Desilusão sindical

por Jorge Aragão

Flávio Dino / Foto: Karlos Geromy/Secom

Numa das mais contundentes críticas ao governo Flávio Dino (PCdoB) nestes quase três anos de mandato, o Sindicato dos Policiais Civis do Maranhão (Simpol), classificou a gestão comunista de “governo da propaganda, da mídia, da ilusão”, e desqualificou todo o sistema de segurança pública de Flávio Dino.

A crítica do Simpol torna-se mais dura porque o sindicato esteve com Flávio Dino nas eleições de 2014; e apostava todas as fichas na falácia de modernização do sistema e valorização dos profissionais do setor.

Mas tudo não passa de propaganda, segundo lembra a nota. “Embaladas por soluções paliativas, as propagandas da gestão estadual, com suas novas viaturas mostradas à exaustão ou mesmo com suas formaturas de novos, mas insuficientes pelotões, querem fazer crer que o Governo do Estado está preocupado com a segurança e que tem nesta uma de suas prioridades. História contada, falácia revelada!”, diz o documento.

A desilusão do Simpol é a mesma que vivem os professores abrigados no Simproessema, que também vestiu a camisa do comunismo em 2014. Mas também não será o único.

Além deles, outras centenas de servidores mostram-se insatisfeitos com a política de Flávio Dino para os servidores estaduais. E prometem fazer paralisação conjunta, de advertência, abrigados em uma série de sindicatos – Sintsep, Sindspen, Sindisesma, Sinfa-MA, SindisFunac, Simoema, SintUema, Sindet, SindUema, Sintag, Aspem, Adepol, Audima e AAgpen – na próxima quinta-feira, 5.

São categorias que vestiram a camisa do comunismo em sua maioria; e que hoje, a exemplo de Simproessema e Simpol, também sofrem a desilusão com o governo.

Resta saber até quando durará a chateação, já que o Maranhão encontra-se às vésperas de mais um período eleitoral.

Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão

Corte dos 21,7%: incoerência sem fim de Flávio Dino

por Jorge Aragão
Edilázio apontou incoerência de Flávio Dino

Edilázio apontou incoerência de Flávio Dino

O deputado Edilázio Júnior (PV) apontou ontem um detalhe interessante na relação entre o governador Flávio Dino (PCdoB) e os servidores públicos.

Dino sofre agora forte rejeição dos servidores do Poder Judiciário do estado, sovaldi por ter levado a diante uma ação rescisória que resultou no corte de 21,7% dos salários de toda a categoria.

Mas essa relação já foi diferente, muito diferente.

Antes de ingressar na magistratura como juiz federal, Flávio Dino construiu uma trajetória na advocacia, como um profissional que defendia os interesses dos trabalhadores.

Segundo Edilázio, Dino chegava a atuar como militante e representava sindicatos de entidades de classe nos tribunais estadual e federal.

Resultado disso foi o reconhecimento de muitos trabalhadores e trabalhadoras, antes defendidos por ele, que o elegeram governador do estado.

Mas o que fez Dino logo ao chegar no comando do Poder Executivo?

Patrocinou ação julgada procedente pelo Tribunal de Justiça, classificada hoje pelos servidores como o maior golpe de um Governo do Estado contra o serviço público no Maranhão.

A incoerência, segundo o parlamentar, está no ontem e no hoje de Flávio Dino.

Se antes ele dependia – de certa forma -, do funcionalismo público para se projetar como um profissional de destaque na advocacia estadual, Dino trata agora com indiferença o corte de 21,7% dos salários de uma categoria que serve ao Estado.

Uma mudança de postura gigantesca e que custará ao servidor público, uma soma de prejuízos.

E Flávio Dino parece nem se preocupar com isso…