César Pires diz que Governo Dino maquia dados da Covid-19

por Jorge Aragão

Ao analisar dados oficias da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e das prefeituras, o deputado César Pires afirmou que o governo estadual está maquiando os boletins sobre a Covid-19 no Maranhão. Segundo o parlamentar, a divergências de números indica que a contaminação de maranhenses pelo coronavirus é no mínimo duas vezes maior que a oficialmente informada pelo governador Flávio Dino.

“O lockdown imposto na ilha de São Luís já comprova a falta de capacidade de planejamento estratégico e de gerenciamento da crise sanitária por parte do governo estadual. Como não têm sabido orientar a população e controlar a contaminação, o governador maquia os números oficiais para passar ao Brasil a imagem de gestor acima da média que ele não é”, enfatiza César Pires.

O deputado comprova suas afirmações ao comparar os números apresentados no mesmo dia pelos municípios e pela SES.

“Em Codó, já eram 89 casos confirmados, quando o governo estadual informava ter ali apenas 35 contaminados. Pedreiras já registrava 78 casos quando no boletim da SES aparecia somente 26. Em Presidente Dutra, já eram 48 pessoas doentes, quando o governo mostrava 20 em seu boletim. O mesmo acontece com Tuntum – que tinha 11 casos e a SES registrava 02 -; Santa Inês com 53 aparece com 46 casos; Conceição do Lago Acú com 10 casos no município e apenas dois no quadro do governo, e São Bernardo, que já confirmou 14, sequer aparece no boletim da SES”;, listou ele.

Para César Pires, falta capacidade gerencial ao secretário de Saúde Carlos Lula para interagir com os gestores municipais, e o governador está enganando a sociedade quando apresenta os números da Covid-19 no Maranhão.

“É preciso mostrar a realidade para a população sem estar preocupado só com a própria imagem. E tomar as medidas realmente eficazes para tentar conter o avanço do coronavírus em nosso estado, pois os boletins municipais mostram que o numero de infectados pode ser o dobro do que o governador tem mostrado na televisão”, finalizou ele.

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Ações proativas

por Jorge Aragão

Por Adriano Sarney

Quero, mais uma vez, usar esse espaço, para propor modelos de combate à pandemia que deram certo no Brasil e no Mundo. Em Israel, Alemanha, Espanha e alguns estados brasileiros, por exemplo, o aluguel ou requisição dos hotéis (mas também pousadas, escolas, estádios, etc.) para isolamento e acompanhamento dos infectados do Covid-19 tem surtido efeito.

Com a falta de testes no estado, pessoas buscam UPAs e hospitais com falta de ar e pneumonia e, infelizmente, são orientados para voltarem para casa sem medicamentos e com o risco de transmitir a doença para seus familiares. A situação se agrava devido aos pequenos cômodos que formam a maioria dos lares maranhenses. Quando esses pacientes retornam ao sistema de saúde, encontram-se em situação precária. Eles precisam ficar desde os primeiros sintomas graves em isolamento e sob a tutela do estado. No Maranhão não temos muitos leitos hospitalares disponíveis, mas existem aproximadamente 40 mil leitos de hotéis que podem ajudar a salvar vidas.

Em Israel, por exemplo, o coronel da reserva de origem brasileira Michael Gilinsk, coordena 13 hotéis em todo o país para receber pessoas afetadas pela Covid-19 e que precisam de isolamento. “Em cada hotel, a gente coloca uma equipe de 14 pessoas, reservistas, que ficam o tempo inteiro em contato com os órgãos de controle e os hóspedes”, explica o militar.

Na Alemanha, hotéis estão sendo convertidos em hospitais provisórios para pacientes com sintomas mais leves. Assim, as unidades de saúde podem se concentrar em cuidar dos casos mais graves.

Na Espanha, 40 hotéis de Madrid foram preparados para receber cerca de 9 mil casos menos urgentes da doença. Como primeiro atendimento, os enfermos são tratados nos hotéis e, a depender da evolução do quadro, poderão ir para casa ou encaminhados aos hospitais.

