Brasil e EUA selam acordo sobre Base de Alcântara

por Jorge Aragão

O jornal Estadão, desta segunda-feira (11), apresenta uma reportagem que afirma a celebração de um acordo entre Brasil e Estados Unidos sobre a Base de Alcântara.

A reportagem afirma que o acordo foi concluído na semana passada e a partir de agora será permitido o uso comercial da base de Alcântara, no Maranhão. O tema tem sido debatido pelos dois países desde 2000, quando o Governo Fernando Henrique Cardoso assinou o acordo, rejeitado na sequência pelo Congresso Nacional. Em entrevista ao Estado, o embaixador do Brasil nos EUA, Sérgio Amaral, revelou parte das mudanças no novo texto. Para ele, as negociações reduziram a ingerência americana no Brasil e atenderam, dessa forma, críticas levantadas anteriormente pelo Congresso.

“Essa negociação encerra quase 20 anos em que estamos tentando lançar da base de Alcântara mísseis de maior capacidade, de maior porte e que podem ser utilizados no uso comercial sobretudo de lançamento de satélite”, afirma Amaral. Depois de 2002, quando o AST fracassou no Congresso, o Brasil ensaiou outras vezes uma nova negociação com os EUA, mas as rodadas de conversa sobre o tema deslancharam em maio do ano passado. Os parlamentares brasileiros alegaram nos anos 2000 que o AST fere a soberania nacional.

O acordo de salvaguardas tecnológicas prevê a proteção de conteúdo com tecnologia americana usado no lançamento de foguetes e mísseis a partir da base de Alcântara. Atualmente, 80% do mercado espacial usa tecnologia americana e, portanto, a ausência de um acordo de proteção limita o uso da base brasileira. O texto também é um acordo de não proliferação de tecnologias de uso dual – quando as tecnologias podem ser usadas tanto para fins civis como militares, caso do lançamento de mísseis.

Além dos recursos, o embaixador afirma que o acordo abre portas para uma série de parcerias empresariais no setor e coloca o país, com mais força, no debate sobre cooperação espacial.

“Não se trata de uma simples revisão de linguagem ou redação do acordo de 2000. É um novo acordo, que incorpora cláusulas de outros acordos como o da Índia e o da Nova Zelândia, e sobretudo teve por objetivo atender as críticas feitas no Congresso Nacional e que levaram à rejeição do acordo de 2000.”

O novo acordo não prevê, por exemplo, a segregação de uma área na base de Alcântara, e sim a restrição de acesso. “Não é apenas mudança de linguagem, tem um sentido claro. Segregação é um conceito espacial, como se existisse um pedaço do território cedido ao governo americano. Não é disso que se trata. Teremos em Alcântara um espaço para proteção de tecnologia americana, mas continua sendo espaço de jurisdição brasileira. Não é cessão de território para ninguém, é um espaço que foi transformado em área de acesso restrito”, afirma o embaixador. A entrada é restrita a pessoas credenciadas pelos dois governos ou consulta pelo governo americano ao brasileiro.

“São questões que reduzem substancialmente o caráter unilateral, o caráter intrusivo dos EUA”, diz. “Os americanos terão acesso ao espaço em que estará essa tecnologia mas isso não quer dizer que não teremos qualquer avaliação sobre as pessoas que entram, tudo será decidido de comum acordo.” Também houve redução da ingerência exclusiva americana desde transporte até a guarda e uso tecnologia. O escopo do acordo também ficou mais restrito. Antes, a previsão era de proteção de toda tecnologia usada. Agora, ela é limitada a mísseis, foguetes, artefatos e satélites só quando tiverem tecnologia ou equipamentos americanos.

Uma das questões controvertidas na discussão sobre o acordo é com relação ao uso de recursos obtidos da exploração comercial do lançamento de satélites. Os recursos poderão ser usados em qualquer etapa do Programa Espacial Brasileiro, mas não no desenvolvimento de veículo lançador.

Segundo Amaral, isso ocorre porque parte da política de não proliferação e da legislação americana proíbe os EUA de entrarem em acordos em que, de uma forma ou outra, promova transferência, desenvolvimento de tecnologia ou financiamento do desenvolvimento de foguetes lançadores. Para ele, contudo, a cláusula é inócua, porque nada impede que toda a receita obtida financie o Programa Espacial Brasileiro e o Tesouro Nacional arque só com o desenvolvimento de foguetes lançadores. O novo acordo inclui uma cláusula que estabelece que nada no AST pode prejudicar o desenvolvimento autônomo do programa espacial brasileiro.

