutando em renunciar, mas depois do vazamento das imagens que poderiam provar o pagamento de suposta propina aos eventuais indicados de Temer e do senador Aécio Neves (veja aqui), o presidente da República teria admitido que o melhor caminho seria mesmo a renúncia.

Para complicar ainda mais a situação, os áudios das conversas que poderiam comprovar as supostas propinas devem ser divulgados ainda hoje. Temer já tem sido aconselhado por assessores e aliados próximos a renunciar ao cargo.

O presidente Michel Temer deve fazer um pronunciamento nas próximas horas e a expectativa maior é de uma renúncia.

Caso efetivamente Temer renuncie ao cargo, o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM), assumirá a Presidência da República. Caberá a Maia, no período de 30 dias, convocar o Congresso Nacional e realizar eleições indiretas.

É aguardar e conferir.

Oposição pede renúncia e impeachment de Michel Temer

por Jorge Aragão

Ao que parece a situação do presidente da República, Michel Temer (PMDB), após a revelação de que foi filmado dando aval à compra do silêncio do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, está extremamente delicada.

Dois deputados federais, Alessandro Molon (Rede-RJ) e João Henrique Caldas (PSB-AL), entraram na noite de quarta-feira (17) com um pedido de impeachment. Além disso, o líder do PDT na Câmara Federal, Weverton Rocha, apresentou uma carta em nome dos partidos que fazem oposição ao Governo Michel Temer pedindo a renúncia do presidente e a convocação imediata de eleições diretas.

Para piorar ainda mais a situação de Temer, até mesmo deputados da base aliada já começam a defender abertamente a sua saída da presidência da República. O peemedebista segue negando que tenha negociado o silêncio de Cunha e demonstra que não está disposto a renunciar ao cargo.

Lula – Já o ex-presidente Lula, utilizou as redes sociais para publicar fotos do juiz Sergio Moro com os dois principais acusados na delação dos donos da JBS, publicizada na noite de quarta-feira pelo jornal O Globo, Michel Temer e o presidente do PSDB, Aécio Neves. Lula tenta fazer uma ilação entre o juiz Sergio Moro, juiz responsável pela condução da Operação Lava Jato, e os dois denunciados na delação da JBS.

Clima segue tenso em Brasília e tudo pode acontecer nas próximas horas, inclusive nada.

É aguardar e conferir.

Michel Temer e “Flávio Dino” na escolha para substituir Rodrigo Janot

por Jorge Aragão

A escolha do novo procurador-geral da República, em substituição ao atual Rodrigo Janot, pelo presidente do Brasil, Michel Temer, é um assunto cada vez mais recorrente e aguardado com muita expectativa.

Restando aproximadamente 30 dias para a eleição interna que irá apontar a lista tríplice com os indicados pelo Ministério Público Federal ao cargo, Michel Temer, afirmou que respeitará a lista tríplice, mas não se comprometeu em escolher o mais votado. A escolha do primeiro da lista ocorre desde o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002.

“Eu vou examinar a lista, acompanho a lista — disse o presidente ao ser perguntado sobre a forma de escolha do próximo procurador-geral, durante entrevista concedida ao GLOBO, na semana passada, antes de ser questionado novamente se indicaria o mais votado: — Não, não sei. Acompanho a lista”, finalizou.

O pleito deve ocorrer entre 20 e 26 de junho. Mais do que a escolha de um chefe de uma instituição, o resultado da disputa interna terá peso decisivo no destino da Operação Lava-Jato e, por tabela, na definição dos rumos das eleições presidenciais de 2018.

Pelo ritmo de trabalho na Lava-Jato, caberá ao próximo procurador-geral decidir se pede ou não abertura de processos contra deputados, senadores e ministros alvos de inquéritos abertos a partir das delações da Odebrecht.

Até o momento, seis subprocuradores manifestaram interesse em se candidatar ao cargo de procurador-geral. São eles: Nicolao Dino, Ela Wiecko, Mário Bonsaglia, Raquel Dodge, Carlos Frederico e Sandra Cureau. As inscrições para o cargo foram abertas ontem e se encerram na sexta-feira (19). Janot, que venceu com folga as duas últimas eleições, disse a interlocutores que não tem interesse em tentar um terceiro mandato.

Caso mantenha a decisão, Janot deverá deverá apoiar Nicolao Dino, antigo colega de Associação Nacional dos Procuradores da República, com quem mantém estreitos vínculos de amizade. Janot considera Dino com experiência e estatura para manter a máquina da Lava-Jato nos trilhos, embora tenha perfil mais tímido.

Dino também é respeitado pela base do Ministério Público. Mas tem que lutar contra o fantasma de que, por ser irmão do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), terá o nome vetado pelo grupo do ex-presidente José Sarney (PMDB-MA), além de outros influentes políticos ligados a Temer.

Além disso, Flávio Dino aparece como um dos citados na delação de ex-dirigentes da Odebrecht, o que poderia ser um fator negativo para a indicação de Nicolao.

Pior é que o governador Flávio Dino nem poderá criticar o presidente Michel Temer, caso não escolha o primeiro colocado na lista tríplice, afinal o próprio comunista não tem respeitado essa “tradição”.

Assim como fez no caso da escolha do defensor geral do Maranhão, o governador não escolheu o candidato que venceu as eleições e o primeiro da lista tríplice para ser o novo procurador-geral de Justiça. No caso do Ministério Público o escolhido foi o promotor Luiz Gonzaga Martins Coelho, que foi o segundo mais votado com 183 votos, ficando atrás do promotor José Augusto Cutrim Gomes (212 votos), o mais votado.

