Situação complicada para Josimar de Maranhãozinho e Pastor Gildenemyr

por Jorge Aragão

Os deputados federais do Maranhão, Pastor Gildenemy e Josimar de Maranhãozinho (ambos do PL), foram citados em reportagem da Folha de São Paulo, sobre desvios de emendas de saúde. Vejam abaixo a reportagem completa.

Anotações manuscritas e mensagens em aparelhos celulares apreendidos pela Polícia Federal mencionam três deputados federais do PL em conexão com suposto desvio de emendas orçamentárias destinadas à saúde no Maranhão.

Os parlamentares citados são Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-PB) e Bosco Costa (PL-SE). Seus nomes aparecem em documentos obtidos na Operação Ágio Final, deflagrada pela PF maranhense em 3 de dezembro de 2020.

A operação investiga um esquema de extorsão contra prefeituras que foram beneficiadas com as emendas obtidas pelos deputados.

O cabeça da organização seria o agiota Josival Cavalcanti da Silva, conhecido como Pacovan, dono de postos de gasolina no estado que seriam usados para lavagem de dinheiro.

Segundo a PF, Pacovan se apresentava junto a prefeitos como responsável por obter as emendas junto aos deputados envolvidos no esquema. Em troca, exigiria deles a devolução de uma parte do dinheiro como pagamento de propina, em valores que poderiam chegar a 25%.

Esse desvio ocorreria por meio de contratos com empresas de fachada. Uma parte seria repassada aos deputados, mediante comissão de Pacovan e seu grupo.

A ação da PF foi possível após denúncia feita no ano passado por um dos prefeitos abordados pelo grupo, Eudes Sampaio (PTB), de São José do Ribamar (MA), que não se reelegeu.

“O conjunto de elementos probatórios obtidos no decorrer da investigação aponta que Josival Cavalcanti da Silva (Pacovan) atuou como mentor intelectual da associação criminosa, arregimentando pessoas e recursos de modo a viabilizar as extorsões praticadas em desfavor do prefeito Eudes Sampaio”, diz relatório assinado pelo delegado da PF-MA Itawan de Oliveira Pereira, com data de 17 de dezembro.

Para viabilizar a extorsão, Pacovan contava com os serviços de subordinados, entre eles os irmãos Abraão Nunes Martins Filho, vereador em Itapecuru-Mirim (PDT), e Adones Gomes Martins.

Eles teriam como função ameaçar prefeitos que resistissem ao pagamento da propina. Também faz parte da quadrilha, segundo a PF, o ex-prefeito de Água Doce (MA) Antonio José Silva Rocha (PSDB), conhecido como Rocha Filho.

Na casa de Rocha Filho, a PF apreendeu papéis com referências aos repasses federais. “Foram encontrados na residência de Rocha Filho diversos documentos relacionados com repasses federais destinados a municípios do interior do Maranhão, além de planilhas com valores e nomes de prefeituras relacionados”, afirma o relatório.

Um dos documentos, uma lista manuscrita, indica três emendas destinadas a São José do Ribamar, mencionando os deputados responsáveis por elas.

Também são citados os valores totais dos repasses e a propina a ser cobrada do prefeito, correspondente a 25% do recurso obtido do Orçamento federal.

A lista menciona emendas de R$ 4.123.000 do deputado Bosco Costa (R$ 1.030.750 referente à parcela de 25%), de R$ 1.500.000 de Josimar Maranhãozinho (R$ 375 mil de propina) e R$ 1.048.000 de Pastor Gil, com R$ 262 mil de propina.

“Os valores discriminados na anotação são idênticos aos valores de emendas parlamentares constantes na notícia crime encaminhada pelo prefeito de São Jose de Ribamar”, afirma o relatório da PF.

Os nomes dos parlamentares também aparecem em uma mensagem de WhatsApp trocada entre o filho de Pacovan, que trabalha com o pai, e Abraão Nunes Martins Filho, um dos responsáveis por fazer a cobrança da extorsão, geralmente com uso de intimidação e violência.

Outro indício foi obtido a partir de mensagem de Pacovan cujo destinatário é um assessor do prefeito Sampaio.

Nele, o agiota relata que esteve em Brasília “pela segunda vez” tratando da liberação das emendas pelos deputados. Após citar os três parlamentares e os valores que conseguiram, ele diz que vai levar os parlamentares pessoalmente ao encontro do prefeito, supostamente como forma de pressionar pelo recebimento da propina.

