Desde o início da Operação Lava-Jato alguns políticos têm cobrado uma investigação mais profunda sobre membros do Judiciário, pois até a divulgação das delações da JBS, o alvo estava apenas em membros do Executivo e Legislativo, o Judiciário, mesmo com muitas dúvidas e especulações estava passando incólume.

Entretanto, a partir das delações da JBS, que culminou com a prisão do procurador da República Ângelo Goulart Villela, parece que as coisas começam a mudar. O procurador é acusado de receber dinheiro para repassar informações privilegiadas a um dos proprietários da empresa JBS. O procurador é assessor do vice-procurador Eleitoral, Nicolao Dino, irmão do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).

Segundo as investigações, o procurador teria sido ‘cooptado’ pelo advogado Willer Tomaz, preso em São Luís na mesma operação. O curioso, talvez seja apenas mais uma coincidência, é que advogado preso possui ligações com políticos pertencentes ao grupo de Flávio Dino, mas isso é assunto para um outro post.

Voltando ao assunto principal da postagem, o deputado estadual e Líder do Governo Flávio Dino na Assembleia continua mantendo a mesma coerência e postura com relação a Operação Lava Jato e fez um questionamento e uma lembrança importante sobre o atual momento.

Cafeteira lembrou que o procurador preso, Ângelo Villela, seria co-autor do livro que aborda a Ficha Limpa e que ele esteve pessoalmente no Congresso Nacional defendendo na Tribuna as 10 leis medidas anticorrupção proposta pelo Ministério Público, conforme foto acima.

Cafeteira também fez um questionamento no mínimo curioso sobre as delações da Odebrecht. Veja abaixo.

Se é para passar o Brasil realmente a limpo, é preciso que isso aconteça em todos os setores e não apenas de maneira seletiva, assim como tem sido feito em boa parte das delações vazadas a imprensa.

Do jeito que vai, a pergunta que ficará é: em quem acreditar?