pedrinhasO Portal Imirante teve acesso, search em primeira mão, ao Boletim Reservado Nº 038 da Polícia Militar do Maranhão (PM-MA), qual apresenta o resultado da sindicância instaurada para apurar o resgate programado de quatro presos do Complexo de Pedrinhas no início de maio.

O caso ganhou repercussão nacional pelo fato de que o Sistema de Segurança do Maranhão sabia e estava monitorando os bandidos que iriam resgatar os presos, mas mesmo assim quatro detentos foram resgatados na maior tranquilidade.

De acordo com o relatório, aponta que as irregularidades que resultaram na fuga dos detentos são de responsabilidade do tenente-coronel Maurílio Claudino Pinto, que ocupava o posto de superior de dia do presídio.

A sindicância concluiu que o comandante não elaborou nenhuma estratégia para evitar resgate dos detentos do CDP, mesmo após o delegado Augusto Barros ter informado, duas horas antes do resgate, que o grupo armado estava se aproximando do Complexo de Pedrinhas. O documento aponta que o oficial não informou aos tenentes que se encontravam em outras unidades prisionais sobre a situação e que não acionou os militares que estavam em horário de descanso, nos presídios São Luís I e II, da iminência da fuga.

Recai sobre o comandante, também, a responsabilidade por não ter repassado a informação ao posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF-MA) e ao Grupo de Escolta e Operações Penitenciárias (Geop) que os bandidos estavam chegando para resgatar os presos.

O documento ainda salienta que monitores, vigilantes e policiais correram risco de morte durante a ação dos criminosos, que atiraram contra as guaritas de segurança do complexo. Por fim, o militar ainda retirou veículo cedido ao sistema prisional maranhense, horas após a fuga, para tratar de assuntos particulares na cidade de Arari.

O Comandante-Geral da PM, Coronel Alves, determinou a abertura de um inquérito para investigação dos fatos, mas pelo relatório (clique aqui para ler) a situação do oficial Maurílio Claudino Pinto está bastante complicada.