Rosângela Curado fala

por Jorge Aragão

Está gerando forte expectativa nos meios políticos a entrevista dada pela ex-secretária adjunta de Saúde do governo Flávio Dino (PCdoB), Rosângela Curado (PDT). Presa em 2017 sob acusação de desvios de R$ 18 milhões, Curado falou a uma emissora de TV de Imperatriz, que vem anunciando a pauta e abalando as estruturas do comunismo maranhense.

Filiada ao PDT desde 2014, Curado é suplente de deputada federal e foi auxiliar de Flávio Dino desde o início do mandato do comunista. Em 2016, Dino chegou a exigir a retirada da candidatura do PCdoB em Imperatriz para apoiar a da aliada, carregando-a pelos braços na cidade.

Veio aí o primeiro escândalo, quando comunistas espalharam na cidade – às vésperas da eleição – um vídeo em que ela aparece bêbada, vomitando, em uma blitz do bafômetro.

Derrotada nas eleições de Imperatriz, Rosângela voltou ao governo, até ser pilhada pela Polícia Federal, acusada de ser uma das articuladoras de uma organização criminosa que roubava dinheiro da Saúde no Maranhão. Desde então, a ex-auxiliar passou a ser evitada por Flávio Dino.

Mas agora ela resolveu falar. E pelo que anuncia a emissora de TV, falará tudo mesmo. Ainda sem previsão de ir ao ar, a entrevista já é vista como um dos fatos políticos deste início de campanha eleitoral. E os comunistas andam abalados com a expectativa.

Contagiosa – Há duas semanas, Flávio Dino e seus auxiliares estiveram em um evento político do PDT em Imperatriz.

Chamou atenção o fato de Rosângela Curado não estar em nenhum evento, como se tivesse sido orientada a não sair de casa.

Para comunistas, pedetistas e outros membros do governo, a ex-secretária adjunta teria hoje uma contagiosa espécie de doença política.

Estado Maior

Polícia religiosa

por Jorge Aragão

Um tenente da Polícia Militar foi exonerado do posto pelo governador Flávio Dino (PCdoB) em ato assinado no dia 19 de janeiro. No mesmo dia, outro ato de Dino nomeia o mesmo militar para o posto de coronel, pulando nada menos que três patentes. E não mais na Polícia Militar, mas no Corpo de Bombeiros.

A manipulação do oficialato das forças policiais maranhenses já seria um escândalo sem precedentes, que mostraria o aparelhamento que o governo comunista faz das corporações de segurança. Mas o caso se torna mais grave quando se sabe que o oficial em questão é um dos muitos capelães indicados por denominações religiosas do estado.

Flávio Dino não apenas aparelha a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão. Ele usa seu estado maior para abrigar capelães em troca de currais eleitorais tão comuns nas igrejas evangélicas e católicas.

O fisiologismo envolve diferentes denominações religiosas e tempor trás políticos vinculados a essas igrejas.

O número de capelães na PM e nos Bombeiros quase triplicou desde que o comunista assumiu o governo. A maioria é formada por pastores, filhos de pastores e líderes religiosos indicados por pastores.

Enquanto isso, oficiais da Academia, com anos de treinamento para o exercício da função de polícia, têm suas aposentadorias freadas pela falta de vagas. E muitos são obrigados a ir à Justiça para subir de posto.

Estado Maior

Caravana desestabilizou

por Jorge Aragão

A passagem da ex-governadora Roseana Sarney (MDB) por vários municípios do estado em seu primeiro ato oficial de pré-campanha, mexeu com os brios dos comunistas.

A empolgação da militância e o empenho com que alguns dos principais líderes oposicionistas se dispuseram a “mostrar a cara” para defender uma pré-candidatura contra a força do Palácio dos Leões desestabilizaram os governistas.

O resultado foi um festival de ataques sofridos por Roseana e pelos seus companheiros de jornada – notadamente os pré-candidatos ao Senado, Edison Lobão (MDB) e Sarney Filho (PV) – nos últimos dias.

