Depois de quase dois anos da denúncia dos deputados estaduais Andrea Murad (PMDB) e Sousa Neto (PROS), veio enfim a confirmação de que a Justiça do Maranhão determinou que a Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção, investigue por suposta corrupção passiva o secretário de Comunicação do Governo Flávio Dino, Márcio Jerry, e a ex-assessora especial do Governo, Simone Limeira.

A decisão foi da juíza Patrícia Marques, da 4ª Vara Criminal, após os deputados terem pedido ao Ministério Público Federal que investigasse a denúncia de julho de 2015 do índio Uirauchene Alves, um dos líderes da Tribo Guajajara. Uirauchene chegou a afirmar que detinha uma lista com pessoas que recebiam propina no governo comunista (reveja).

Uirauchene acusou Simone Limeira de ter pedido propina para liberar recursos para o pagamento de empresas que realizavam o transporte escolar da comunidade indígena. Apesar de negar o fato, Simone Limeira pediu afastamento do Governo Flávio Dino (reveja). O curioso é que mesmo diante da grave acusação, o governador ainda apoiou Limeira em 2016, quando disputou a Prefeitura de Grajaú.

Já contra o secretário Márcio Jerry, a acusação de Uirachuene, também levada a Justiça pelos deputados Andrea Murad e Sousa Neto, é que o “homem forte” do Governo Flávio Dino teria oferecido propina para que os índios, que protestavam em frente ao Palácio dos Leões e ocupavam a Assembleia Legislativa por falta de liberação de verba para a merenda escolar dos indígenas, acabassem com o protesto. Assim como Limeira, Jerry também negou a acusação.

A denúncia dos parlamentares foi inicialmente feita junto ao Ministério Público Federal (reveja), mas como o MPF entendeu não ser de sua competência, encaminhou a denúncia ao Ministério Público Estadual. O caso foi ainda para a promotora de Defesa do Patrimônio e Defesa Administrativa, Moema Figueiredo, até a decisão da juíza Patrícia Marques, de janeiro deste ano, mas que somente agora foi publicizada através do site Atual 7.

Vale lembrar que à época chegou-se a cogitar a instalação de uma CPI da Propina, mas a base governista não permitiu que a ideia prosperasse.

Agora é aguardar e conferir o resultado das investigações.