Presidente do IDAC consegue habeas corpus na Justiça Federal

por Jorge Aragão

O presidente do IDAC, que também é presidente do PSDC no Maranhão, Antônio Aragão, deverá ser solto ainda neste sábado (17). Aragão conseguiu um habeas corpus na Justiça Federal na sexta-feira (16).

A decisão foi do desembargador Olinto Meneses do Tribunal Regional Federal da Primeira Região. O desembargador acatou o pedido dos advogados de Aragão e concedeu a liberdade.

Aragão estava preso desde o dia 02 de junho, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Rêmora, que teve como objetivo apurar indícios de desvios de recursos públicos federais destinados ao sistema de saúde do Estado do Maranhão. A quantia desviada supera a cifra de R$ 18 milhões.

CPI – Na Assembleia Legislativa o assunto tem gerado intenso debate e o deputado estadual Wellington do Curso (PP) já propôs inclusive a realização de uma CPI para apurar os desvios na Saúde, mas como o Governo Flávio Dino, ‘curiosamente’, tem se mostrado contrário à ideia, os governistas não devem assinar e a CPI, infelizmente, morrer no nascedouro.

Na semana que vem o deputado Wellington começará a recolher as assinaturas e aí saberemos quem é favor e quem é contra, quem tem algo a temer e quem não tem, sobre os desvios de recursos públicos da Saúde do Maranhão.

É aguardar e conferir.

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“Dinheiro do IDAC seria entregue a alguém”, diz Edilázio

por Jorge Aragão

O deputado estadual Edilázio Júnior (PV) utilizou a tribuna na última sessão ordinária da semana na Assembleia Legislativa, para tratar do escândalo de corrupção na Saúde do Estado, que ganhou destaque nacional no último domingo, com reportagem veiculada no programa Fantástico, da TV Globo.

Para o oposicionista, os saques feitos pelo Instituto de Desenvolvimento e Apoio à Cidadania (IDAC), na boca do caixa, como apontou a Polícia Federal (PF) em investigação, tinha destino direcionado.

“O saque em dinheiro com certeza é para entregar para alguém. Ninguém vai sacar dinheiro para pagar conta. Se você tem conta para pagar, você faz o TED, leva o boleto no banco, efetua o pagamento e evita até o risco de assalto. O recurso era para ser entregue para alguém. Não tenho dúvida”, disse.

Edilázio atribuiu incoerência ao Governo no que diz respeito aos contratos com o IDAC, uma vez que em 2015 o secretário de Estado da Transparência, Rodrigo Lago, havia declarado que o instituto teria sido beneficiado com superfaturamento na gestão anterior. Os contratos com a atual gestão, contudo, elevaram os valores ao IDAC.

“E o que chama mais atenção nisso tudo, é que o secretário Rodrigo Lago em 2015, disse que o IDAC tinha um superfaturamento em 30% no governo passado. E aí me vem o Governo Flávio Dino, sem licitação, chama o IDAC para trabalhar para ele, logo após o secretário falar do superfaturamento”, disse.

“Nos 5 anos do governo passado, os contratos com o IDAC somaram R$ 88 milhões. Em 2 anos do governo Flávio Dino, chegou-se a R$ 248 milhões. Só nos três primeiros meses desse ano foram gastos mais que todo ano de 2014 com o IDAC”, enfatizou.

Edilázio cobrou transparência do Governo e criticou a pressão do Palácio dos Leões para barrar a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os contratos da Saúde.

“Em 2015, no início da legislatura aqui nesta Casa, houve uma grande pressão do governo para que fosse aprovada uma CPI na Saúde. E agora, existe a inversão. Agora existe a incoerência. Hoje existe uma grande pressão para que não haja uma CPI. Ou seja, em 2015 a CPI era importante para passar a saúde a limpo. Hoje a CPI não é importante para passar a saúde a limpo. Fica o retrato da incoerência desse governo”, finalizou.

Caso IDAC vai parar no Fantástico

por Jorge Aragão

Infelizmente, mais uma vez, o Maranhão foi alvo de matéria negativa no programa Fantástico da TV Globo, do domingo (11).

No principal quadro do programa “Cadê o dinheiro que tava aqui?”, o assunto foi o caso IDAC no Maranhão, ou seja, os desvios de verbas públicas para a Saúde maranhense.

Vale lembrar que no início do mês, a Polícia Federal deflagrou a Operação Rêmora, que apurava exatamente o desvio de verbas da Saúde pública aqui no Maranhão. Na ocasião algumas pessoas foram presas, entre elas o presidente do IDAC, que também é presidente do PSDC no Maranhão, Antônio Aragão.

“O Repórter Secreto desta vez esteve em São Luís para investigar o desvio de R$ 1 bilhão da Saúde Pública. O mais impressionante que ele descobriu foi como o grupo sacava o dinheiro da corrupção: na boca do caixa, no banco! Só um operador do esquema sacou R$ 18 milhões. Então, a gente tem que perguntar: Cadê o Dinheiro Que Tava Aqui?” foi a chamada de abertura da reportagem. Clique aqui e assista na integra.

O IDAC já trabalha com o Governo do Maranhão desde o Governo Jackson Lago, passando pelo Governo Roseana e atingindo seu ápice no Governo Flávio Dino. O Blog inclusive fez uma postagem recente para mostrar o crescimento nos governos estaduais do IDAC (reveja), apesar da tentativa de mentira propagada pelo Governo Dino (reveja), foi justamente no governo comunista que o IDAC ganhou papel de destaque, conforme a própria Polícia Federal (reveja).

