Deputado agride repórter do CQC

por Jorge Aragão

Felipe Andreoli do CQC

O deputado federal Márcio Reinaldo Moreira (PP-MG) está sendo acusado de ter agredido o humorista Felipe Andreoli, repórter do CQC, da TV Bandeirantes.

A denúncia foi divulgada pelo próprio Andreoli, que além de ter feito um Boletim de Ocorrência registrando o fato, ainda o tornou público quando através de seu twitter externou a agressão.

Segundo a denúncia de Felipe Andreoli, o parlamentar o agrediu com um tapa na cara durante uma entrevista no Congresso Nacional. Como a agressão aconteceu na terça-feira (08), um dia após a exibição semanal do CQC, a matéria só deve ir ao ar no próximo programa, ou seja, na segunda-feira (14).

Leia abaixo a postagem na íntegra de Felipe Andreoli nas redes sociais denunciado a agressão sofrida em Brasília.

“Tapa na cara

O melhor jeito de descontar a raiva, é escrevendo, não tem outro jeito, então lá vai.

Hoje, assim que entramos no Congresso, disse pro Guga (nosso produtor): depois de sair daqui tem que tomar banho de sal grosso, o ambiente é muito pesado.

Mal sabia eu.

Eu gosto de fazer matéria em Brasília, são os caras que tenho mais gana de confrontar, questioná-los da maneira que qualquer cidadão sonha em fazer. Para mim, lugares que exalam poder não tem um bom cheiro. A sensação de trama, de conspiração, de que algo está sendo meticulosamente planejado, é constante. Aqui, até na hora de fazer xixi no mictório, olho pra trás pra ver se não tem ninguém bolando uma maldade comigo.

Sinceramente tem poucos, pouquíssimos deputados e senadores que eu olho e penso: taí, esse cara é do bem. Grande novidade, você deve pensar assim também.

Nesta terça-feira entrevistei o Deputado Marcio Reinaldo Moreira (PP-MG). Fiz uma pergunta – vocês verão no CQC – que nós nos fazemos todo santo dia. Ele me respondeu com um tapa na cara. Fora os xingamentos.

O tapa na cara dói. Não aquela dor doída de um soco. É mais parecido com uma cusparada, uma humilhação. Eu senti aquele senhor batendo na cara de todos estavam ao meu redor.

Indignado, não hesitei. Vou na polícia. Na hora em que cheguei à delegacia de para fazer o boletim de ocorrência – confesso – fiquei com medo. Pensei: Caraca! Sabe Deus da onde é esse cara, quem são os amigos dele, o ‘poder’ que ele tem ou pode ter. Vou dar meu endereço e telefone no BO e esse nobre deputado vai atrás de mim. Juro que pensei isso.

Infelizmente a gente tem essa sensação. Que todos são meio Don Corleone. Temidos nobre senhores. Respeitados e inatingíveis. Dou um tapa na cara de qualquer um e nada me acontecerá. Tenho certeza que ele pensou isso.

Daqui pra frente, vamos imaginar o melhor dos mundos: que eu vença o processo e ele tenha que pagar o que deve. Obviamente seria uma daquelas penas alternativas, como doação de cesta básica Ele paga. Uhu, ganhamos!

O pior é o sentimento que persiste: é, pagou com dinheiro do nosso bolso. Dos salários e extrinhas que pagamos pra eles.

Não queria pensar assim, é triste achar que os deputados, senadores, enfim, pessoas que tem proximidade com o poder, só tem uma causa: a causa própria. Ainda assim vou até o fim, e que ele pague as cestas básicas e se retrate.

E a retratação não é para mim. Eu nunca esperei nada muito melhor do senhor Dep. Marcio Moreira. Mas retrate-se com os eleitores que votaram na sua digníssima pessoa e tomaram esse tapa comigo.

Meus pêsames, Brasil.

Felipe”

Irritado Joel Santana pede prisão para repórter do CQC

por Jorge Aragão

Irritado depois de mais uma eliminação, ask o técnico do Flamengo Joel Santana, thumb não gostou quando foi questionado pelo repórter Ronald Rios, do CQC, na entrevista coletiva após a derrota por 3 a 2 para o Vasco. O humorista fez uma piada sobre Ronaldinho Gaúcho e uma propaganda de TV em que o técnico fala inglês e causou uma grande confusão.

