O Espírito Santo vivi o pior momento da sua história com a greve deflagrada pela Polícia Militar. Aumentou o número de homicídios, saques, assaltos, enfim uma violência jamais vista. A crise chega ao 5º dia e sem previsão de acabar, mas a chegada da Força Nacional e as tropas do Exército Brasileiro estão dando um pouco de tranquilidade para a população.

Entretanto, causou espanto uma Nota Pública emitida pelo PCdoB do Espírito Santo, que faz Oposição ao governo estadual, e publicada pelo Portal Vermelho (veja). O partido destaca na Nota total e irrestrito apoio ao movimento grevista. Veja abaixo a Nota.

Todo trabalhador e trabalhadora tem o direito de lutar por melhores salários e melhores condições de trabalho.

O PCdoB se solidariza com os familiares dos servidores da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, desejando que o governo estadual retome o diálogo como forma de superar esse impasse que tem causado graves consequências para a vida dos capixabas.

Baixos salários e precárias condições de trabalho não atingem apenas trabalhadores e trabalhadoras, mas também seus familiares, que sentem o impacto em seu cotidiano, tanto com referência às condições materiais de sobrevivência, quanto com as condições de segurança a que são submetidos seus parentes no exercício da profissão.

Tentar deslegitimar e desqualificar a mobilização dos familiares de cabos e soldados da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, como faz o governo estadual e setores da elite econômica capixaba não é aceitável, é condenável.

Negar que os salários são baixos, não há como. Negar que as condições de trabalho são precárias, também não há como. Se omitir quanto a essa situação – que atinge todo o funcionalismo público estadual – em nome de um duro ajuste fiscal que prejudica sobretudo as trabalhadoras e os trabalhadores públicos estaduais, como faz o governo, é um caminho temerário, sujeito a criar condições para eventos como o que está ocorrendo nestes dias.

Culpar os policiais e bombeiros militares pelo caos que se instalou e tentar fazer com que a população acredite nessa falácia é próprio de um governo autoritário, arrogante e truculento, que só reconhece nas forças militares estaduais o papel de uma espécie de “capitão do mato”, utilizado contra a população pobre, os movimentos populares e suas manifestações democráticas.

Criar uma comissão permanente de negociação para nada negociar, negar qualquer perspectiva de atendimento às demandas do funcionalismo, em benefício de um ajuste fiscal de recorte neoliberal, que para seu sucesso depende de impor graves sofrimentos aos trabalhadores, trabalhadoras e suas famílias é de uma insensatez desumana.

A responsabilidade pelo caos é do governo estadual e não os familiares de policiais e bombeiros militares que ousam lutar por melhores salários e condições de trabalho para seus maridos, esposas, filhos e filhas.

Por fim, o PCdoB conclama a sociedade e o parlamento capixaba a retomarem o debate sobre a desmilitarização da Polícia Militar, como o caminho mais sensato para democratizar e aperfeiçoar o papel desta tão necessária força de segurança estadual.

Será que é assim que pensa o PCdoB do Maranhão, o PCdoB comandado por Flávio Dino e Márcio Jerry? Ou será que o PCdoB pensa de um jeito quando está na Oposição e de outro bem diferente quando está no Governo?

Os policiais militares do Maranhão sabem de “cor e salteado” a resposta.