Contrariando a expectativa de muitos e até mesmo a sugestão de aliados e assessores próximos, o presidente da República, Michel Temer (PMDB), em rápido pronunciamento na tarde desta quinta-feira (18), assegurou que não irá renunciar ao cargo.

“No Supremo, mostrarei que não tenho nenhum envolvimento com esses fatos. Não renunciarei. Repito: não renunciarei. Sei o que fiz e sei a correção dos meus atos. Exijo investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro. Essa situação de dubiedade e de dúvida não pode persistir por muito tempo”, declarou Temer.

O presidente disse ainda que a semana foi atípica para o seu governo, que viveu o melhor momento (em referência a indicadores de inflação, emprego e desempenho da economia) e também o pior. Temer assegurou que já solicitou oficialmente os áudios em que supostamente estaria uma conversa sua com o delator da JBS.

“Meu governo viveu nesta semana seu melhor e seu pior momento. Todo o esforço para tirar o país da recessão pode se tornar inútil”, disse.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou abertura de inquérito para investigar o presidente Michel Temer. O pedido de investigação foi feito pela Procuradoria­Geral da República (PGR).

Com a decisão de Fachin, Temer passa formalmente à condição de investigado na Operação Lava Jato.