“Caso haja alguma dúvida, trarei os deputados epigrafados aqui ao Maranhão, mas precisamente no seu município pra dirimir toda é qualquer dúvida”, escreve Pacovan.

Há também referências a uma pessoa identificada como “Fernando do Dep.Hildo Rocha [MDB-MA]”. Segundo Pacovan, ele estaria “ciente de que todas essa emendas são de deputados ligados a mim”.
Não há referências a emendas de Rocha, no entanto.​

De acordo com a PF, o esquema se repetiria em outros municípios maranhenses. A citação aos deputados, por enquanto, não configura prova do envolvimento deles. A apuração em questão se limitou a suposta extorsão que era feita. No relatório final da operação enviado à Justiça, o delegado pediu para poder compartilhar as informações com o grupo da PF que investiga políticos com foro, que fica em Brasília.

Nesse grupo da polícia, antes mesmo do inquérito do Maranhão, já havia outra investigação sendo feita, especificamente sobre desvio de emendas da saúde –essa corre no Supremo Tribunal Federal. Em decorrência dessa apuração, em 9 de dezembro, a PF deflagrou a operação Descalabro, e fez busca e apreensão em endereços ligados a Josimar Maranhãozinho. Na época, divulgou ter encontrado R$ 2 milhões em espécie no escritório parlamentar dele em São Luís (MA).

Nessa operação, chamada de Descalabro, o deputado é investigado por suspeita de fazer parte de um esquema semelhante ao investigado pela PF maranhense, de desvio de dinheiro de emendas destinadas à saúde. O caso está sob sigilo.

Outro lado – Procurada, a assessoria do deputado Josimar Maranhãozinho disse que não se pronunciaria por não ter tido acesso ao relatório.

Em dezembro de 2020, o parlamentar afirmou ao G1 que destinou mais de R$ 15 milhões aos municípios maranhenses de forma legal. O montante encontrado no escritório seria referente a sua atividade pecuária e empresarial.

Por meio de sua assessoria, o deputado Pastor Gil disse que desconhece a existência de lista que o cite. “Nunca compactuei com qualquer esquema de desvio de dinheiro público”, declarou.

O parlamentar afirma que destinou emenda para a cidade de São José de Ribamar dadas as carências do município. “Por conhecer bem a situação de São José de Ribamar e, claro, ter tido mais de 2.000 votos do povo ribamarense é que procurei o então prefeito, Eudes Sampaio, e garanti a ele que encaminharia uma emenda parlamentar para ajudar na área da Saúde”.

“Assim foi feito. Foi liberado e ficou na responsabilidade do prefeito a aplicação da verba destinada”, declarou.

Já o deputado Bosco Costa disse que “tem por norma não comentar o trabalho da Polícia Federal ou autoridades judiciárias”. “Entretanto, esclarece que não tem relação com a emenda citada, visto que a mesma não é de sua lavra”, afirmou, por meio da assessoria.

É aguardar e conferir, mas a situação para os dois deputados federais maranhenses vai se complicando mais a cada dia.

Edilázio desdenha das posturas antagônicas de Flávio Dino

por Jorge Aragão

O deputado federal Edilázio Júnior (PSD), nas redes sociais, desdenhou das posturas antagônicas do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), sobre o combate a Covid-19.

Apesar de reconhecer a gravíssima situação que o Maranhão e o Brasil estão atravessando, Edilázio fez questão de lembrar da responsabilidade de Flávio Dino para que a doença voltasse a crescer no Estado.

Edilázio lembrou, não só da postura omissa do comunista durante o período eleitoral, mas de como o próprio governador comemorava e, mesmo que indiretamente, insuflava as aglomerações para beneficiar alguns de seus candidatos nas eleições municipais de 2020.

“Não é querendo minimizar a situação, mas o governador Flávio Dino tem a sua parcela de culpa no aumento dos casos da Covid-19 em nosso estado. Incentivou muitas aglomerações para tentar eleger, a qualquer custo, o seu candidato a prefeito de São Luís, e agora finge que nada aconteceu! Hipocrisia!”, afirmou Edilázio.

