Por Joaquim Haickel

Tenho recebido de alguns amigos, insistentes pedidos no sentido de que eu faça uma análise sobre os possíveis cenários políticos e eleitorais para 2018. Acho que ainda é muito cedo para isso!

Não sei se esses meus amigos querem é que alguma coisa que eu venha a escrever sirva de motivo para movimentar as rodas de conversas sobre esse assunto, possibilitando darem ao meu texto tons mais adocicados, cítricos ou apimentados, dependendo da coloração dos tais círculos. Mas vamos lá!

Ao cargo de governador existem apenas três candidatos com reais chances de competir. Do lado da situação, Flávio Dino deve concorrer à reeleição, mas vai ter sérios problemas nesse intuito. Do lado da oposição existem dois nomes que podem encarar essa disputa, sendo que a candidatura de um fere de morte a candidatura do outro.

Caso Roseana venha a concorrer ao governo, inviabilizaria a aspiração de Roberto Rocha em disputar o cargo, pois não cabe em nosso tabuleiro de xadrez político mais de dois contendores com reais chances de vitória.

Ninguém desconhece que Roseana é a pessoa mais carismática da política do nosso estado, incluindo o atual governador Flávio Dino, e o ex­presidente José Sarney. Ocorre que só carisma não vence eleição. São necessárias algumas outras coisas! Resta saber se ela terá essas coisas a seu favor.

Ninguém também desconhece que o fato de Roberto Rocha, em 2018, estará no meio de seu mandato de senador, e fará com que ele entre na disputa pelo governo sem muita preocupação com uma possível derrota. Alguém que não tem medo de perder tem uma espetacular vantagem na corrida para a vitória. No entanto, como no caso de Roseana, Roberto tem que agregar alguns fatores que ele também ainda não possui.

Fontes confiáveis comentam que Roseana vendeu sua casa em Brasília, o que nos faz crer que ela não pretenda voltar a residir no Distrito Federal, logo não deve estar em seus planos ser senadora! Pessoas ligadas a ela garantem que ela será candidata a governadora ou quem sabe a deputada estadual, uma vez que não deseja mais sair de perto de sua filha e de seus netos que moram em São Luís.

Esse é o primeiro nó que precisa ser desatado, pois ele interfere diretamente nas escolhas dos candidatos ao Senado.

Pelo grupo entrincheirado no Palácio dos Leões, Weverton Rocha e José Reinaldo Tavares são os dois únicos políticos com reais condições de colocarem seus nomes à disputa do cargo de senador. Outras pessoas que ensaiam candidaturas ao Senado do lado do governo não têm a menor chance de se viabilizarem.

Em minha modesta opinião, que como sempre contraria a de algumas pessoas, acredito que os dois principais grupos da política maranhense só elegerão um senador cada, em 2018.

Do lado da oposição a coisa é mais complicada, pois depende de uma série de “arrumações”.

Se Roseana for candidata a governadora, inviabilizará a candidatura de seu irmão, Sarney Filho, ao Senado. Como já comentei anteriormente, há a possibilidade de Roseana não disputar o governo, mas sim uma das 42 cadeiras do nosso parlamento estadual, o que nesse caso abriria a possibilidade da candidatura de seu irmão.

Além de Sarney Filho, nomes como os de Lobão Filho e o de Gastão Vieira estão colocados para também disputar o Senado, ocorre que essa conta tem que ser feita com muita cautela, pois como já disse cada grupo só deverá eleger um senador em 2018.

Tudo está muito nebuloso! Ainda não é possível se afirmar sem sombra de dúvida quem será candidato a que cargo. Mas uma coisa é certa, apenas os nomes citados aqui neste texto têm reais chances de disputar as vagas de governador e senador pelo Maranhão em 2018, os demais estarão simplesmente cumprindo tabela.

PS: Para falar sobre eleição de presidente em 2018 precisaria de uma bola de cristal! Sobre deputados federais e estaduais vai depender da reforma eleitoral.