No Brasil, a rede Bourbon, com 21 unidades, pôs sua infraestrutura à disposição do governo federal para receber pessoas em recuperação. No vizinho Piauí, a rede Arrey também se voluntariou para abrigar doentes, pessoas em quarentena e profissionais.

Nesse sentido, apresentei um Projeto de Lei na Assembleia (PL 128/2020) que possibilita a utilização dos hotéis e pousadas para esse fim e também para abrigar os profissionais de saúde e outros trabalhadores de serviços essenciais. A ideia também ajuda a manter o setor hoteleiro em pé, salvando centenas de empregos, uma vez que passa por um dos piores períodos de sua história. É claro que a negociação de valores tem que ser razoável e dentro da realidade atual.

Com o sistema de saúde chegando ao seu limite de capacidade, os governos estão sendo forçados a encontrarem alternativas. A impressão é a de que o governo do Maranhão se fecha em uma redoma e reza para que o lockdown reduza a curva (exponencial) de infectados e de óbitos. Precisamos de uma política pública proativa para identificar os focos de contaminação e combatê-los enquanto há tempo.

Que Deus nos proteja, vamos superar essa crise!

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Douglas Martins rejeita suspeição, mas decide se afastar do caso

por Jorge Aragão

Diante do pedido do Ministério Público, através do promotor de Justiça da Defesa do Idoso, José Augusto Cutrim, que pediu a sua suspeição na Ação Civil Pública que cobra mais transparência do Governo Flávio Dino diante dos recursos que tem recebido para o combate da pandemia do novo coronavírus no estado (reveja), o juiz Douglas de Melo Martins, titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, se posicionou rapidamente.

O magistrado decidiu pela rejeição do pedido de suspeição, mas mesmo assim decidiu se afastar do caso.

No seu despacho, Douglas Martins deixou claro que existem outras decisões tomadas de sua autoria que seriam teoricamente contra o Estado do Maranhão, ou seja, contra o governador Flávio Dino, e justamente por esse motivo optou pela rejeição da suspeição.

No entanto, apesar de rejeitar a suspeição, o magistrado pede que o corregedor-geral de Justiça do Maranhão, desembargador Paulo Velten, designe um juiz auxiliar para atuar na Vara por 30 dias e julgar não apenas a ação do MP por mais transparência do Executivo estada, mas também outros processos relacionados à pandemia da Covid-19, com uma da DPE pela divulgação da disponibilidade de locais de testes.

“O pedido de designação de juiz auxiliar para conduzir este e outros processos que tramitam na Vara de Interesses Difusos e Coletivos tem o escopo de também deixar claro que este magistrado não tem apego ou paixões por processos. Estes podem ter sua condução ou de qualquer outro magistrado, não importando se esta condução será semelhante ou diferente. A necessidade de decidir uma infinidade de processos de grande repercussão tem resultado em exposição exagerada deste magistrado. Desta forma, a divisão de responsabilidades com outro magistrado também servirá para diminuir essa exposição”, completou.

É aguardar e conferir.

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Reconhecimento tácito

por Jorge Aragão

O governador Flávio Dino (PCdoB) bem que tentou sustentar o discurso de que o lockdown à maranhense – com pouca fiscalização – foi um sucesso, mas acabou reconhecendo, mesmo que tacitamente, que não é bem assim.

Na manhã de sexta-feira, em coletiva à imprensa transmitida direto do Palácio dos Leões, o chefe do Executivo estadual anunciou novas medidas de contenção da circulação de pessoas. Entre elas, o estabelecimento de um rodízio de veículos para diminuir a quantidade deles trafegando pelas avenidas de São Luís.

A questão é de lógica básica: se o lockdown estivesse sendo cumprido à risca, como anuncia o governador desde o primeiro dia, não haveria necessidade de nenhuma medida adicional para manter as pessoas isoladas.

Se houve essa necessidade, é lógico pensar que o bloqueio não funcionou – ou não está funcionando – tão bem.

E não está por problemas do governo e das prefeituras: foram essas autoridades que decidiram adotar postura mais branda na fiscalização do cumprimento do decreto.