Lembrando que tivemos no período eleitoral outros tristes exemplos emblemáticos, como foi o caso do secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, num palanque em Coroatá.

Esses exemplos, querendo ou não os aliados do governador Flávio Dino, acabaram incentivando os maranhenses a relaxarem as medidas sanitárias e recomendações da Organização Mundial da Saúde, afinal todas foram esquecidas durante o período eleitoral.

Dino usa dois pesos e duas medidas para falar dos óbitos da Covid-19

por Jorge Aragão

É lamentável e revoltante a maneira como o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), segue fazendo politicalha com a dor e o sofrimento das pessoas que são ou que possuem parentes entre as vítimas fatais da Covid-19.

Na quarta-feira (03), o comunista, de maneira acertada, lamentou e se solidarizou com o anúncio do número recorde de mortes no Brasil em 24 horas, já que, infelizmente, foram mais 1.910 mortes em todo o país.

Quem não conhece até se emocionaria com a sensibilidade do governador maranhense, mas quem conhece sabe que a postagem foi apenas e tão somente para atingir, de alguma forma, o presidente da República, Jair Bolsonaro.

A maior prova é que no mesmo dia que o Brasil teve 1.910 óbitos, o Maranhão, depois de sete meses da pandemia, voltou a ter mais de 30 óbitos. Somente no boletim da quarta-feira da Secretaria de Saúde do Maranhão foram registrados 32 óbitos.

No entanto, o governador do Maranhão não escreveu uma linha sequer sobre as vítimas fatais no estado em que administra. Ou seja, preferiu se solidarizar com as famílias brasileiras, tirando de si qualquer responsabilidade, como de costume, do que também se solidarizar com as famílias maranhenses que perderam em apenas um único dia 32 entes queridos.

Os novos óbitos no Maranhão em 24 horas, cujo as famílias não tiveram a solidariedade do governador Flávio Dino, vieram das seguintes cidades: Grajaú (1), Itapecuru-Mirim (1), Bom Lugar (1), São Luis Gonzaga do Maranhão (1), Santa Luzia (1), Trizidela do Vale (1), Vitorino Freire (1), Santa Inês (1), Colinas (1), Buriti (1), Ribamar Fiquene (1), Lagoa do Mato (1), Açailândia (2), Governador Edson Lobão (4), São Luis (7) e Imperatriz (7).

E é exatamente assim que Flávio Dino segue fazendo a sua politicalha com as vítimas fatais da Covid-19, usando dois pesos e duas medidas para comentar os óbitos dessa terrível doença.

Octávio Soeiro comemora obras na Região do São Cristóvão

por Jorge Aragão

O vereador Octávio Soeiro (Podemos), vistoriou, na tarde desta quarta-feira (03), as ruas do São Cristóvão e Jardim São Cristóvão. O ato contou com a presença de engenheiros da prefeitura de São Luís e representantes da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Público (SEMOSP).

Soeiro, ao assumir o mandato de vereador, encaminhou ao executivo municipal a solicitação de serviços de infraestrutura das ruas na comunidade.

Segundo ele, o pedido está sendo atendido. “Desde que assumi, venho trabalhando diariamente pela qualidade de vida de todos os ludovicenses. Hoje, tivemos uma notícia muito boa, as máquinas estão de volta aqui no São Cristóvão e Jardim São Cristóvão. Agradeço o prefeito Eduardo Braide e o secretário da Semosp, David Col Debella pelo compromisso com o bairro”, agradeceu.

É aguardar e conferir, já que outras demandas do vereador ainda devem ser atendidas.

Hildo Rocha defende projeto que acelera vacinação contra a Covid-19

por Jorge Aragão

O deputado federal Hildo Rocha trabalhou a favor e ajudou na aprovação do Projeto de Lei 534/21, do Senado Federal, que autoriza os estados, os municípios e o setor privado a comprarem vacinas contra a Covid-19 com registro ou autorização temporária de uso no Brasil. A matéria será enviada à sanção do presidente Jair Bolsonaro.

“Ter contribuído para a aprovação desse projeto é, para mim, motivo de grande alegria. Trabalhei bastante e defendi essa proposta porque sei que boa parte da população brasileira ainda continua sofrendo e está muito preocupada com essa doença terrível chamada novo Coronavírus”, destacou Hildo Rocha.

