Pelo visto o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), pode perder o poder de barganha diante dos deputados estaduais no ano em que buscará a sua reeleição.

Na manhã desta quarta-feira (12), o deputado estadual César Pires (PEN), confirmou que está protocolando junto a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa a PEC das Emendas Impositivas. O parlamentar confirmou que já colheu 17 assinaturas, três a mais do que as 14 necessárias para a tramitação da PEC na Assembleia.

Atualmente as emendas parlamentares são liberadas de acordo com a vontade política do governador do Maranhão. Ou seja, aqueles deputados que leem na cartilha do comunista e se submetem as ordens do governador, esses conseguem a liberação de suas emendas, mas aqueles que “ousam” fazer oposição, não conseguem a liberação.

Já se a PEC das Emendas Impositivas for aprovada, como já acontece no Congresso Nacional, todos teriam direito as emendas parlamentares e o controle sobre os parlamentares ficaria bem menor, ou seja, o governador do Maranhão perderia o poder de barganha com os deputados estaduais.

Recentemente o Blog demonstrou que outro comunista, o deputado federal Rubens Júnior (PCdoB), se demonstrou feliz com o fato de que na Câmara Federal existem as emendas impositivas (reveja). Uma pena que o também comunista Flávio Dino não pense e nem ajude para que essa realidade chegue ao Maranhão.

No seu discurso desta manhã, César Pires lembrou que em outras oportunidades já se tentou a aprovação da PEC das Emendas Impositivas, mas alguns deputados, após pressão de governadores, acabavam retirando as assinaturas e a PEC morria no nascedouro.

Além do autor César Pires, assinaram a PEC das Emenda impositivas os deputados: Sousa Neto, Wellington do Curso, Nina Melo, Adriano Sarney, Antônio Pereira, Sérgio Vieira, Edilázio Júnior, Graça Paz, Cabo Campos, Max Barros, Júnior Verde, Edivaldo Holanda, Andrea Murad, Alexandre Almeida, Josimar de Maranhãozinho, Eduardo Braide e Hemetério Weba.

Agora é aguardar e conferir se algum deputado irá “roer a corda” ou se definitivamente o Maranhão irá avançar e ter um parlamento definitivamente livre.