O resultado? O movimento de pessoas em muitos locais na Grande Ilha foi igual (e, em alguns casos, até superior) ao dos dias de isolamento imediatamente anteriores ao bloqueio de atividades.

Inflado – A propósito, o governo tem adotado uma estratégia clara para “inflar” o percentual de diminuição da circulação de pessoas pela cidade nesse período. Para isso, usa dados da circulação de passageiros.

Compara, então, dados desta semana – apontando circulação de 96 mil pessoas – com os de dias normais, quando circulam mais de 600 mil passageiros, e anuncia redução de 85%.

O correto seria comparar com a semana imediatamente anterior, quando medidas de isolamento já estavam em efeito, para se ter uma real noção do impacto do lockdown.

Estado Maior

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MA mantém 25 óbitos em 24 horas e BR se aproxima de mil

por Jorge Aragão

A sexta-feira (08) foi terrível para o Maranhão e para o Brasil, com relação ao combate a pandemia do novo coronavírus.

O Maranhão, infelizmente, manteve o recorde de 25 óbitos em 24 horas e o Brasil vai se aproximando, rapidamente, de mil óbitos por dia oficialmente.

Além dos 25 óbitos, o boletim trouxe o recorde de novos casos em 24 horas, foram simplesmente confirmados mais 856 casos e a inclusão de mais 15 municípios.

Com isso, o balanço atual do coronavírus no Maranhão é o seguinte: 6.765 casos, com 355 mortes, 1.587 pessoas recuperadas, 6.838 suspeitos e já são 153 municípios maranhenses que já tiveram registros oficiais Covid-19.

Sobre os leitos, atualmente a ocupação de leitos de UTI na capital é de 93,99%, já de leitos clínicos é de 81,39%. No interior, a situação é menos complicada, já que temos ocupação de leitos de UTI em 41,05% e leitos clínicos em 25,81%.

O boletim deixou, a partir desta sexta-feira, de detalhar a situação das vítimas do Covid-19, apenas informando os municípios. Sendo assim, os 25 óbitos vieram:  Paço do Lumiar (01), São João Batista (01), Barra do Corda (01), Monção (02), imperatriz (02), Carutapera (02), São Luís (16).

Brasil – No Brasil, infelizmente, voltamos a bater o recorde de mortes em 24 horas e nos aproximando de mil óbitos. Somente nesta sexta-feira, foram 751 mortes no boletim. Atualmente, temos 145.328 casos, com 9.897 óbitos.

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Pastor Gildenemyr testa positivo para a Covid-19

por Jorge Aragão

Mais um deputado maranhense confirmou que seu exame testou positivo para o novo coronavírus. O deputado federal Pastor Gildenemyr (PL), nesta sexta-feira (08), confirmou a informação através de sua assessoria.

De acordo com a Nota, o exame do parlamentar foi feito em Brasília e por recomendação médica, o deputado ficou internado para observações médicas durante o fim de semana.

O Pastor Gildenemyr é o quarto deputado maranhense a contrair a Covid-19, Antes dele, confirmaram testes positivos os parlamentares: Aluísio Mendes (federal), Daniella Tema e Carlinhos Florêncio (ambos estaduais).

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MP pede suspeição do juiz Douglas Martins em ACP contra governo

por Jorge Aragão

O Ministério Público, através do promotor de Justiça da Defesa do Idoso, José Augusto Cutrim, pediu, nesta sexta-feira (08), a suspeição do juiz Douglas de Melo Martins, da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, na Ação Civil Pública que cobra mais transparência do Governo Flávio Dino diante dos recursos que tem recebido para o combate da pandemia do novo coronavírus no estado (reveja).

Entre as argumentações para pedir a suspeição do magistrado, o promotor cita uma outra ação em que o próprio juiz Douglas de Melo Martins se julga suspeito.

