Outras igrejas

por Jorge Aragão

Apesar de o foco estar sendo todo na Assembleia de Deus – que tem a maior parte dos indicados e está mais na linha de frente do debate político – o excesso de capelães promovidos pelo governador Flávio Dino (PCdoB) no sistema de Segurança envolve outras denominações evangélicas, e a igreja católica.

Denominações como a Igreja Batista do Angelim, de cunho pentecostal, e a Presbiteriana, do ramo das igrejas históricas, também indicaram capelães religiosos a Flávio Dino.

De todas as denominações religiosas mais tradicionais, não se tem conhecimento apenas de membros da Igreja Batista indicado para compor o quadro de “conselheiros espirituais” nas forças policiais durante o governo comunista. Aliás, é da Batista que vem a única manifestação oficial contra o que ficou convencionado na imprensa como “farra dos capelães”.

O presidente da Ordem dos Pastores Batista (OPB), pastor Elizeu Fernandes, manifestou-se publicamente contra a indicação de capelães sem concurso público e criticou duramente o excesso promovido por Flávio Dino.

“Essa prática vem trazendo prejuízos à imagem dos evangélicos, porque se entende como uma mistura das práticas religiosas com a política”, disse o reverendo Fernandes.

No foco do debate sobre o tema, as lideranças da Assembleia de Deus não se posicionaram.

Capelania – Soa como pura falta do que dizer a tentativa do governo comunista de acusar aqueles que questionam a nomeação excessiva de capelães de estarem agindo contra os evangélicos.

Em primeiro lugar, líderes religiosos que agem de forma questionável, por interesses pessoais e políticos, não podem ser apontados como representantes da massa evangélica. Logo, questioná-los, em absoluto refere-se à essência do segmento religioso ou da denominação a qual pertencem.

Segundo: em nenhum momento a imprensa livre ou membros da oposição agiram contra os evangélicos, pelo contrário. Agiram em favor da capelania séria e da premissa moral de que representantes religiosos devem estar isentos da manipulação política.

Estado Maior

Pastores e parentes

por Jorge Aragão

Uma estranha coincidência marca as nomeações de capelães da Polícia Militar no governo Flávio Dino (PCdoB) e caracteriza ainda mais o crime eleitoral promovido pelo comunista.

A maioria dos 50 capelães que chegaram à PM/MA – e também aos demais órgãos do sistema de Segurança Pública – é formada por pastores da igreja Assembleia de Deus ou parentes deles, nomeados em postos policiais sem concurso e com altos salários na corporação.

E por trás das nomeações estão lideranças políticas da própria denominação, principalmente, o pastor Luiz Carlos Porto e a deputada federal Eliziane Gama (ambos do PPS). A nomeação generosa de capelães, aliás, foi tentada por iniciativa de Eliziane e Porto também no governo Jackson Lago (PDT), quando o pastor era vice-governador.

Foi nessa época que Jackson Lago foi apresentado às “doçuras” do apoio eleitoral evangélico e criou boa parte dos postos de oficiais PMs entregues a pastores, que fecharam com ele nas eleições de 2006 e seguiram nas eleições municipais de 2008, no apoio ao tucano João Castelo, curiosamente adversário de Flávio Dino naquelas eleições.

Quando Dino assumiu o governo, em 2014, foi levado ao poderoso presidente da AD em São Luís, pastor José Guimarães Coutinho, que se encarregou de “desfazer o mal-entendido” entre os fiéis. Em troca, Coutinho ganhou, de cara, duas vagas de capelão: uma para o próprio filho, Jessé Coutinho, e outra para o fiel escudeiro na área política, o pastor Fábio Leite, até então tido como “roseanista” na igreja. Ambos ganharam a patente de tenentes da PM.

Desde então, outros pastores – ou parentes destes – invadiram o oficialato da PM, dos bombeiros e postos de comando também na Secretaria de Administração Penitenciária. E agora se prepararam para ocupar vagas na estrutura da Polícia Civil.

Estado Maior

Presidenciáveis aqui

por Jorge Aragão

Pelo menos dois presidenciáveis já manifestaram interesse em visitar o Maranhão antes mesmo da campanha propriamente dita. O primeiro deles desembarca neste fim de semana em São Luís. Trata-se do pré-candidato do PSDB e ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que participa em São Luís da inauguração da nova sede do PSDB e conversa com empresários e jornalistas.

