A equipe que cerca o governador Flávio Dino (PCdoB) já começou a medir os estragos do surgimento do nome do comunista na nova lista da Lava Jato.

No caso dele, o pedido de abertura de investigação, formulado pelo procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, foi encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).

Para saber até que ponto a delação de José de Carvalho Filho, que acusa Dino de ter recebido R$ 200 mil da Odebrecht, por meio de caixa dois, na campanha de 2010, afetou a popularidade do governador, o Palácio dos Leões determinou a realização de uma pesquisa.

A consulta, segundo o que apurou a coluna, está sendo feita em todas as regiões do estado, por telefone. É o mesmo modelo do já conhecido tracking, muito usado para acompanhamento diário de intenções de votos durante eleições.

Durante a ligação telefônica, o entrevistador faz três perguntas:

– se o interlocutor ouviu falar que Flávio Dino estava envolvido na Lava Jato;
– se acredita no envolvimento do governador; e
– as denúncias mudam sua disposição de apoio ao comunista.

Os resultados, é claro, devem ser mantidos em segredo pela cúpula do Executivo.

Da Coluna Estado Maior