Pelo visto mais uma vez prevaleceu o corporativismo e novamente a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão deixou de apresentar policiais civis, incluindo um delegado, presos em uma operação na última quarta-feira (28), na cidade de Açailândia.
A Assessoria de Comunicação da Secretaria de Segurança chegou a disparar um release fazendo o chamamento para que a imprensa marcasse presença para detalhes sobre a operação e a apresentação dos presos.
A expectativa era que nesta sexta-feira (30), no auditório Leofredo Ramos, na SSP, além dos esclarecimentos acerca da prisão, os presos preventivamente – delegado Thiago Gardon Fillipini, a escrivã Silvya Alves, investigador Glauber Santos da Costa, o carcereiro Mauri Célio da Costa e ainda o advogado Eric Nascimento Carosi – fossem apresentados. As prisões foram resultados de investigações advindo de 2016, com o apoio do Ministério Público, onde fora constatado o crime de corrupção ativa.
Só que a apresentação dos presos, estranhamente, não aconteceu. O Blog recebeu a informação que alguns delegados estiveram na Cidade Operária, local onde o delegado Thiago Filipini está preso, e evitaram o deslocamento do colega delegado.
Vale lembrar que essa não é a primeira vez que agentes da Segurança Pública do Maranhão são presos, mas acabam não sendo apresentados, como acontece com as demais pessoas presas em operações de grande repercussão no Estado. Ao que parece o corporativismo voltou a imperar.
Com a palavra a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão.
SE FOSSE UM CIDADAO COMUM , EMPRESÁRIO OU POLITICOS , JEFFERSON PORTELA JA TAVA NA FRENTE DA CAMARA DE TELEVISÃO JUNTO COM UNS DOIS DELEGADOS PRA SE EXIBIREM COMO HEROIS DA PATRIA, TÁ CERTO O POVO NÃO É MAS BOBO
QUANDO UM DELEGADO PRENDE EM FLAGRANTE UM CIDADAO COMUM OU POLITICOS E EMPRESARIOS ELES QUEREM LOGO É RASPAR A CABEÇA, MANDAR BATER FOTO EM FRENTE A TELA DA POLICIA, COLOCAR FARDAMENTO LARANJA DE PEDRINHAS, ACABAM LOGO COM A VIDA DA PESSOA, E AGORA….
O MEU DEUS FORAM VISITAR O COITADINHO DO DELEGADO COMO ELE TIVESSE DOENTE FEBRIL,CHEIO DE DORES, TA CERTO, MI COMPREM UM BOTE…..O JEFFERSON PORTELA VAI LA VISITAR O COITADINHO DO DELEGADO, TADINHO DO BICHINHO NÃO FAZ MAL PRA NINGUEM.
Lamentável a atitude dessa ADEPOL em proteger um DPC bandido, ladrão e corrupto e, porque o Secretário Jefferson Portela não se manifesta?
Sr. Jorge Aragão,
Vossa Senhoria, que compõe a imprensa, sabe que ninguém, reitero, ninguém é obrigado a ser apresentado e exposto à imprensa e , por consequência, ao público .
É direito do colega o de não ser exposto ao público, e tal foi resguardado pela ADEPOL, que simplesmente cumpriu seu maior mister, qual seja, o de prestar assistência aos seus associados.
Em momento algum a ADEPOL se manifestou acerca do mérito da questão, o que será tratado na via judicial, mas não transigirá no que concerne aos direitos fundamentais de seus associados.
Se o Excelentíssimo Secretário de Segurança realmente disse ser um absurdo a atitude da ADEPOL, é lamentável.
Ainda hoje, vivenciamos a política do pão e circo.
Estefanio Assunção Aragão
Delegado de Polícia Civil
Olá delegado, claro q todos sabemos q NINGUÉM, reitero, NINGUÉM é obrigado a ser apresentado e exposto à imprensa e , por consequência, ao público. O questionamento entretanto não é esse, mas sim justamente a igualdade de direitos. Por qual motivo o delegado preso, Thiago Fillipini, foi poupado desse constrangimento e o o suposto assaltante de banco ‘Zezinho das Condongas’ não foi ??? Esse é o questionamento. Defendo que todos sejam tratados de maneira igualitária, apenas isso. Ou seja, os todos são apresentados ou ninguém é apresentado. Agradeço a participação e a colaboração ao debate;
Caro Jorge e leitores do blog,
Permita-nos reforçar as palavras já esclarecedoras do colega Estefanio Aragão, salientando que em momento algum a ADEPOL se insurgiu contra a devida e necessária investigação dos fatos reconhecidamente graves que são imputados ao colega delegado. Como nao poderia deixar de ser a posição de uma entidade composta por Delegados, defendemos que as investigações se aprofundem e que ao final se aplique a lei penal com o rigor necessário, seja para condenar ou absolver. No caso em questão a Adepol se posicionou APENAS contra a desnecessária exposição e execração pública, postura por sinal já não usada por muitas forças policiais, aqui citando a PF que só divulga nomes e não mais imagens. Acrescento a lembrança que a *nova lei de abuso de autoridade* que tramita no congresso em vias de se aprovada, não só veda, mas de forma mais gravosa CRIMINALIZA a conduta de expor presos para órgãos de imprensa. Assim, dentro em breve, essa vai ser a regra geral para todos. Afora isso, dando um outro olhar para os fatos, não se descarta que a ADEPOL/MA pode ter contribuído para evitar ou abrandar futura indenização por danos à imagem que o erário um dia poderá arcar se ao final do processo não se comprove a sua culpabilidade, isto com ônus final ao contribuinte. São essas informações que presto, apenas a título de complemento dos esclarecimentos do colega Aragão, para reflexão. Abraços. Raimundo Batalha – Delegado
Como já disse anteriormente e repito, o questionamento é com relação aos dois pesos e duas medidas da Secretaria de Segurança, não da ADEPOL, que agiu com corporativismo, como qualquer outra entidade de classe faria;