O outro presidenciável já com agenda no estado é o candidato do PSL, deputado Jair Bolsonaro (RJ). Sua agenda está prevista para junho, embora não estejam definidas ainda as cidades a serem visitadas e os dias em que ele estará no Maranhão.

Os demais partidos e pré-candidatos a presidente ainda batem cabeça sobre alianças no estado. O petista Luiz Inácio Lula da Silva, por exemplo, não tem como marcar qualquer agenda, por motivos óbvios, já que se encontra preso em Curitiba (PR). Já a ex-ministra Marina Silva também ainda não se definiu quanto ao palanque no Maranhão, embora seu partido esteja fechado com o deputado estadual Eduardo Braide (PMN), pré-candidato a governador.

O presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM), embora já tenha estado em São Luís, sua agenda não teve relação com a candidatura a presidente, mesmo porque é pouco provável que ele pretenda mesmo disputar a presidência.

Entre os principais partidos, o único ainda indefinido quanto a candidatos a presidente é o MDB, que está no comando do país. Até agora, não se decidiu se o candidato será o próprio Temer ou o ex-ministro Henrique Meireles; ou mesmo se o partido formará uma aliança com outro candidato.

Essa definição só se dará mesmo a partir de agosto.

Estado Maior

Até agora nada!

por Jorge Aragão

Faz quase 15 dias que foi a público o memorando da Polícia Militar (PM) com orientações para fichar políticos de oposição ao governo Flávio Dino (PCdoB). De lá para cá, novos fatos com documentos oficiais apareceram e depoimentos comprovaram que a espionagem a adversários do comunista não foi uma invenção malsucedida de um oficial de 5º escalão como disse Dino.

Durante esse tempo, também mudaram as versões do governador e de seus aliados sobre o fato. E de lá para cá, dos órgãos de controle, somente a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) comunicou que estava instalando procedimento para apurar o fato.

Para isso, foram dados 10 dias para o comandante geral da corporação, coronel Jorge Luongo, esclarecer o fato. As informações já foram passadas. E como fica agora?

Por enquanto, não há posição oficial do procurador eleitoral Pedro Henrique Castelo Branco sobre o Procedimento Preparatório Eleitoral que foi instaurado após manifestação do comandante geral.

Mas a PRE não deveria tardar em respostas sobre um caso tão grave, principalmente, após depoimento que mostra que o coronel Heron Santos – que tem laços estreitos com o PCdoB – era quem pressionava para que o levantamento dos adversários de Dino fossem logo entregue por policiais militares.

Aditamento – Hoje os 10 partidos que pediram junto à Procuradoria Geral da República intervenção federal no Maranhão devem apresentar a petição aditando informações para o caso.

O depoimento do tenente Juarez Martins Coelho e ainda as questões dos capelães nomeados pelo governador passarão a fazer parte do pedido de intervenção.

No documento, os partidos dizem ainda que há inércia de órgãos de fiscalização e a Assembleia Legislativa barra os pedidos de informações sobre o caso de espionagem.

Estado Maior

Decidiu calar

por Jorge Aragão

O governador Flávio Dino (PCdoB) decidiu adotar a estratégia do silêncio em relação ao caso de espionagem de adversários políticos do comunista que estava sendo feita pela Polícia Militar.

Depois de dar diferentes justificativas para o caso e até subestimar a inteligência dos maranhenses chamando de fake news e de armação uma ordem notadamente comprovada por documentos oficiais, a divulgação de que o coronel comunista Heron Santos era o coordenador eleitoral dentro da corporação fez o gestor e seus aliados decidirem calar.

Nem o secretário de Segurança do Estado, Jefferson Portela, chegou a se posicionar após a divulgação do depoimento do tenente Juarez Silva, em que ele conta que o coronel Heron Santos é quem estava cobrando o repasse de informações de políticos que fazem oposição ao governo Flávio Dino.

Antes considerado um ato isolado feito “por um oficial de 5º escalão” – como classificou o governador –, o caso de espionagem ganhou proporções maiores, e as informações são de que novos depoimentos estão apontando que a ordem para fichar adversários políticos era oficial e com conhecimento do estado maior da PM.

Na verdade, somente o presidente do PCdoB, Márcio Jerry, chegou a comentar sobre o coronel Heron, que era do seu partido, participando até das eleições de 2014. Segundo Jerry disse à coluna, o coronel não tem mais filiação no PCdoB. Até mesmo porque não pode, por ser ele um policial militar.

Mas fica a questão: será que os laços do coronel foram realmente cortados com o PCdoB? A tal função de coordenador da eleição na corporação pode ter sido dada justamente por esta relação, que já existia.