“É uma parceria com os Estados Unidos na exploração comercial do centro espacial de Alcântara.” Em razão de sua localização geográfica, é possível economizar até 30% no combustível para lançamento de satélites a partir de Alcântara. O acordo dura um ano e pode ser revisado. As negociações estão concluídas, e o acordo passa por revisão de tradução dos dois lados e última análise jurídica. A ideia dos governos é encerrar os trâmites a tempo de os presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump assinarem o acordo no encontro que terão na Casa Branca, em Washington, no próximo dia 19.

O reconhecimento ao trabalho de Sarney Filho no Meio Ambiente

por Jorge Aragão

O jornalista João Lara Mesquita do site Mar Sem Fim, escreveu um artigo interessante sobre o trabalho desenvolvido por Sarney Filho no Ministério do Meio Ambiente.

O artigo que foi publicado no jornal O Estado de São Paulo com o título “O legado ambiental do governo Temer”, destacou entre outras a capacidade de Sarney Filho e astúcia do ex-presidente Michel Temer de ter levado o maranhense ao Ministério do Meio Ambiente.

“Logo que assumiu, Michel Temer soube pavimentar o caminho ao trazer novamente para o Ministério do Meio Ambiente (MMA) Zequinha Sarney, o mais capacitado ministro que tivemos desde a sua primeira gestão, no governo FHC”, destacou.

O jornalista destacou ainda o Programa de Conversão de Multas Ambientais e outros avanços na gestão do Meio Ambiente.

“Mas o governo Temer não se contentou em criar unidades de conservação. A assinatura do Decreto n.º 9.179/2017, que instituiu o Programa de Conversão de Multas Ambientais, pode representar um avanço na política de proteção ao meio ambiente. E o MMA ainda tentou pôr ordem nos garimpeiros ilegais, e sua força destrutiva, da Renca, a reserva minerária da Amazônia”, afirmou em artigo. Para ler o artigo na íntegra, clique aqui.

Vale lembrar que Sarney Filho atualmente acaba de assumir a Secretaria de Meio Ambiente do Distrito Federal, após o convite feito pelo governador recém-eleito e empossado, Ibaneis Rocha.

Waldir Maranhão cobra fatura de Flávio Dino

por Jorge Aragão

Em entrevista ao jornal Estadão (veja aqui), o traquino deputado federal Waldir Maranhão (PP) afirmou que pretende disputar uma das duas vagas para o Senado Federal em 2018.

“A minha disposição é essa: disputar o Senado. Vou tentar mostrar que sou viável na base”, disse Waldir, que segue sendo investigado na operação Lava Jato, na entrevista.

Segundo a reportagem, a vaga foi prometida pelo governador Flávio Dino (PCdoB) em troca do voto do parlamentar contra o impeachment de Dilma Rousseff (PT).

O problema é que na base política do governador pelo menos três políticos já confirmaram publicamente que pretendem disputar o Senado. Além de Waldir Maranhão, os também deputados federais Weverton Rocha (PDT) e José Reinaldo Tavares (PSB) também disseram estar na briga.

Se realmente o critério de apoio de Flávio Dino for o impeachment de Dilma Rousseff, estaria explicado o desinteresse do comunista na candidatura do ex-governador José Reinaldo, como questionou o senador Roberto Rocha (PSB) (reveja). Apesar do pedido de Dino, José Reinaldo votou pelo impeachment da petista.

Oposição – Já pelo lado dos oposicionistas ao Governo Flávio Dino a disputa também parece ser intensa. Até o momento quatro nomes já foram ventilados, o senador João Alberto (PMDB) quer disputar a reeleição, o suplente de senador Lobão Filho (PMDB) quer brigar para assumir a vaga do pai, o senador Edison Lobão (PMDB) e os irmãos Roseana (PMDB) e Sarney Filho (PV) também já tiveram seus nomes cotados para a disputa.