Setor privado – No caso do setor privado, as doses deverão ser doadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) enquanto estiver em curso a vacinação dos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde. Após a conclusão dessa etapa, o setor privado poderá ficar com metade das vacinas que comprar, e estas deverão ser aplicadas gratuitamente, nos trabalhadores das respectivas empresas compradoras das vacinas. A outra metade deverá ser remetida ao SUS.

A proposta também autoriza a União, os estados e os municípios a assumirem a responsabilidade de indenizar os cidadãos por eventuais efeitos colaterais provocados pelas vacinas.

Todas as medidas previstas no projeto se aplicam apenas às vacinas com uso autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e o setor privado deverá fornecer ao Ministério da Saúde todas as informações sobre a compra, a doação e a aplicação das vacinas contra a Covid-19.

Em 48 horas, o ministério deverá atualizar os painéis de informação sobre a aquisição e aplicação dessas vacinas com os dados repassados.

Responsabilidade civil – A responsabilidade civil por possíveis efeitos colaterais da vacina é uma exigência feita por alguns laboratórios, como Pfizer/BioNTech e Janssen, cujas vacinas ainda não chegaram ao Brasil. Para cobrir esses riscos, a administração pública poderá constituir garantias ou contratar seguro privado nacional ou internacional.

Atualmente, o País só tem duas vacinas à disposição (a CoronaVac e a Oxford-AstraZeneca). A Pfizer já recebeu aval da Anvisa, mas as negociações para a compra ainda não foram concluídas.

Grupos prioritários – O plano divide a população prioritária em 27 categorias, começando com pessoas de 60 anos ou mais institucionalizadas (em asilos, por exemplo); pessoas com deficiência institucionalizadas; povos indígenas vivendo em terras indígenas; trabalhadores de saúde; pessoas de 80 anos ou mais; e assim sucessivamente. A população prioritária estimada é de cerca de 77 milhões de pessoas.

Osmar Filho suspende as sessões presencias na Câmara de São Luís

por Jorge Aragão

Com o objetivo de combater o aumento dos casos de covid-19 no estado, o presidente da Câmara de São Luís, vereador Osmar Filho (PDT), junto com os 30 vereadores decidiram pela suspensão das atividades presenciais do Parlamento a partir da próxima segunda-feira (08).

Osmar destacou a necessidade de intensificar as medidas e adotar procedimentos de segurança necessários.

“Cada vez mais os casos acometidos por essa enfermidade aumentam significativamente e nós enquanto representantes precisamos encontrar soluções e termos um olhar sensível para o que está acontecendo. Por isso, juntos decidimos por suspender as atividades da Casa, incluindo, atendimento e as sessões legislativas,  para conter o avanço exorbitante dessa doença”, ressaltou.

A deliberação foi anunciada após reunião com o colegiado de parlamentares que decidiram por ampliar os  protocolos de funcionamento do Legislativo ainda em vigor.

O presidente determinou a paralisação das atividades legislativas e administrativas até o dia 14 de março.

Equivalente a isso, os servidores irão trabalhar em formato de home office e as sessões ocorrerão integralmente de forma remota por meio do Sistema de Deliberação.

Vale destacar que enquanto o órgão permanecer fechado temporariamente as ações de sanitização e higienização serão efetuadas nas dependências internas de todos os setores, gabinetes, galeria popular e da imprensa; além de demais departamentos.

O gestor desde o ano passado quando foi decretada a pandemia do novo coronavírus pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Parlamento Ludovicense tem estabelecido medidas sanitárias para evitar o aumento no índice de contágio da doença.

Rodízio de escala de trabalho dos servidores, sessões 100% virtuais e híbridas; disponibilização de totens de álcool em gel, medição de temperatura na entrada da instituição e outras ações foram efetivadas e adotadas pela gestão do pedetista.

Quanto às sessões ordinárias já é uma realidade o formato semipresencial e as tramitações das  proposições são feitas virtualmente por meio de sistema específico implantado pelo presidente.

Governo do Maranhão prorroga mais uma vez o calendário do IPVA

por Jorge Aragão

Depois de uma prorrogação mínima, o Governo do Maranhão decidiu prorrogar de “verdade” o calendário do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) 2021.