Estado Maior

Que pedido!

por Jorge Aragão

A informação de que o Ministério Público Federal pediu a transferência de policiais militares envolvidos no esquema de contrabando para o presídio de Pedrinhas acendeu o sinal de alerta de adversários do governador Flávio Dino (PCdoB).

Motivo? A coincidência do pedido com a revelação do soldado de que o secretário Estadual de Segurança, Jefferson Portela, teria pressionado o policial para inserir em seu depoimento o nome de um deputado e de um delegado.

O fato é que a esposa de um oficial preso já denunciou o que ela chamou de “trama” para levar os PMs para Pedrinhas.

Pela legislação, o policial militar somente pode cumprir prisão no sistema prisional convencional após condenação. O policial militar tem a mesma prerrogativa funcional de um juiz, por exemplo. E para ir para o presídio comum, somente após “perder a farda” e assim deixando de ser militar para ser civil.

Este, até o momento, não é o caso dos policiais apontados como membros da quadrilha que se beneficiava com o esquema de contrabandos no Maranhão.

Para a oposição ao governador Dino, há sim uma relação entre a delação do soldado envolvendo Jefferson Portela e este pedido do MPF.

Estado Maior

Precisa explicar

por Jorge Aragão

O episódio da espionagem de adversários políticos usando a Polícia Militar (PM) do Maranhão ainda está longe de terminar. Com as novas revelações de que o coordenador da eleição 2018 de dentro da corporação é o coronel Heron Santos, o governador Flávio Dino (PCdoB) tem muito o que explicar. E não basta dizer que ele não determinou. A sociedade precisa de explicações mais específicas.

Entre essas explicações, a primeira deveria ser a resposta a uma pergunta: para que a PM estava reunindo dados de adversários políticos do governo estadual? E mais: para qual missão as informações seriam necessárias? E por que elas deveriam ser colhidas com urgência?

Nas primeiras versões sobre o caso, o governador Flávio Dino e seu secretário da área, Jefferson Portela, não conseguiram explicar. Pelo contrário, preferiram tentar negar a existência do documento que determinava a espionagem no interior.

Na versão seguinte, admitiram a existência da circular, mas disseram ser ato isolado de subordinados. Depois, como o ato não foi isolado – chegou a comandos no interior –, os governistas decidiram dizer que foi uma armação para prejudicar o governo. A velha e boa “teoria da conspiração”. Com a participação de Heron Santos, os dedos apontados para a oposição não servem mais.

Como dito antes, o governador precisa dar explicações. Justificar a atitude de um membro da PM e seu correligionário. Se assim não fizer, deixará a insegurança fazer parte da República do Maranhão, fundada pelos comunistas em janeiro de 2015.

Catalogação – A oposição deverá agora buscar as informações sobre quais dados de adversários de Flávio Dino chegaram ao coronel Heron Santos, apontado como coordenador da eleição de 2018.

A informação é necessária, para que os políticos contrários a Dino saibam até que ponto avançou a política de espionagem do governo comunista.

E dependendo da catalogação dos adversários, a oposição deverá reforçar o pedido de intervenção na Segurança do Maranhão.

Estado Maior

Geheime Staatspolizei

por Jorge Aragão

Alguns conhecem o termo acima, em alemão, por um nome mais simples: Gestapo. Era a polícia secreta do líder alemão Adolf Hitler (Polícia Secreta do Estado, em tradução livre), organização nazista que investigava e prendia – muitas vezes sob tortura – opositores do regime.

Curiosamente, cometia atrocidades com base no Decreto do Presidente do Reich para a Proteção do povo e do Estado. O povo, como se sabe, não tinha nada com isso.

O Maranhão acordou ontem sacudido pela notícia de que – não fosse a revelação da imprensa, notadamente de O Estado –, o governo Flávio Dino (PCdoB) pode ter tentado implantar algo parecido.

A distribuição de um memorando pelo Comando da PM em Barra do Corda era claro: os militares da região deveriam identificar e cadastrar lideranças políticas que fazem oposição ao regime comunista maranhense. Todos potenciais causadores de “embaraço ao pleito eleitoral”.

A ordem específica – de “fichar” apenas opositores – evidencia o caráter eleitoral do uso da estrutura da PM contra adversários.

Foi uma desastrada tentativa de criação da Geheime Staatspolizei do Maranhão. Felizmente abortada no nascedouro pela divulgação do caso.

