Infelizmente o governador Flávio Dino, por tentar passar a imagem de arauto da moralidade em busca de uma eleição em cima de falsas promessas, hoje se tornou um político refém de suas próprias palavras.

O Blog poderia citar inúmeros exemplos, mas o dia seria pequeno para isso. Sendo assim, citaremos apenas dois momentos latentes e marcantes em que o governador se tornou refém de suas palavras e hoje ficou mais conhecido pela sua incoerência do que a sua suposta capacidade para governar.

O primeiro caso emblemático é o da locação de aeronaves com dinheiro público. Antes de ser governo, ou seja, enquanto era oposição, Flávio Dino utilizava as redes sociais para criticar essa situação, já que a época que ele entendia ser desperdício de dinheiro público e uma inversão de prioridades. Veja abaixo o que o oposicionista Flávio Dino pensava a respeito.

Entretanto, o pensamento de Flávio Dino mudou radicalmente. É bem verdade que ele até ensaiou viajar em voo comercial, mas a farsa não durou um mês. Atualmente Flávio Dino não só aluga aeronaves, como aumentou este ano o valor do contrato. Isso sem falar que já pagou a empresa Heringer Táxi Aéreo mais de R$ 8 milhões sem a devida licitação, apenas baseado em aditivos do contrato inicial. O contrato é alvo de inúmeras denúncias e até a ANAC está investigando a aeronave que é utilizada pelo Governo Flávio Dino.

O segundo exemplo, para não me alongar muito, são os famosos alugueis camaradas. Em 2014, durante a campanha eleitoral, Flávio Dino e outros oposicionistas denunciaram a locação de um imóvel, que serviria para abrigar pacientes com câncer, na Avenida São Luís Rei de França pelo Governo Roseana. A crítica era pelo fato do proprietário ser Lobão Filho, que é do PMDB, mesmo partido da governadora, e pelo fato de ter sido pago, durante cinco meses, o aluguel de R$ 30 mil para um imóvel fechado. Veja o que Dino pensava a respeito.

Eis que, quando virou governador, Flávio Dino não só repetiu tudo o que condenava, como já é reincidente. O primeiro aluguel camarada foi o caso do prédio do anexo da FUNAC na Aurora. O imóvel pertence a um filiado do PCdoB e inclusive já havia sido utilizado como comitê de campanha pelos comunistas. O dono do imóvel também era servidor do Governo Flávio Dino, algo proibido por lei. Além disso, o Governo Flávio Dino pagou mais de um ano de aluguel com o imóvel fechado.

Agora surge novamente mais um escândalo do aluguel camarada, o caso da Clínica Eldorado, para demonstrar que o primeiro caso não foi exceção. Já começa que o imóvel foi contratado por dispensa de licitação, algo que Flávio Dino criticava quando era oposição. Depois descobriu-se que as proprietárias são mãe e filha de uma assessora da Secretaria de Saúde do Governo Flávio Dino, pasta responsável pela assinatura do contrato. Depois também se descobriu que a obra que deveria durar 90 dias, já dura um ano e durante todo esse período o Governo Flávio Dino pagou mais de R$ 1 milhão para o imóvel fechado. Para finalizar, também se descobriu, baseado no contrato entre as partes, que as benfeitorias feitas pelo governo no imóvel particular não são obrigadas a serem ressarcidas.

Realmente e infelizmente, não resta dúvidas que hoje Flávio Dino é um político incoerente e refém de suas palavras, afinal como dizia meu finado avô, língua não é osso, mas quebra caroço.