Por meio das redes sociais, um exército de fakes e de servidores do governo passou o fim de semana tentando diminuir a importância das agendas e, pior, criando mentiras sobre os eventos. Até um falso banner anunciando a presença do presidente Michel Temer foi criado e espalhado na Internet. Coisa de criminosos.

E uma demonstração clara de que não se sustentam as pesquisas fabricadas nos porões do Palácio dos Leões – apontando larga vantagem do governador Flávio Dino (PCdoB).

Estado Maior

Campanha agressiva

por Jorge Aragão

Por mais que tente afirmar que a eleição “será tranquila” e que não se importa com os adversários, o governador Flávio Dino (PCdoB) dá mostras a cada dia que se incomoda, de fato, com a candidatura da ex-governadora Roseana Sarney (MDB) a quem vê – embora negue e os demais adversários se irritem – como principal oponente no processo eleitoral que ora se inicia.

A mídia alinhada ao Palácio dos Leões, blogs, jornais, emissoras de rádios fazem uma espécie de campanha antecipada contra Roseana, com ataques diários e ações de desconstrução da imagem, sobretudo no interior, onde a fiscalização eleitoral é menos efetiva – embora ela pareça invisível também na capital maranhense.

Em 2014, Flávio Dino aparelhou sindicatos, associações e partidos com militantes comunistas de todo o país. Este grupo, que veio bancado com recursos garantidos pelo PCdoB nacional – a Operação Lava Jato revelou que estava sendo financiado pelas quadrilhas que comandavam os principais postos no governo petista -, está sendo recrutado novamente agora, com a mesma missão de quatro anos atrás.

O curioso é que muitos desses “dinistas” importados e remunerados ainda estão no Maranhão, muitos empregados na máquina comunista ou com empresas que prestam serviços ao governo e seus satélites. E são eles que focam exatamente em Roseana. Sinal de que a campanha será tão agressiva quanto a de 2014.

Primeira mulher – Não é coincidência que a caravana da ex-governadora Roseana Sarney (MDB) pela região do Pindaré se inicie exatamente no Dia Internacional da Mulher.

Roseana vai se reapresentar ao eleitorado de Santa Inês e região lembrando ter sido a primeira mulher a governar um estado no Brasil.

Às lideranças e aliados políticos, a ex-governadora vai mostrar a destruição da economia maranhense ao longo dos quatro anos de mandato comunista no estado.

Estado Maior

Vários caminhos

por Jorge Aragão

Embora o debate que tenha ganhado força nas últimas semanas envolva apenas o governador Flávio Dino (PCdoB), a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) e, vez por outra, o deputado estadual Eduardo Braide (PMN), a eleição para o governo do Maranhão reúne, ao menos, outros quatro ou cinco candidatos.

O senador Roberto Rocha (PSDB) tem reafirmado a inclusão do seu nome na disputa, representando o palanque nacional dos tucanos. Também reafirma seu nome a ex-deputada e ex-prefeita Maura Jorge, ainda filiada ao Podemos, mas em discussão com o PSL.

O time de candidatos se completa com o ex-secretário Ricardo Murad (PRP) e com o coronel do Exército José Ribamar Monteiro Segundo, que pretende ser o representante no estado de ninguém menos do que o presidenciável Jair Bolsonaro. Sem falar, é claro, nas tradicionais candidaturas da ultraesquerda, com PSOL e PSTU.

Este grupo de candidatos deve movimentar o horário eleitoral gratuito e, de acordo com as pesquisas já divulgadas, encaminha claramente uma possibilidade de segundo turno nas eleições de outubro. E todos sabem que um segundo turno é uma nova eleição.

Estado Maior

A briga pelo DEM

por Jorge Aragão

O governador Flávio Dino (PCdoB) resolveu usar toda a sua força para inflar o partido Democratas com seus aliados no Maranhão. Um grupo de deputados estaduais e prefeitos controlados pelo comunista vai se filiar ao DEM na próxima quinta-feira, 8, com um objetivo claro: neutralizar a filiação do ex-padrinho político José Reinaldo Tavares, que tem data para entrada no partido marcada para o dia 10, sábado.

A batalha em que se transformou o controle do DEM no estado tem um motivo eleitoral: o partido tem um dos maiores tempos na propaganda eleitoral gratuita e quem ficar com ele larga em vantagem.

