Sem Prisco, PM acaba a greve na Bahia

por Jorge Aragão

Em assembleia realizada no fim da tarde deste sábado (11), for sale policiais militares decidiram encerrar a greve no estado, medicine que já completava 12 dias. A desarticulação total do movimento acontece a cinco dias do carnaval de Salvador. O grupo que participou do encontro havia insistido na manutenção da greve mesmo após desocupação da Assembleia Legislativa e da convocação oficial do governo do estado para o retorno imediato ao trabalho.

Na saída da assembleia, manifestantes cantavam em coro “Ô, a PM voltou” e a maioria não quis conversar com a imprensa. Um deles disse que a “greve acabou pelo bem da sociedade”. Segundo PMs, cerca de 300 pessoas participaram da reunião, entre policiais e familiares.

Rio de Janeiro

O inspetor da Polícia Civil e diretor do Sindpol, Francisco Chao, informou neste sábado (11) que a corporação suspendeu a greve. No entanto, Bombeiros e Polícia Militar continuam com o movimento grevista, aprovado em assembleia por duas mil pessoas na noite de quinta-feira (9).

“O momento é critico, não estamos diante de uma greve e sim de uma crise. Eu falo pela Civil, não pelos bombeiros ou PM. É muito difícil falar em movimento revindicatório sem adesão. Segurança para a sociedade está em primeiro lugar. Por cautela e respeito, a melhor decisão é suspender. Quem encerra movimento grevista é a categoria. É em homenagem a minha categoria que nós estamos suspendendo momentaneamente a greve da Civil”, disse o Chao. (As informações são do G1)

Bahia dá exemplo ao Brasil e Prisco está preso

por Jorge Aragão

O prédio da Assembleia Legislativa da Bahia, store em Salvador, foi desocupado na manhã desta quinta-feira (09) pelos policiais militares grevistas que mantinham a ocupação desde 31 de janeiro. O ex-policial militar Marco Prisco, considerado líder do movimento, e o policial Antônio Angelim deixaram o local presos.

Policiais militares grevistas começaram a deixar o prédio da Assembleia Legislativa da Bahia, em Salvador, pouco depois das 6h desta quinta-feira (9), quando a ocupação do local completava dez dias.

A saída foi anunciada ainda na madrugada pelo advogado Rogério Andrade, que representa a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares (Aspra). Na noite de quarta-feira (8), o Jornal Nacional divulgou conversas gravadas entre os chefes dos PMs grevistas na Bahia que mostram acertos para realização de ações de vandalismo em Salvador. O líder da Aspra, Marco Prisco, foi flagrado nas conversas, tem mandado de prisão expedido e deve se entregar nesta manhã.

A saída dos manifestantes ocorria de forma organizada no começo da manhã. Primeiro, um grupo de mulheres deixou o prédio. As forças de segurança colocaram ônibus à disposição do grupo. A maioria deixou a região usando os próprios carros e motos. Os veículos foram revistados pela Polícia Federal. Segundo o advogado do grupo, cerca de 300 pessoas estavam na assembleia.

Ministro endurece o jogo contra militares grevistas

por Jorge Aragão

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (foto), afirmou que já fez o pedido de reserva de vagas em presídios de segurança máxima para encaminhar, caso seja necessário, os policiais militares que tenham cometido algum tipo de crime durante a mobilização grevista que já dura cinco dias na Bahia. Durante coletiva à imprensa, realizada na manhã deste sábado (4) ainda na Base Aérea, onde desembarcou, o ministro frisou a relação que o governo federal mantém com as políticas de segurança estadual.

“A nossa compreensão é que o nome dessa polícia e das ações de segurança, o nome desse estado não pode atingido por um grupo de pessoas que imagina que as suas reinvindicações corporativas possam fazer valer qualquer tipo de ação, possam fazer valer a prática de crimes, abusos de todas as naturezas. Isso é inaceitável em um estado de direito”, disse. Cardozo cita ainda que o governo federal oferece um “incondicional apoio na defesa da ordem e do estado de direito da Bahia”.

Ele chegou em Salvador por volta das 10h, acompanhado do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, e da secretária Nacional da Segurança Pública (Senasp), Regina Miki.

O ministro da Justiça comenta que a presidente Dilma autorizou a ‘operação de lei e de ordem’, prevista na legislação em vigor. “Isso significa a possibilidade de além de mobilizarmos a Força Nacional, a Polícia Federal e as Forças Armadas, sob comando do Ministério da Defesa, trazer para o estado da Bahia talvez o maior contingente operacional que se fez em operações dessa natureza. São mais de três mil homens”, relata.

O ministro diz, também, que a Polícia Federal já foi autorizada para investigar os crimes de modo complementar ao trabalho desenvolvido pela polícia civil de âmbito estadual. “A Polícia Federal já está orientada para que transgressões sejam apuradas e punidas com o máximo de vigor. Eventuais depredações a equipamentos, que estão nesse momento submetidos à operação de lei e ordem, qualifica-se como crime federal”, acrescenta.

Até o momento, 12 mandados de prisão foram expedidos para pessoas distintas do movimento. Há previsão oficial de que soldados federais sejam deslocados para Assembleia Legislativa, onde acampam os grevistas, para cumprir mandados de reintegração de posse de viaturas da PM, expedidos pela Justiça na manhã deste sábado. Até as 13h, uma viatura havia sido recolhida.

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Novamente Prisco

por Jorge Aragão


Depois do Maranhão e Ceará agora é a vez da Bahia enfrentar a greve da Polícia Militar. No entanto, order o modus operandi entre os três movimentos é bastante similar e todos sob o comando do ex-soldado da PM, Márcio Prisco Caldas Machado, o Prisco.

O baiano Prisco que foi acusado de falsidade ideológica pelo presidente do PTC de Rondônia, Jair Montes, assim como fez no Maranhão e Ceará, é o principal interlocutor do movimento na sua terra natal.

Por conta da greve da PM, a capital Salvador vai vivendo um momento delicado, tendo lojas sendo saqueadas e um recorde no número de homicídios, 13 mortes em apenas cinco horas.

O que impressiona é que “curiosamente” tudo que aconteceu no Maranhão, vai acontecendo em proporção ainda maior e mais irresponsável na Bahia. Assim como fizeram no Maranhão, os militares grevistas estão ocupando o prédio da Assembleia Legislativa, mesmo o Tribunal de Justiça da Bahia, assim como o TJ-MA, tendo decretado a ilegalidade da greve.

Desde a madrugada de quarta-feira (1), sindicalistas filiados à Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra) ocupam a sede da Assembleia Legislativa, situada no CAB, em estado de greve. Na ocasião, Marco Prisco, presidente da Associação, informou que os manifestantes só sairão do local após serem atendidos por algum representante do governo do estado.”, trecho de uma matéria do Portal G1, fazendo alusão ao Prisco, que parece ter como emprego comandar greves de policiais militares na Região Nordeste.

Outras “coincidências” com o movimento no Maranhão: A possível paralisação do transporte coletivo em Salvador, divulgação de supostos arrastões pela cidades, incorporação da Polícia Civil à greve da PM e bloqueio de avenidas.

Definitivamente e infelizmente a Bahia está tendo o desprazer de conhecer realmente o ex-soldado Prisco, que não mede as conseqüências de seus atos para alcançar seus objetivos.

Assim como no Maranhão, na Bahia, a Força Nacional e o Exército Brasileiro estão nas ruas tentando amenizar a situação.