Já no fim da coletiva, mesmo sem o microfone e em voz alta, Ronald fez a sua piada: “Joel, Ronaldinho ganha muito dinheiro para ficar faltando aos treinos, pode to be?”.

O treinador flamenguista não gostou nenhum pouco e nervoso pediu até mesmo a prisão do repórter. “Quem deixou esse maluco entrar aqui? Isso é coisa séria. Tem que prender. Estou sendo bombardeado de todos os lados e uma coisa dessa acontece”, ponderou irritado Joel.

Logo após a confusão, o produtor da TV Bandeirantes conversou com a assessoria de imprensa do Flamengo para amenizar o clima de tensão.

Alterado, Joel apareceu no local e voltou a reclamar da piada do CQC. “Por isso falo que precisamos nos reciclar sempre. Não dá para aceitar falta de respeito e bom senso”, comentou o treinador, que concluiu:

“Meu filho, eu tenho 63 anos e você tem 20 e poucos. O que você tem de vida é menos do que o que tenho de futebol. Tenho filhos mais velhos que vocês. O mínimo que você precisa fazer é me respeitar. Faça-me o favor. Na boa, garoto, não é hora de piada. Preste atenção”, encerrou.

O programa CQC com a confusão envolvendo Joel Santana e o repórter Ronald Rios deve ir ao ar nesta segunda-feira (23), na TV Bandeirantes.

Sindicato de Jornalistas do DF “detonam” CQC

por Jorge Aragão

Marcelo Tas comanda o CQC

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal pediu nesta quinta-feira a colocação de limites para impedir que os humoristas do programa da Band Custe o Que Custar (CQC) prejudiquem o trabalho da imprensa em Brasília.

A onda de reclamações que chegou ao sindicato diz respeito ao mais recente episódio, stuff a visita da secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton. “Sem desmerecer o trabalho humorístico, consideramos que nossa sociedade carece, em maior grau, de informações de qualidade e, nesse sentido, defendemos sempre a preponderância da atividade jornalística sobre a humorística”, justifica o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Brasília em comunicado.

Na mesma nota, o sindicato pede que as assessorias de imprensa dos organismos governamentais, principalmente as da Presidência e a do Itamaraty, “adotem as medidas necessárias para garantir tal preponderância”. Os líderes sindicais alegam que “perante os abusos da equipe do CQC” são necessárias medidas das assessorias de imprensa para garantir as condições de trabalho dos jornalistas. “Não nos consta que em qualquer outro lugar do mundo profissionais do jornalismo e humoristas recebam o mesmo tipo de credenciamento”, acrescenta a nota.

O sindicato protestou principalmente pelo incidente provocado pelos humoristas do programa CQC na entrevista coletiva que a secretária americana de Estado concedeu na segunda-feira junto ao ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Segundo os jornalistas que participavam da coletiva, a entrevista foi interrompida quando um dos humoristas do CQC, sentado como sempre nos locais destinados à imprensa, tentou entregar uma máscara de Carnaval a Hillary Clinton.

Os membros da equipe de segurança impediram a entrega e retiraram rapidamente à secretária de Estado da sala de entrevistas diante do protesto de jornalistas e fotógrafos, e de empurrões entre humoristas e comunicadores. “Este sindicato recebeu nas últimas horas dezenas de reivindicações relativas à forma como integrantes do programa humorístico CQC se comportaram em coletivas de imprensa e cerimônias governamentais. O episódio mais recente e grave ocorreu na visita da secretária de Estado dos EUA. Esse tipo de comportamento gera vergonha e conflitos que frequentemente prejudicam o bom desempenho dos profissionais de imprensa e muitas vezes precipitam o fim das entrevistas e restrições ao acesso dos jornalistas a autoridades”, acrescenta o comunicado.

O sindicato colocou seu departamento jurídico à disposição de jornalistas interessados em processar os humoristas por danos morais e físicos. “Também pedimos aos profissionais do CQC uma reflexão sobre seu modus operandi, para que levem em conta os princípios como respeito e profissionalismo”, conclui a nota.

O CQC, que é exibido desde 2008 no Brasil pela mesma produtora do programa na Argentina, chegou a ter proibida a entrada no Congresso Nacional por algumas semanas, mas o Parlamento voltou atrás (As informações são do Portal Terra).