A preocupação de Flávio Dino lá, infelizmente, não é a mesma cá

por Jorge Aragão

Muitos podem já ter esquecido a trágica morte de Karina Brito, 24 anos, vítima de uma operação policial desastrosa em Balsas, mas a família da jovem segue até hoje sofrendo com a dor da perda e com as consequências do descaso do Governo Flávio Dino.

Karina e a sua irmã, Kamila Brito, de 27 anos de idade, foram alvejadas por disparos de arma de fogo efetuados por policiais militares que faziam cerco contra assaltantes de banco. As irmãs foram confundidas com os assaltantes, fato que aconteceu em dezembro de 2016.

Nesta semana, a família de Karina foi surpreendida por um blitz e o carro que estavam utilizando, cedido pelo Governo do Maranhão através de uma locadora, foi apreendido, pasmem, pelo não pagamento do IPVA nos últimos dois anos.

O carro da família, que foi crivado de balas, já que foram mais de 50 tiros, segue em poder do Governo do Maranhão.

Para piorar, o Governo Flávio Dino não cumpriu a segunda parte de um acordo celebrado, que evitou uma ação por danos morais e materiais. Até hoje, segundo a família de Karina, um novo carro não foi comprado e a pensão mensal de um salário mínimo não está sendo paga.

Além disso, o crime completará três anos no próximo mês e os policiais que foram acusados por disparem os tiros, respondem ao processo em liberdade e não foram afastados do trabalho. Clique aqui para ver a reportagem sobre o assunto.

O curioso é que o governador Flávio Dino, vira e mexe, demonstra uma preocupação enorme com a morte da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro. No entanto, não tem o mesmo zelo pelos assassinatos aqui no Maranhão, incluindo o de Karina, originado por servidores da sua gestão.

O problema é que o projeto 2022 de Flávio Dino é mais importante e falar de Marielle Franco lhe dá mídia nacional, o que não é o caso do assassinato de Karina Brito, ao contrário, lhe ocasiona desgaste.

Pena que Flávio Dino não aja cá, como deseja e cobra que os outros ajam lá.

Caso Karina Brito segue sem solução sete meses após tragédia

por Jorge Aragão

A morte da jovem Karina Brito, de 24 anos de idade, que ocorreu durante uma operação policial na cidade de Balsas, segue sem solução sete meses depois da tragédia.

Até o momento, como mostrou hoje O Estado em reportagem, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) não apontou os responsáveis pela morte e pelo ferimento de sua irmã Kamila Brito.

Abalada, a família ainda busca por justiça e aponta agentes da polícia como responsáveis pela morte da jovem. Kamila Brito, por exemplo, que estava com a irmã na ocasião da tragédia, fala que o sentimento da família é de indignação.

Ela também confirma que o Governo será acionado na Justiça , assim que as investigações estiverem concluídas. “Não vamos realmente nos conformar com mais esta tragédia. Estamos só aguardando o fim das investigações e conclusão da polícia para acionar judicialmente o Governo”, afirmou.

A SSP, por outro lado, segue com a afirmação de que as investigações estão em curso e “próximas de serem concluídas”.

A morte de Karina Brito ocorreu em dezembro do ano passado…

Morte de Karina Brito ainda não foi esclarecida pela polícia

por Jorge Aragão

Se estende desde o mês de dezembro do ano passado, sem solução alguma, o caso da morte de Karina Brito Ferreira, de 23 anos, na cidade de Balsas.

Karina e a sua irmã, Kamila Brito, de 27 anos de idade, foram alvejadas por disparos de arma de fogo por policiais militares que faziam cerco contra assaltantes de banco.

O inquérito policial, de acordo com a própria Secretaria de Estado de Segurança (SSP), até ontem não havia sido remetido para o Poder Judiciário.

As investigações são comandadas, desde o ano passado, por uma equipe da Superintendência Estadual de Homicídios e Proteção a Pessoas (SHPP), liderada pelo delegado Guilherme Sousa Filho. A equipe já efetuou uma “reprodução simulada dos fatos”, mas não concluiu o inquérito.

A previsão é de que, na próxima semana, o inquérito seja concluído e encaminhado à Justiça. É também o cobra a família da vítima.

De acordo com Guilherme Filho, a polícia já conseguiu individualizar a conduta de cada policial no dia do ocorrido. Estão identificados os atiradores, e quem também não efetuou disparos. As armas utilizadas pelos policiais no dia do crime foram apreendidas e submetidas ao exame de comparação balística no Instituto de Criminalística (Icrim). Este laudo, contudo, não tem data para conclusão.

Enquanto isso, segue-se por mais de 4 meses as investigações, sem que a morte de Karina tenha, de fato, sido esclarecida.

É muito tempo…

 

Balsas: policiais serão indiciados pela morte de Karina Brito

por Jorge Aragão

Depois de aproximadamente 45 dias da trágica operação da Polícia Militar em Balsas, que, infelizmente, culminou com a morte de uma jovem de apenas 23 anos, Karina Brito Ferreira, foi confirmado que os policiais envolvidos no triste episódio serão indiciados.

A confirmação veio através do delegado da Superintendência Estadual de Homicídios e Proteção a Pessoas (SHPP), Guilherme Sousa Filho, em entrevista ao programa Rádio Patrulha da Mirante AM, apresentado pelo radialista Domingos Ribeiro.

O delegado declarou que os policiais que supostamente assassinaram Karina Brito e balearam sua irmã no braço, Kamila Brito Ferreira, serão indiciados pelos crimes de homicídio doloso e tentativa de homicídio.

“Os verdadeiros autores dos tiros que assassinaram a vítima serão indiciados por homicídio doloso, no final do inquérito policial. Não houve barreira policial e muito menos tinham viaturas da corporação militar com o giroflex ligado”, disse Guilherme Sousa Filho.

O trabalho investigativo está em sua segunda fase e após 30 dias do fato foi solicitada ao Poder Judiciário a ampliação de prazo alegando que a polícia precisava de mais tempo para adquirir e analisar mais provas sobre o caso.

Guilherme Sousa Filho disse que a polícia já conseguiu identificar os veículos da polícia que provavelmente teriam partido os tiros que vitimou Karina Brito, por meio do sistema de câmera de vídeo da cidade.

Os familiares das vítimas seguem aguardando que a justiça seja realmente feita.

Balsas: 30 tiros atingiram o veículo de Karina Brito

por Jorge Aragão

veiculo

No dia em que foi realizado a Missa de 7º Dia pela morte da jovem Karina Brito, assassinada em Balsas ao ser confundida com bandidos numa perseguição policial, saiu o laudo preliminar do veículo em que as duas irmãs estavam.

O laudo aponta que pelo menos 30 tiros, isso mesmo, 30 tiros acabaram atingindo o carro onde estavam as irmãs Karina e Kamila Brito, que foi atingida com u tiro no braço. A maioria dos tiros disparados contra o veículo atingiram a parte traseira do veículo e foram disparados de pelo menos três armas diferentes. O laudo conclusivo só será divulgado na próxima semana.

A irmã de Karina Brito, a Kamila Birto, sobrevivente da tragédia, voltou a se manifestar sobre o lamentável episódio e novamente negou veementemente a existência de uma barreira policial com veículos caracterizados da Polícia Militar como chegou a ser afirmado pelo próprio secretário de Segurança Pública do Maranhão, Jefferson Portela.

A sobrevivente ainda afirmou que mesmo depois do veículo ter parado, alguns tiros ainda foram disparados.

Clique aqui e veja a entrevista concedida por Karina Brito a TV Mirante.