“Por meio de consulta realizada, nesta data, no Sistema Processo Judicial Eletrônico (PJE), do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão (DOC 06 e 07), assim como demais ferramentas públicas de pesquisas, para verificar a veracidade da informação, encontramos um despacho da lavra de Vossa Excelência dando-se por SUSPEITO, em razão de foro íntimo, em uma Ação Popular por abuso de autoridade, figurando no pólo passivo, dentre outros agentes públicos vinculados ao Poder Executivo Estadual, o Governador do Estado, Flávio Dino de Castro e Costa, o atual Secretário de Saúde do Estado, Carlos Eduardo de Oliveira Lula, e o Ente Federativo, Estado do Maranhão”, assegurou o promotor Augusto Cutrim, que disse que seria estranho o magistrado se julgar suspeito em um processo e não em outros que tenha o governador Flávio Dino citado.

Clique aqui e veja o pedido na íntegra.

É aguardar e conferir.

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Wellington quer 40% de insalubridade aos profissionais da linha de frente

por Jorge Aragão

Nesta sexta-feira (08), o deputado estadual Wellington do Curso protocolou ofício em que solicita ao governador Flávio Dino que implante o percentual de 40% referente à insalubridade no salário dos profissionais da saúde no Maranhão, bem como para os profissionais de segurança pública.

A solicitação foi feita após Wellington receber o pedido dos profissionais que atuam na UPA do Aracagy.

“Hoje, estive em reunião com os profissionais da saúde da UPA do Aracagy. Por essa razão, acabo de oficiar o Governo do estado, por meio da Secretaria de Saúde, para que se pronuncie sobre essa solicitação que recebemos. Os profissionais da enfermagem querem saber o motivo pelo qual o percentual de 40% da insalubridade que havia sido prometido não foi depositado. São esses os profissionais que estão na linha de frente no combate à COVID-19 e é exatamente por isso que deixamos aqui essa solicitação. Entendemos o pedido para os profissionais da segurança pública, a exemplo dos policiais militares”, disse Wellington.

É aguardar e conferir.

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Números da Covid-19 da SES divergem de dados municipais

por Jorge Aragão

Com o coronavírus começando a se espalhar em todo o Maranhão, o interesse de alguns gestores sobre a doença aumentou, bem como aumentou a reclamação, constante, por conta dos números diferenciados de casos apresentados pela Secretaria de Saúde do Estado (SES) e os dados apresentados pelos municípios.

Atualmente, segundo dados do boletim da SES, já teríamos o registro da doença em pelo menos 137, dos 217, municípios do Maranhão.

Depois das informações recebidas pelo Blog vindas do interior maranhense, é evidente que é preciso, urgentemente, um alinhamento dos casos entre Governo do Maranhão e as prefeituras municipais.

O Blog fez um pequeno apanhado de alguns casos que demonstram, de maneira absurda, essa grande divergência.

Em Açailândia, por exemplo, o último boletim da SES apontava somente 38 casos na cidade. No entanto, o boletim da Prefeitura de Açailândia já registrava quase o dobro de casos, 74 confirmados.

Em Buriticupu, a situação é idêntica, pois enquanto o boletim das SES apresenta apenas nove casos, os dados da Prefeitura de Buriticupu já chegam a 37 registros.

Na cidade de Codó, uma das principais do Maranhão, a diferença também é escandalosa. O boletim da SES apresenta 35 registros, já os dados da Prefeitura de Codó confirmam 89 casos.

Outro caso gritante é em Pedreiras. O boletim da SES confirma 26 casos, mas no boletim da Prefeitura de Pedreiras já são 78 registros.

No rápido levantamento feito pelo Blog, em apenas alguns municípios, ainda constatamos divergências em Itapecuru-Mirim (17 contra 24); Lima Campos (10 contra 17); Pindaré-Mirim (04 contra 07); São Bento (02 contra 09); Timon (35 contra 43); Viana (22 contra 49).

Com isso, fica evidenciado que a situação é ainda mais grave do que apresentada nos números da Secretaria de Saúde do Maranhão. Já que além dos inúmeros testes que deixam de ser feitos, para comprovar se a pessoa tem ou não a doença, ainda tem a divergência entre os números do Governo do Estado e as prefeituras municipais.

É preciso, urgentemente, alinhar tais números, até para ficar claro que existe a tal propagada transparência.

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