Flávio Dino sabe que o aliado deputado federal Juscelino Filho, apesar de articulado, não tem o peso necessário em Brasília para garantir a aliança do DEM com o PCdoB. Por isso, tenta inflar a legenda com deputados estaduais, como Neto Evangelista (PSDB) e Rogério Cafeteira (PSB), obedientes ao seu projeto de poder.

Mas José Reinaldo articula por cima, tentando levar para a legenda deputados federais, assim como ele, e mostrar peso político à cúpula nacional. Além disso, o ex-governador tenta convencer o deputado estadual Eduardo Braide (PMN) a disputar o governo pelo partido.

Apesar da festa de Flávio Dino para a entrada de seus aliados na legenda, José Reinaldo Tavares ganhou um trunfo a mais com a decisão do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, de ser candidato a presidente. E Maia precisará de um palanque forte no Maranhão.

Estado Maior

Desprezo e subserviência

por Jorge Aragão

O desdém com o qual o governador Flávio Dino tratou o afastamento de José Reinaldo não surpreendeu o ex-governador.

Aos aliados mais próximos, Tavares tem dito que conhece o perfil do ex-afilhado, que é exatamente esse de desmerecer quem não lhe serve mais aos propósitos.

O ex-governador diz que espera ver este desprezo quando a campanha eleitoral de outubro começar a ganhar corpo.

Eliziane – Soou extremamente mal a repercussão da provável filiação da deputada federal Eliziane Gama (PPS) ao DEM.

A entrada da deputada seria claramente uma artimanha do governador Flávio Dino (PCdoB) para impedir que o ex-governador José Reinaldo tenha o controle da legenda.

Mas o que soou feio foi a capacidade que Eliziane demonstra de se submeter a qualquer coisa pela necessidade de ter o apoio de Dino.

Estado Maior

Força extra à Oposição

por Jorge Aragão

Se esperava enfrentar uma oposição desorganizada, desmotivada nas eleições de outubro, o governador Flávio Dino (PCdoB) não tinha noção do estrago que poderia causar o afastamento de seu principal tutor e criador, o ex­governador José Reinaldo Tavares (sem partido). Independentementeda posição que Tavares vier a adotar na eleição, seu gesto desponta como uma espécie de exortação à força dos que enfrentarão o comunista nas urnas em outubro.

Desde o anúncio do rompimento do ex­governador, lideranças de oposição passaram a conversar entre si, reunir­se em articulações mil e a projetar cenários capazes de vislumbrar uma vitória contra o atual ocupante do Palácio dos Leões.

E nem mesmo um recuo de José Reinaldo ­ há quem ainda alimente esta hipótese ­ será capaz de amenizar os estragos causados na seara comunista, que resultaram em um “deus nos acuda” desde que a mídia anunciou seu afastamento.

Flávio Dino enfrentaria a ex­governadora Roseana Sarney (MDB), o senador Roberto Rocha (PSDB), os ex­deputados Maura Jorge (Pode) e Ricardo Murad (PRP), além de, provavelmente, o deputado Eduardo Braide (PMN), com cada um buscando ocupar seus espaços de forma isolada. Agora, todos têm a mesma percepção da fragilização comunista neste atual momento.

E vão para a disputa com gás renovado, cada um em sua faixa de atuação eleitoral.

Estado Maior

Ecos do fracasso

por Jorge Aragão

O governador Flávio Dino (PCdoB) entrou na reta final da pré-campanha em uma espécie de inferno astral, com sangrias políticas, partidárias, administrativas e eleitorais. A perda de aliados, somada à de legendas com tempo de propaganda – além de fracassos administrativos em diferentes áreas -, formam uma mistura explosiva, capaz de minar qualquer projeto eleitoral do comunista.

Desde sempre já se sabia que o governo Flávio Dino desestruturou o sistema de saúde do estado, acabou com a malha que garantia escoamento da produção e o direito de ir e vir; perseguiu servidores públicos e empresários e destruiu as finanças públicas, mesmo herdando nada menos que R$ 2 bilhões em caixa.

