Prefeitura diminui áreas de risco em São Luís

por Jorge Aragão

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Com o início do período chuvoso na capital maranhense, a Prefeitura de São Luís, por meio da Superintendência de Defesa Civil Municipal (Sudec), órgão ligado à Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc), realizou durante o mês de dezembro a atualização do mapeamento das áreas de risco 2016/2017. O mapeamento mostra algumas mudanças no mapa do Centro Histórico que corresponde a área 1. A média dos anos anteriores, que era de mais de 70 casarões ocupados considerados em situação de risco, caiu para apenas 24 casarões.

Desde o início da gestão do prefeito Edivaldo, o trabalho de conscientização e monitoramento se intensificou. Com isso, os números de risco caíram. Em 2014 e 2015 foram registrados apenas 30 casarões nessa lista. Este ano, o número foi ainda menor. Na Rua da Palma, até o ano passado nove casarões estavam em situação de risco, agora somente sete estão na lista. Um deles era o casarão número 403, que hoje é ocupado pela Casa do Bairro, espaço de capacitação com atividades diversas para a população, inaugurado este ano pela Prefeitura de São Luís.

“Foi um grande avanço para a Defesa Civil, que ao longo do ano realiza diversas atividades e campanhas de conscientização. Essa diminuição ocorreu devido ao trabalho conjunto dos órgãos da Prefeitura de São Luís, como a Fundação Municipal de Patrimônio Histórico (Fumph)”, ressaltou Elitânia Barros, superintendente da Defesa Civil.

O mapeamento inclui prédios ocupados em situação precária e que ofereçam risco aos moradores. Ele vai auxiliar o trabalho dos agentes da Defesa Civil durante as ocorrências causadas pelas chuvas.

OUTRAS ÁREAS – Atualmente, 60 regiões da cidade são consideradas áreas de risco, vulneráveis a sinistros durante o período chuvoso. Esse número também caiu: em 2013, a capital possuía 66 pontos de risco. Obras de urbanização e drenagem executadas pela Prefeitura de São Luís ao longo da atual gestão, com a construção de 22km de canais de drenagem e galerias, estão entre os fatores responsáveis por essa diminuição.

Nos locais identificados como de risco, a Defesa Civil Municipal vai intensificar o trabalho de prevenção durante o período de chuvas. A superintendente do órgão alerta a população para que informe a Defesa Civil em casos de ocorrências como alagamento, desabamento e inundações através do telefone 153. Após o registro de ocorrências, os agentes da Defesa Civil são enviados ao local do sinistro.

O resultado da atualização do mapeamento será encaminhado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Fundação Municipal de Patrimônio Histórico (Fumph) e Blitz Urbana, órgão da Secretaria Municipal de Urbanismo e Habitação (Semurh).

CONSCIENTIZAÇÃO – Com foco na conscientização das comunidades que moram em áreas de risco ou próximas delas, a Prefeitura, por meio da Superintendência de Defesa Civil Municipal, vai intensificar as reuniões com as famílias residentes nessas áreas, a partir do mês de janeiro. De acordo com a disponibilidade das famílias, as reuniões são realizadas de segunda a quinta-feira, geralmente à noite. Durante os encontros são ministradas palestras de esclarecimentos sobre percepção de riscos.

O município de São Luís possui atualmente 15 Núcleos Comunitários de Defesa Civil e cada um deles conta com a participação de mais de 50 famílias. O trabalho é desenvolvido a partir de contato direto com a liderança comunitária, que ajuda na mobilização das famílias para receberem orientações na área de Defesa Civil.

O Natal do Menino Jesus

por Jorge Aragão

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Coluna do Sarney – São Paulo resume a felicidade de ser cristão, quando, na sua segunda Carta a Timóteo, diz: “Combati o bom combate, terminei a minha carreira, e guardei a fé.”

Guardar a fé é o mais difícil de cumprir entre os deveres cristãos. Fugir das vacilações, das tentações do agnosticismo e acreditar até o fim nos fundamentos do cristianismo.

Quem me fez cristão, pregando os seus mandamentos, foi minha mãe. Nunca presenciarei ninguém que tenha tido tanta fé quanto ela, fortificando-a a cada dia, e, coerente com sua vida, sua última palavra foi Jesus. Mas minha mãe não ensinava só o catecismo, mas a base do cristianismo, aqueles mandamentos simples que o Cristo trouxe: “Todos somos filhos de Deus” – e aí está o mistério do Natal; “Amai-vos uns aos outros”, “Perdoai os vossos inimigos” e orai, porque a oração é a ponte do nosso cotidiano com Deus.

A forte lembrança do Natal está associada a minha infância em São Bento. A Missa do Galo e o comando de minha avó, reunindo o rebanho da família. As cantatas de Natal e a Igreja de São Bento com as colunas pintadas, imitando mármore, que para mim eram tão bonitas que cheguei ao exagero de considerá-las iguais às da Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Tempos da infância em que se chamava pelo Menino Jesus – que hoje deixou de ser a primeira figura do Natal: Papai Noel tomou o seu lugar e, em vez do incenso a perfumar nossas almas, criou-se o gosto do chocolate.

O Natal é o mistério de um menino: Deus que assumiu a condição humana, para mostrar que não estamos sós na face da terra, que ele está conosco, conhece as vicissitudes de viver e de nascer. Desse nascimento surgem as figuras da mãe, de quem recebemos a graça da vida, e do pai, São José, que aceitou a missão de, mais que pai, ser o companheiro de Maria. Sua presença é silenciosa, talvez a mais silenciosa do Novo Testamento, na sua simplicidade de carpinteiro.

O Natal tem uma palavra chave, amor. O Amor de Deus encarnado nesse menino que teve um destino trágico, pregado na cruz. São João, talvez o mais belo e brilhante dos Evangelistas, diz que “Jesus amou os homens até o fim”. E o padre Vieira pegou este mote para dizer que se colocássemos em Cristo o coração dos homens e nos homens o coração de Cristo, esse transplante de coração iria dar aos homens a plenitude do amor e a Cristo a maldade dos homens.

O Natal é a festa do cristianismo, da Esperança que não deve desaparecer nunca, da alegria de que todos estamos destinados à salvação. O papa Francisco diz, no seu último Angelus, como deve ser a nossa atitude diante do mistério do Natal: “Maria ajuda-nos a colocar-nos em atitude de disponibilidade para receber o Filho de Deus na nossa vida concreta, na nossa própria carne. José estimula-nos a procurar sempre a vontade de Deus e a segui-la com plena confiança. Ambos se deixaram aproximar por Deus.

O Natal é festa do Menino e de sua mãe, da maternidade, da glória de ser mãe e da transmissão da vida que traz a eternidade, pela graça do nascer.

O nosso Natal é o Natal do Menino Jesus e de, em nossa alegria, lembrar o cântico que diz tudo:

“Glória a Deus nas Alturas e Paz na Terra aos homens de boa vontade.”