Repercussão – Ganhou rápida repercussão nacional a notícia sobre a espionagem do governo Flávio Dino contra opositores no Maranhão.

Jornalistas e veículos de todo o país assustaram-se com a postura da PM local, sendo usada para perseguir adversários políticos.

E ninguém parece ter engolido o argumento do Palácio dos Leões de que não houve comando superior para a ordem.

Estado Maior

Polícia política ???

por Jorge Aragão

A Circular número 08/2018, atribuída ao Comando de Policiamento de Área do Interior, e que circula em redes sociais e grupos de WhatsApp desde ontem, é mais um escândalo com a marca do governo Flávio Dino. E confirma com todas as letras o aparelhamento do sistema de Segurança Pública pelo PCdoB, com o objetivo de monitorar, constranger e perseguir adversários do governador no interior maranhense.

O documento pede, “em caráter de urgência”, que as unidades policiais do interior informem “as lideranças que fazem oposição ao governo local (exprefeito, ex-deputado, ex-vereador) ou ao Governo do Estado, em cada cidade, que podem causar embaraços no pleito eleitoral”.

A ordem é uma afronta aos direitos fundamentais do cidadão. É típica dos estados policialescos implantados pelo comunismo mundo afora. E ideia do representante maior do comunista maranhense usa o aparelho policial abertamente contra seus adversários.

Dino aparelha a Polícia Militar desde o início do seu governo. Tentou criar a figura do oficial temporário, botou pela janela um batalhão de pastores evangélicos, como oficiais, sem concurso, em troca de votos, e tem “formado” soldados a toque de caixa, com reduzido tempo de preparação e o doutrinamento para seguir como agentes do governo comunista.

Mas a revelação de que usa a política em interesse próprio remete o Maranhão aos tempos mais duros da ditadura, quando a polícia passou a perseguir todos que não tivessem vínculo com os chefes de governo da época. É a PM transformada por Dino em polícia política. E todos sabem o fim dessa história.

Direitos humanos – Os deputados federais da oposição maranhense pretendem acionar os organismos internacionais de segurança e Direito Humanos.

Eles entendem que a circular da PMMA é a prova de que se implantou no Maranhão uma espécie de enclave ditatorial comunista, que pode oferecer riscos aos cidadãos.

A ideia é expor o aparelhamento da PM e a transformação dos setores de segurança em polícia política.

Estado Maior

Em tempo: A PM, através de Nota, assegura que o documento foi um equívoco e que providências serão tomadas (veja).

A farsa da mentira

por Jorge Aragão

O título acima pode parecer redundância. Mas é a forma mais clara de descrever a prática corriqueira do governo Flávio Dino (PCdoB), que se utiliza do discurso da mentira para desqualificar fatos contra ele. E no episódio envolvendo a morte do médico Mariano de Castro e Silva, o próprio governador usou dessa prática, que se repete como farsa ao longo dos seus três anos de mandato.

Dino usou de suas redes sociais para dizer, sem papas na língua, sem o menor pudor, que “as cartas” do médico (assim mesmo, entre aspas) foram “inventadas” pela imprensa independente do Maranhão. O comunista sequer se importou em faltar com o respeito aos familiares e profissionais que acompanharam a vítima – que, aliás, foi apontada como operadora de um desvio de R$ 18 milhões em seu governo.

Ora, a carta-denúncia deixada por Mariano de Castro já foi autenticada pelas suas irmãs, em depoimento à polícia do Piauí, e por advogados, um deles José Carlos dos Santos, em entrevista a programas de rádio alugados pelo próprio Palácio dos Leões. Zé Carlos, como é conhecido, disse que recebeu o manuscrito do próprio Mariano e repassou ao cunhado deste, antes de apagar cópias digitalizadas que havia feito.

Já a outra carta, a de despedida, foi encontrada pela polícia ao lado do corpo do médico, com a presença de uma de suas irmãs, que já depôs. É, portanto, tão autêntica quanto a primeira. A menos que Dino entenda que foi criada por alguém. Mas neste caso, o governador estará levando um provável suicídio a suspeita de assassinato.

Moralmente incapaz – Tem uma coisa, pelo menos uma, que é totalmente certa, ao final das contas do nebuloso governo comunista.

O governador Flávio Dino, diante de tantos escândalos que mancham a sua gestão, tornou-se um comandante moralmente incapaz de criticar a corrupção em qualquer níveis e em qualquer esfera de poder.

Isso é fato. E contra fatos não há argumentos.

Estado Maior