Ou seja, Dino, caso tenha um mínimo de coerência, não poderá cobrar algo que ele, quando teve duas oportunidades, não fez.

Simples assim.

Edivaldo e Tema discutiram soluções contra o corte no Fundeb

por Jorge Aragão

O prefeito de São Luís e presidente de honra da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (FAMEM), Edivaldo Holanda Júnior (PDT) e o presidente da entidade, prefeito Cleomar Tema, discutiram soluções, nesta semana, ao corte de R$ 177 milhões de recursos do ajuste do Fundeb.

“O corte do Fundeb geraria extremo prejuízo aos municípios e suas populações. Parabenizo o presidente Cleomar Tema por essa grande conquista e por sua atuação junto a bancada maranhense em Brasília”, afirmou Edivaldo.

Após pressão da classe política, o presidente Michel Temer voltou atrás e garantiu que editará uma medida provisória garantindo o parcelamento da soma do Fundo adiantada ano passado, o que permitiu fôlego financeiro às prefeituras do estado para pagamento das suas obrigações, dentre elas os salários dos professores.

Também participaram do encontro entre Edivaldo e Tema, os vereadores Pavão Filho e Raimundo Penha; o secretário municipal de Articulação Política, Jota Pinto; e o diretor administrativo da Federação, Gildásio Angelo.

Deputados aprovam moção de repúdio a Michel Temer

por Jorge Aragão

A Assembleia Legislativa aprovou há pouco, na sessão ordinária, moção de repúdio ao Governo Michel Temer (PMDB).

O protesto dos deputados estaduais se dá pelo atraso na entrega das obras de duplicação e modernização da BR-135, que tinha previsão de conclusão para o mês de julho.

Pelo novo prazo dado pelo Dnit, as obras somente poderão ser entregues em 2018.

O requerimento que resultou na moção de repúdio ao deputado Eduardo Braide (PMN).

Em março do ano passado a Assembleia Legislativa já havia aprovado um primeiro requerimento de moção de repúdio, direcionado a então presidente Dilma Rousseff (PT), por atrasos nas obras da BR-135. A aprovação do requerimento se deu por unanimidade no Plenário naquela ocasião.

Eduardo Braide e Júnior Verde foram os autores da proposta.

Assembleia vota hoje moção de repúdio ao Governo Michel Temer

por Jorge Aragão

A Assembleia Legislativa vai apreciar hoje, requerimento de autoria do deputado Eduardo Braide (PMN) que trata de uma moção de repúdio ao presidente da República, Michel Temer (PMDB).

O repúdio toma por base a confirmação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) de novo atraso na conclusão das obras de duplicação da BR-135. As obras estavam previstas para serem entregues no mês de julho deste ano. Agora, devem ser concluídas somente em 2018.

“Do início das obras para cá o Brasil já mudou até de presidente, mas o descaso com as obras da BR-135 continua o mesmo”, afirmou Eduardo Braide na semana passada, ao apresentar o requerimento.

Em março do ano passado a Assembleia Legislativa chegou a aprovar um primeiro requerimento de moção de repúdio, direcionada a então presidente, Dilma Rousseff (PT), por atrasos nas obras da BR-135. A aprovação do requerimento se deu por unanimidade no Plenário, naquela ocasião. Eduardo Braide e Júnior Verde foram os autores da proposta.

 

Frente Parlamentar debate com Temer a Segurança Pública no Brasil

por Jorge Aragão

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A crise no sistema penitenciário brasileiro foi o principal assunto da reunião que integrantes da Frente Parlamentar de Segurança Pública tiveram na manhã desta quarta-feira (11) com o presidente Michel Temer. Os deputados apresentaram propostas como a criação de um Ministério da Segurança Pública e implantação de medidas de incentivo à contratação de mão-de-obra de presos ou ex-detentos. O encontro articulado pelos deputados Aluisio Mendes e Alberto Fraga teve a participação do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes; do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, e de membros da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.

“Mostramos ao presidente Temer que há hoje na Câmara Federal um grupo de deputados oriundos na área que podem dar importante contribuição para a melhoria da segurança pública do Brasil, que hoje é um dos maiores problemas do país. Queremos ser ouvidos pelo governo federal, pois temos experiência como integrantes e gestores da segurança pública, e apresentamos muitos projetos em tramitação no Legislativo”, informou Aluisio Mendes.

Ele esclareceu que a proposta de criação do Ministério da Segurança Pública não teria custo extra para o governo federal, pois somente iria aglutinar órgãos federais de segurança já existentes – como a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal – em uma só pasta, com um comando único. “O presidente se comprometeu em estudar a proposta internamente, nos pediu que aprofundássemos essa discussão na Câmara Federal e prometeu nos convocar para uma outra reunião em fevereiro, para apresentar as medidas que serão adotadas”, disse Aluisio Mendes.

O deputado maranhense acrescentou que, caso seja reeleito presidente da Câmara, Rodrigo Maia terá o compromisso de colocar em votação os projetos da área de segurança que estão em tramitação na Casa. “Há anos o sistema carcerário vive uma grave crise, e a cada episódio como o ocorrido em Roraima muitas medidas são propostas, mas nada se resolve. Por isso, levamos ao presidente mais de 20 propostas, como o endurecimento de penas para líderes de facções criminosas, que é de minha autoria. E nos colocamos à disposição para buscar soluções que tanto a população deseja”, ressaltou ele.