Mas tudo isso parecia sem efeito eleitoral diante do quadro cada vez mais firme de aliados políticos, garantidos por negociatas e jogo de interesses que aparelhava o governo em troca de apoios. Era com esse cacife que o comunista se preparava para entrar na disputa pela renovação do mandato.

Tudo isso ruiu a partir da decisão do ex-governador José Reinaldo de expor a ingratidão do governador e decidir deixar o governo. O gesto de Tavares estimulou outros, que se preparam para também abandonar a nau comunista.

Abalado administrativamente, com as finanças estaduais destruídas e sem palanque consistente, Dino caminha para o desfecho natural a todos os que se acham absoluto politicamente.

PCdoB em chamas – O comunismo maranhense parece ter virado um caos após o afastamento do ex-governador José Reinaldo Tavares (sem partido). O que se vê diariamente, desde o início da semana, são comunistas atacando comunistas e revelando coisas que podem, inclusive, se caracterizar em crimes.

Na guerra autofágica no pós-José Reinaldo, nem mesmo o governador é poupado das revoltas e chantagens dos membros do seu partido.

Uma das guerras mais violentas registradas esta semana foi a que se desencadeou entre o deputado estadual Raimundo Cutrim e o secretário de Segurança, Jefferson Portela.

Cutrim diz que Portela não aprendeu a investigar e cometeu erros no caso envolvendo o delegado Thiago Bardal que podem, inclusive, levar à anulação da operação.

Em resposta, Portela partiu para cima do colega de partido, levantando dúvidas até de que Cutrim possa ter abafado casos rumorosos quando titular da Segurança.

Mão lavada – Já folclórico como deputado estadual – e com recorrentes confissões de crimes eleitorais -, o comunista Levi Pontes não poupou sequer Flávio Dino em suas inconfidências.

Numa gravação de áudio em que ele chantageia abertamente o prefeito de Chapadinha, Magno Bacelar, em busca de apoio eleitoral, Pontes revelou o que pensa do governador.

– Até no meu quarto de dormir eu tirei o [retrato] da mulher e botei o dele. Não é possível que esse filho da p… não me ajude […] Mão lavada, lava a outra – desabafou Pontes.

Próximas vítimas – O presidente da Famem, Cleomar Tema Cunha (PSB), conversou com o ex-governador José Reinaldo e viu nele a convicção em se manter distante de Flávio Dino.

O vice-governador Carlos Brandão (PRB) também tentou demover o aliado, mas também ouviu o que não queria.

Pior: tanto Tema quanto Brandão ouviram de Tavares que podem ser os próximos a experimentar a ingratidão do comunista encastelado no Palácio dos Leões.

Estado Maior

Ingratidão tira afeição

por Jorge Aragão

Tem incomodado muito os aliados que ainda se mantêm nas hostes comunistas o histórico de ingratidão que marca a curta carreira política do governador Flávio Dino (PCdoB). Aos poucos, o comunista vai criando uma imagem de traidor e de pouco afeito à gratidão àqueles que se dedicam – ou se dedicaram – a construir sua imagem política.

A decepção com a postura ingrata de Flávio Dino não vem apenas do ex-governador José Reinaldo Tavares – último a admitir que, de Dino, não poderia esperar nada que tivesse relação com a gratidão – mas de vários políticos que estiveram, ou que ainda estão ao lado do governador.

A família do ex-governador Jackson Lago jamais perdoou Dino pelo que ele fez em 2010, quando saiu pelo Maranhão a criticar a imagem do líder pedetista em nome de sua própria eleição. O senador Roberto Rocha também se ressente de ter sido abandonado após a campanha de 2014; o ex-prefeito Sebastião Madeira ainda teve de suportar a perseguição do próprio governo que ajudou a eleger.

Situação ainda mais grave é a do deputado federal Waldir Maranhão (Avante), que se desmoralizou nacionalmente ao fazer favor para Dino e, hoje, é ignorado em seus pleitos eleitorais.

Por todo esse histórico, muitas lideranças temem ser a próxima vítima da ingratidão de Flávio Dino, que só tem olhos para os seus. E como se dizia nos tempos da vovó: “Ingratidão tira afeição”.

Estado Maior