Pelo visto essa é mais uma das inúmeras promessas não cumpridas pelo governador comunista, que afirmou que tiraria o Maranhão das reportagens negativas nacionalmente, mas se parar para fazer um levantamento, Dino não só não tirou, como o número de reportagens negativas sobre o Estado aumentou.

O crescimento do IDAC nos governos maranhenses

por Jorge Aragão

Desde que a Polícia Federal deflagrou a Operação Rêmora, no início do mês, com o objetivo apurar indícios de desvios de recursos públicos federais destinados ao sistema de saúde do Estado do Maranhão, que culminou com a prisão do presidente do IDAC, Antônio Aragão, também presidente do PSDC, algumas dúvidas ainda permanecem. Entretanto, algumas observações abaixo vão demonstrar o crescimento do IDAC nos governos maranhenses, chegando ao ápice no Governo Flávio Dino.

Imprescindível fazer algumas considerações importantes sobre a atuação do IDAC, que vem desde 2008 gerindo 1 unidade de saúde no Maranhão. O instituto entrou na gestão de Edmundo Gomes, do Governo Jackson Lago, e tomou proporções gigantescas na atual gestão comunista, onde faz o gerenciamento de 6 unidades de saúde e com previsão de novos contratos.

Durante o Governo Roseana, o IDAC geriu apenas 2 unidades em Carutapera, já oriunda da gestão anterior, e Monção. De acordo com o Diário Oficial do Estado e os pagamentos publicados no Portal da Transparência do Maranhão, confirma-se que na gestão de Ricardo Murad, apenas em 2014, os contratos com o Instituto totalizaram R$ 39.169.295,16, valor referente ao gerenciamento de 2 (duas) unidades de saúde, a Unidade Mista de Carutapera e Hospital Geral de Monção, onde a parcela final desse contrato pago foi de R$ 3.653.215,86 ao mês, que houve um incremento de 110% na gestão de Flávio Dino em apenas 2 anos.

Percebam como esse valor mensal, a partir de 2015, vai subindo gradativamente no governo comunista, quando o IDAC passou a gerenciar não apenas 2 unidades, mas 6 unidades de saúde, faturando dois contratos, inicialmente por 3 meses cada, em 2015, no total de R$ 6.314.642,29 por mês e mais um contrato (12 meses) no valor de R$ 8.524.767,09 por mês, valor que foi aditivado mais 1 ano em 2016. Nos últimos, contrato que chegam a R$ 102.297.205,08.

E mais, segundo dados do próprio Portal da Transparência, este ano, o IDAC já recebeu R$ 34.099.068,32, referentes aos meses de janeiro a abril, quase o que foi pago em todo o ano de 2014 pelo ex-secretário Ricardo Murad (R$ 35.306.284,13).

Portanto, enquanto os cinco anos de Governo Roseana (2009-2014) a soma dos contratos com o IDAC para gestão hospitalar é de R$ 88.669.295,16, em dois anos apenas do governo Flávio Dino essa soma é de R$ 242.482.263,90.

Em tempo: Além dos acordos em anexo, o IDAC ainda foi recentemente contratado para administrar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município de Chapadinha. O valor desse novo lote e quanto já foi repassado por ele ainda não é publicamente conhecido e nem teve o extrato do contrato divulgado no Diário Oficial do Estado (DOE) do Maranhão.

Caso IDAC: quanto mais mexe, mais complica o Governo Dino

por Jorge Aragão

É impressionante como cada vez mais o Governo Flávio Dino se complica com o caso IDAC. Desde que a Polícia Federal deflagrou a Operação Rêmora, no início do mês, com o objetivo apurar indícios de desvios de recursos públicos federais destinados ao sistema de saúde do Estado do Maranhão, a situação tem se complicado para os comunistas.

Inicialmente o Governo Flávio Dino, de maneira leviana, tentou fazer parecer que os contratos assinados com o IDAC eram da gestão da ex-governadora Roseana. A mentira foi desmascarada e comprovada que os comunistas assinaram um contrato de mais de R$ 100 milhões em novembro de 2015. Além disso, prorrogaram esse mesmo contrato no mesmo valor em novembro do ano passado.

Depois o Governo Flávio Dino alegou que jamais havia encontrado irregularidades junto ao IDAC. O problema é que o mesmo Governo Flávio Dino, através da Secretaria de Transparência, ainda em 2015, ou seja, antes da assinatura do contrato, informou que havia ágios no valor de 30% no valor cobrado.

Por último, o Blog do Gilberto Leda apresentou nesta quinta-feira (08) relatório da Polícia Federal que comprovam que o IDAC ganhou posição de destaque na gestão comunista (veja aqui).

“Depois da deflagração da Operação Sermão aos Peixes, […] o IDAC ocupou o espaço deixado [por ICN e Bem-Viver] e se tornou, atualmente, uma das principais entidades do terceiro setor na administração das unidades hospitalares estaduais”, diz o relato policial.

Será que o Governo Flávio Dino terá ainda outra estratégia para tentar se desvincular do caso IDAC ? Já que até agora todas as adotadas foram verdadeiros “tiros no pé”.