Delação de Willer Tomaz gera suspense em Brasília

por Jorge Aragão

Figurões da política brasiliense sondam dia sim, outro também, se o advogado Willer Tomaz (à esquerda, na foto), preso após ser delatado pelos donos da JBS, está fazendo ele próprio uma colaboração premiada.

Segundo os irmãos Batista, Tomaz foi quem cooptou o procurador da República Ângelo Goular Villela (à direita, na foto), da operação Greenfield, em que a empresa é investigada.

É que não era apenas para a JBS que Tomaz prestava esse tipo de serviço.

Coluna Lauro Jardim

Sem explicações

por Jorge Aragão

Enrolado com a revelação de que um de seus prestadores de serviços na área da Saúde desviou pelo menos R$ 18 milhões em contratos com o estado, o governo Flávio Dino (PCdoB), ao invés de dar explicações, preferiu – como sempre – responsabilizar a gestão anterior.

Mas os documentos contradizem os comunistas. O Instituto de Desenvolvimento e Apoio à Pessoa, o IDAC, assinou nada menos que quatro acordos de trabalho no governo Flávio Dino – dois contratos e dois aditivos -, totalizando mais de R$ 220 milhões. E todos os contratos sem licitação.

O primeiro deles se deu ainda na gestão de Marcos Pacheco, em 2015. Foi um contrato de R$ 18,9 milhões, aditivado três meses depois. Ainda em 2015, o IDAC abocanhou mais um contrato sem licitação na gestão comunista, desta vez no valor de R$ 102 milhões, para gerenciar unidades de saúde no interior.

Este contrato foi aditivado por igual valor um ano depois, totalizando R$ 204 milhões para o IDAC cuidar dos hospitais no interior.

Caberia ao governo Flávio Dino tão somente justificar por que manteve contratos com o instituto e se há intenção de cancelar o acordo. Mas prefere deixar de lado as explicações.

Coluna Estado Maior

Ação popular quer concurso público no PROCON em 60 dias

por Jorge Aragão

Uma ação popular, com pedido de liminar, foi protocolada pelo advogado Thiago Brhanner Costa, na Vara de Interesse Difusos e Coletivos de São Luís. A ação quer, entre outras coisas, que o PROCON realize no Maranhão concurso público em no máximo 60 dias.

A iniciativa do advogado é devido a nomeação de 347 pessoas no PROCON de uma única vez e sem a realização de concurso público. Brhanner pede que a Justiça determine a realização de concurso, dando direitos iguais, a todos que queiram integrar o quadro efetivo de funcionários da autarquia estadual.

A nomeação feita pelo PROCON já ganhou destaque no noticiário nacional. É que o jornalista Cláudio Humberto, na Coluna Diário do Poder, ressaltou que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, está pedindo explicações ao governador Flávio Dino e ao PROCON sobre as nomeações feitas (reveja).

O ministro, no despacho, quer saber o motivo que levou o governador Flávio Dino a desrespeitar a lei que criou o órgão, pois a legislação prevê o preenchimento de cargos através de concursos públicos e não de apadrinhamentos políticos.

E assim segue o governo da mudança no Maranhão.

PROCON -Em nota, o PROCON informou que não houve criação de novos cargos, apenas incorporação da estrutura do Viva ao Instituto, o que culminou, segundo o órgão, em redução de cargos, na verdade.

“O VIVA passou a incorporar a estrutura do PROCON, totalizando, atualmente, 130 cargos efetivos e 324 comissionados. Neste ato, não sendo criado nenhum novo cargo, pelo contrário, foram reduzidos 9 (nove) cargos”, diz o comunicado.