chapecoense

A CONMEBOL oficializou que o título da Copa Sul-Americana de 2016 será mesmo da Chapecoense, como solicitou o seu adversário na final da competição, a equipe do Atlético Nacional da Colômbia.

É claro que ficamos todos felizes com a decisão, afinal, pelo menos temporariamente, a Chapecoense passou a ser o segundo time de todos os brasileiros. Além disso, o pedido inesperado partiu da própria equipe colombiana.

Entretanto, além de não terem sido jamais responsáveis pela tragédia, o time do Atlético Nacional, sua torcida, diretoria e o povo colombiano demonstraram um carinho impressionante. Em uma das inúmeras homenagens, mais de 40 mil colombianos gritavam “Vamos, Chape!” e levaram uma faixa que dizia: “uma nova família nasce”, justamente no dia marcado para a decisão da competição.

As homenagens comoveram todos os brasileiros, que indubitavelmente se questionaram: se nós teríamos a capacidade e o desprendimento para fazermos igual com alguém que nunca havíamos sequer conhecido anteriormente???

Por tudo que os colombianos e o Atlético Nacional, através de seus jogadores, diretoria e torcedores, o mais justo seria mesmo ter declarado as duas equipes campeãs da Copa Sul-Americana, como inclusive sugeriu a própria Chapecoense e a CBF – Confederação Brasileira de Futebol.

O título seria dividido, mas tanto a premiação em dinheiro como a vaga para a Taça Libertadores ficariam com a Chapecoense, já que na questão financeira, devido à tragédia, é o time brasileiro que está mais necessitado e o time do Atlético Nacional, por ser o atual bicampeão da Libertadores, já tem vaga assegurada na competição em 2017.

Assim seria mais justo, já que homenagearíamos tanto quem se foi, quanto quem ficou, mas ficou com dignidade e se solidarizando com muito amor e carinho a um eventual adversário no futebol.