Não é segredo para ninguém que o governador Flávio Dino não “morre de amores” pela classe política, mas o seu relacionamento com a Assembleia Legislativa do Maranhão segue instável e, ao que parece, o desgaste da relação segue crescente, apesar das tentativas, quase que diárias, do presidente da Casa, Humberto Coutinho, de tentar amenizar o problema.

Depois das eleições municipais, onde o desgaste aumentou pela falta de habilidade política do comunista, e o descumprimento de promessas por parte de Flávio Dino, como o não pagamento das emendas parlamentares, a paciência dos deputados estaduais parece ter diminuído.

Uma racha na base governista tem sido cogitado desde o ano passado e nesse início de ano o assunto tem sido recorrente entre os deputados, tanto que o maior bloco parlamentar da Assembleia, o Blocão (23 deputados) que dá sustentação ao governo comunista, deve ser dividido.

Para tentar amenizara a crise, o governador deve até participar da solenidade oficial de reabertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa, com a posse da nova Mesa Diretora da Casa. Além disso, o comunista aposta na intervenção do secretário-chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares (PSB), para amenizar o desgaste.

O problema é que justamente Marcelo Tavares, que pretende retornar a Assembleia Legislativa em 2018, tem sido acusado por boa parte dos deputados de ajudar no desgaste desse relacionamento com algumas interferências diretas em alguns municípios que ele pretende ter como base eleitoral nas próximas eleições.

A tentativa de entrar em algumas bases eleitorais de deputados estaduais tem, por incrível que possa parecer, feito alguns parlamentares sentir a falta de Márcio Jerry, que no início do governo também fracassou ao intermediar a relação entre deputados e o governador.

Pelo fato de Marcelo Tavares ter muita força também na Secretaria de Planejamento e Orçamento, ele tem sido acusado de criar dificuldade para os deputados e vendido facilidade aos prefeitos, tudo isso por conta de 2018.

Vale lembrar que essa inclusive é mais uma, entre tantas, promessa não cumprida pelo governador. Dino afirmava que ninguém que disputaria a eleição de 2018 ocuparia cargos de primeiro escalão no seu governo.

Entretanto, a relação de secretários candidatos segue aumentando, proporcionalmente ao desgaste do governador com os deputados estaduais.

É aguardar e conferir.