De acordo com a Portaria 75/2021, a Secretaria de Fazenda prorrogou para os meses de abril, maio e junho o calendário de pagamento do IPVA 2021. Além disso, também foi prorrogado o benefício de 10% para pagamento em cota única, que passou inicialmente de 26 de fevereiro para 03 de março e agora foi novamente prorrogado para o dia 31 de março.

O pagamento do imposto poderá ser feito em cota única ou parcelado em até três vezes. O contribuinte que optar pelo pagamento antecipado, em cota única, até 31 de março de 2021, terá 10% de desconto no valor do IPVA, de acordo com a Portaria. Veja abaixo o novo calendário.

Vale lembrar que a prorrogação do calendário do IPVA aconteceu após, pelo menos, três deputados estaduais – Wellington do Curso, César Pires e Yglesio Moyses – terem pedido a sua prorrogação.

Para consultar o IPVA 2021 e emitir o Documento de Arrecadação (DARE) para pagamento, o contribuinte pode acessar portal.sefaz.ma.gov.br e clicar na página “IPVA” ou acessar o site do Detran, no menu “Licenciamento 2021”. O pagamento do IPVA pode ser feito pelos Bancos do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica.

 

Covid: Famem recomenda prefeitos a adotarem medidas restritivas

por Jorge Aragão

A Famem editou nesta quarta-feira, 3, documento recomendando aos prefeitos e prefeitas do Estado que adotem medidas restritivas para conter a evolução da pandemia no novo coronavírus no estado. Segundo consideração do documento, com o aparecimento de novas variantes virais, devido às incertezas que elas trazem, há eminente risco de colapso das redes de saúde pública e privada.

“Os municípios devem adotar no período de 5 a 14 de março medidas como a suspensão absoluta de festas, shows e eventos, limitar o horário de funcionamento do comércio entre 9 e 21 horas; suspender as atividades presenciais de universidades e escolas públicas e privadas, bem como os serviços das repartições públicas, e fiscalizar com rigor o cumprimento das medidas”, ressalta a recomendação da Famem.

Em pronunciamento pela manhã desta quarta-feira, 3, o governador Flávio Dino condicionou a distribuição do doses do novo lote de vacinas da Coronavac ao índice de vacinação contra Covid-19 imprimido pelos municípios no estado do Maranhão.

Segundo Flávio Dino, ainda durante o anúncio de novas medidas restritivas, para conter o avanço da pandemia no estado, municípios que ainda não aplicaram 60% das doses recebidas não irão receber imunizantes até atingir a meta. O Estado do Maranhão recebeu mais um lote de vacinas da Coronavac. Desta vez foram 62 mil doses recebidas.

Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde o Maranhão já recebeu 359. 249 doses, sendo 139.050 coronavac e 98 imunizantes da Astrazeneca. O percentual de cobertura no Maranhão hoje é de 61, 48%.

De acordo com o Plano Estadual de Vacinação compete à gestão municipal a coordenação e a execução das ações de vacinação elencadas pelo Plano Nacional de Imunização, incluindo a vacinação de rotina, as estratégias especiais (como campanhas e vacinações de bloqueio) e a notificação e investigação de eventos adversos e óbitos temporalmente associados à vacinação.

A recomendação da Famem conclui alertando os gestores Municipais a tomarem todas as medidas cabíveis para diminuir o impacto na saúde pública maranhense e salvaguardar a vidas dos munícipes, em observância as determinações contidas nos Decretos do Governo do Estado, bem como as peculiaridades do município e respectiva região. È também de responsabilidade dos municípios a gestão do sistema de informação do PNI.

Lançado edital para artistas pela Secretaria de Cultura do MA

por Jorge Aragão

Foi lançado na tarde desta quarta-feira (03), como anunciado pelo governador do Maranhão, Flávio Dino, na coletiva desta manhã, um edital para beneficiar os artistas que mais uma vez são os principais alvos das medidas restritivas adotada pelo Governo do Maranhão.

O edital, que será executado pela Secretaria de Estado da Cultura (SECMA), deverá ter suas inscrições iniciadas no dia 10 de março.

O edital premiará 1.000 produções artísticas inéditas, em vídeos com duração de 30 a 45 minutos, nas mais diversas modalidades artísticas: Artes cênicas (Circo, Dança, Teatro), Literatura (Leitura Dramática de textos, poesias, contos, cordel, entre outros), Artes Visuais (escultura, gravura, artesanato, fotografia, vídeo, entre outros) e Música (Autoral, Barzinho, Deejay, Grupos, Bandas, entre outros). Cada inscrito poderá enviar 01 (um) vídeo e, caso habilitado, receberá o valor de R$ 1.500,00 pela produção.