Mas se até Waldir Maranhão quer ser senador, imagina…

De qualquer forma, a briga para o Senado segue mais movimentada do que a disputa para o Governo do Maranhão, já que até o momento ninguém confirmou a intenção de disputar a eleição contra o governador Flávio Dino.

É aguardar e conferir.

Estadão afirma que Waldir Maranhão também foi “fantasma”

por Jorge Aragão

waldirO jornal O Estado de São Paulo trouxe, ampoule nesta quarta-feira (11), there mais uma denúncia grave envolvendo o nome do presidente interino da Câmara Federal, Waldir Maranhão (PP).

Segundo a denúncia (veja aqui), Waldir Maranhão teria sido “professor fantasma” da UEMA nos dois últimos anos. O presidente interino da Câmara Federal estava recebendo silenciosamente salários mensais, tudo de forma absolutamente irregular. Eram cerca de R$ 16 mil por mês. Os pagamentos, realizados entre fevereiro de 2014 e dezembro de 2015, somaram a quantia de R$ 368.140,09.

Por lei, qualquer servidor público que assume cargo de deputado tem que pedir o afastamento imediato de sua função inicial para, então, exercer seu mandato e ser remunerado exclusivamente por ele. O deputado Waldir Maranhão (PP­MA) sabia disso. Tanto que, em 2006, quando foi eleito pela primeira vez, largou a universidade estadual, onde exerceu cargos como os de professor e reitor por 21 anos, e teve seus salários automaticamente cortados.

Entretanto, em fevereiro de 2014, o presidente interino da Câmara voltou a receber seus rendimentos por serviços acadêmicos que não prestava, com o dinheiro caindo diretamente em sua conta corrente. Se a volta desses pagamentos partiu ou não de um pedido seu, o fato é que Maranhão não comunicou nada à universidade ou mesmo à Secretária Adjunta de Gestão de Pessoas que executa os repasses do Governo do Maranhão.

Todas as informações foram confirmadas pela reitoria da UEMA ao Estadão. Os salários do professor fantasma Waldir Maranhão Cardoso só deixaram de ser pagos no fim do ano passado porque a universidade decidiu passar um pente­fino em sua folha de pagamento em dezembro.

“Foi quando vimos que o nome do professor Waldir Maranhão estava lá, realmente de forma irregular”, disse à reportagem o reitor da UEMA, Gustavo Costa, que assumiu o comando da instituição em janeiro de 2015.

Sendo assim, Waldir Maranhão nem pode reclamar com o seu filho, Thiago Maranhão (funcionário fantasma do TCE), afinal filho de peixe, peixinho é, ou nesse caso, filho de fantasma, fantasminho é.

A crítica ao Governo Flávio Dino, desta vez, parece ser injusta

por Jorge Aragão

criticaEste Blog é um crítico do Governo Flávio Dino, sovaldi sale mas não critica por criticar, critica porque jamais acreditou no discurso do Governo da Mudança, tanto que está fazendo tudo que sempre condenou anteriormente e, ainda pior, pois quase sempre com suspeita de irregularidades no meio.

No entanto, o Blog entende que a crítica do blog de Sônia Racy, publicada no Estadão desta sexta-feira (12), da maneira como foi feita, parece injusta. Clique aqui e veja.

A crítica é pelo fato do Governo Flávio Dino ter contratado empresas de segurança privada para prestar serviço na Secretaria de Segurança Pública, tanto que a postagem é “Segurança da segurança”.

Só que este tipo de procedimento não é algo novo no Maranhão, como deixou a entender a postagem. Ao contrário, a contratação de segurança privada para zelar pelos prédios da Secretaria de Segurança, inclusive delegacias de policias, já vem sendo praticada há tempos no nosso Estado.

A crítica poderia até vir pela incoerência, como foi no caso do aluguel das aeronaves (reveja), mas confesso não ter ouvido ou lido qualquer crítica do governador Flávio Dino e seus asseclas sobre tal procedimento em governos anteriores.

A crítica também pode até ser feita se tiver algo errado com a licitação que contratou as firmas ou mesmo pelo valor das mesmas, mas não passar a impressão de que tal procedimento é algo recente ou inédito.

Pelo menos desta vez a crítica ao Governo Flávio Dino parece ser injusta e o Blog do Jorge Aragão, para continuar a ser justo, fez a postagem.