Os interessados poderão se inscrever como Pessoa Física ou Pessoa Jurídica. Ao todo, o Governo do Maranhão investirá R$ 1,5 mi (um milhão e meio de reais) no edital, recurso oriundo do tesouro estadual. Não poderão se inscrever no Conexão Cultural integrantes da Comissão Setorial de Licitação (CSL), da Comissão de Credenciamento Artístico e Cultural, da Comissão de Seleção, do Conselho Estadual de Cultura do Maranhão (CONSECMA); titulares de cargos efetivos, comissionados, empregados temporários e terceirizados da SECMA; integrantes da Comissão de Seleção, bem como cônjuges, parentes consanguíneos ou afins até 3º grau das pessoas nestas condições. É vetada ainda a participação de pessoa, empresa ou entidade que esteja suspensa para licitar e contratar com a administração pública estadual ou que for declarada inidônea para licitar e contratar com a administração pública federal, estadual ou municipal. Quem participou dos editais anteriores poderá participar desta nova edição.

Para o secretário de Cultura do Maranhão, Anderson Lindoso, a quarta edição do Conexão Cultural chega em um momento delicado, onde a reincidência do Coronavírus é iminente nos estados brasileiros, inclusive no Maranhão.

“Algumas medidas pontuais para barrar o crescimento dos casos voltaram a ser tomadas, incluindo o cancelamento de eventos. Nossa preocupação em ajudar a classe artística neste momento fez com que lançássemos mais um Conexão Cultural, como parte das medidas adotadas pelo governador Flávio Dino, para dar suporte aos maranhenses” afirmou o secretário, que chama a atenção ainda para a união da classe artística, como forma de pressionar o Governo Federal para ampliação dos prazos de execução dos projetos e prestações de contas da Lei Aldir Blanc.

MP, Defensoria e MPT recomendam lockdown de 14 dias para Imperatriz

por Jorge Aragão

O Ministério Público do Maranhão (MPMA), o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Defensoria Pública Estadual (DPE) emitiram Recomendação, nesta semana, ao prefeito de Imperatriz, Assis Ramos, para que edite, no prazo de 72 horas, decreto para suspender, inicialmente por 14 dias, todas as atividades não essenciais na cidade.

O documento foi direcionado também aos titulares das secretarias municipais de Saúde, Governo e à Vigilância Sanitária. O objetivo é conter a disseminação do coronavírus e evitar o aumento de casos de internação hospitalar.

A Recomendação é assinada pelo promotor de justiça Thiago de Oliveira Costa Pires; pelos procuradores da República Cecília Vieira Leitão e Paulo Henrique Cardozo; pelo procurador-chefe do MPT no Maranhão, Maurel Mamede Selares, pela procuradora do Trabalho, Renata Soraya Océa; e pelo defensor público estadual, Arthur Moura Costa.

As autoridades indicam ao Município de Imperatriz que, após os 14 dias, reavalie o cenário e verifique a necessidade de renovar a medida até que seja demonstrada queda significativa dos números de novas contaminações, internações e óbitos por Covid-19.

Também foi recomendado que sejam realizadas fiscalizações, em conjunto com a Polícia Civil, Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, para o cumprimento das medidas.

AUMENTO DOS CASOS – Na Recomendação, as instituições destacam que já foram contabilizados 10.631 casos de Covid em Imperatriz e 448 óbitos. Em janeiro deste ano, foram 11 mortes e, em fevereiro, foram registrados 40 óbitos.

Segundo o boletim epidemiológico do Estado do Maranhão, Imperatriz apresentou 602 novos casos de coronavírus em janeiro e 1337 em fevereiro.

Além disso, o boletim epidemiológico atesta a ocupação de 100% de leitos de UTI e de 100% de ocupação de leitos clínicos no Hospital Macrorregional Dra. Ruth Noleto e no Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz. Restam apenas cinco leitos de UTI na UPA São José.

Lembrando que para complicar ainda mais, a Secretaria de Saúde de Imperatriz foi alvo de uma ação da Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira (03).