São Luís na rota do turismo internacional

por Jorge Aragão

sao-luis-turismoUma das medidas mais marcantes nos últimos anos para o desenvolvimento do turismo na capital maranhense foi o convênio celebrado entre a Prefeitura de São Luís e o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), search para divulgação do roteiro integrado São Luís, clinic Alcântara e Barreirinhas em países da América Latina e Europa. O resultado deste trabalho pode ser mensurado pelo fluxo de turistas registrado no posto de informação da Secretaria Municipal de Turismo, localizado na praça Benedito Leite, entre janeiro e outubro de 2016.

Cerca de 10 mil pessoas passaram pelo posto este ano. Em busca de informações, os turistas preencheram planilhas de estatísticas que contribuirão para traçar políticas para o setor pela administração municipal. Segundo os números colhidos pela Secretaria Municipal de Turismo (Setur), 38,09% dos turistas que estiveram em São Luís neste período eram procedentes da França. Em segundo lugar, com percentual mais reduzido, em torno de 10%, foram pessoas vindas da Itália, seguidos por turistas da Alemanha e Argentina.

“Nós trabalhamos com emissores potenciais da Europa e países vizinhos. A melhora do poder aquisitivo dos países da América Latina provocou uma movimentação para o sul do Brasil. Então, passamos a desenvolver ações para atrair o turista destes países para São Luís”, explica a secretária municipal de Turismo, Socorro Araújo.

Roteiro integrado

A divulgação do roteiro integrado São Luís, Alcântara e Barreirinha foi iniciada no ano de 2015, quando a secretária Socorro Araújo e uma equipe da Setur estiveram na França, Peru, Argentina e Colômbia para realizar ações promocionais do destino turístico brasileiro junto a operadores e imprensa.

“Nos meses de junho e julho deste ano trouxemos para São Luís operadores e jornalistas franceses, peruanos, colombianos e argentinos para conhecerem nossos produtos. Eles permaneceram aqui durante uma semana, participando e vivenciando a cidade, fazendo oficinas, enfim, conhecendo a nossa realidade para que eles pudessem divulgar em seus países”, relata Socorro Araújo.

Ainda segundo os números apurados no Posto de Informações Turísticas da Setur, julho foi o mês de maior fluxo de turistas registrado em São Luís em 2016. Dos quase 10 mil turistas que procuraram o posto em 10 meses, quase um quarto destes era procedente do estado de São Paulo, seguido do Rio de Janeiro e Minas Gerais.

fotografiaProjetos como Turismo Educativo, Serenata Histórica, Férias Culturais, cortejo Tambores de São Luís, oficinas de comidas típicas, Sarau Histórico, Roteiro do reggae, entre outros, têm contribuindo para dar visibilidade ao roteiro integrado que tem São Luís como portal de entrada.

“Aqui em São Luís, a gente parece ter voltado ao passado com os casarões históricos que vocês possuem. A comida também é muito diferente, muito marcante. É uma cidade extremamente linda”, reconheceu a jornalista da Argentina, Griselda Martinez, ao manter contato com o roteiro integrada pelos três destinos no Maranhão.

Rota
Socorro Araújo confia na consolidação da Rota das Emoções, roteiro integrado pelo Maranhão, Ceará e Piauí, para projetar ainda mais São Luís como portal de entrada dos Lençóis Maranhenses. “A partir da parceria com a Embratur vivemos um novo tempo na política de turismo em São Luís. Hoje colocamos a cidade no roteiro internacional, superando equívocos de governos anteriores que descolavam a capital do roteiro dos lençóis maranhenses, por exemplo. Não se relacionava, até então, a proximidade que a cidade com título de patrimônio da Unesco tem com os Lençóis”, reconhece.

Segundo a secretaria municipal de turismo, o reconhecimento de São Luís como patrimônio supera os demais atributos do destino turístico. “O turismo não é divulgado de uma hora para outra. Os destinos têm 10 ou 20 anos para se consolidarem enquanto destino. Nesta gestão começamos a ter um olhar sobre a importância de São Luís, cidade com título de patrimônio da humanidade”, observa a secretária Socorro Araújo.

Caso Mariana: a decisão acertada do juiz Clésio Cunha

por Jorge Aragão

lucasO caso Marina Costa, salve a filha do ex-deputado estadual Sarney Neto que foi assassinada cruelmente pelo próprio cunhado (réu confesso), no rx o empresário Lucas Porto, voltou a ser destaque no noticiário local, após uma decisão acertada do juiz Clésio Coelho Cunha, da 4ª Vara do Tribunal do Júri de São Luís.

O magistrado negou pedido da defesa de Lucas Porto para que o processo tramitasse em sigilo. Os advogados do acusado alegaram, entre outras coisas, sensacionalismo da imprensa na cobertura do caso, mas o juiz Clésio Cunha não só não compreendeu assim, como deixou claro que o sigilo não foi previsto para obstruir o trabalho da imprensa.

“Concernente ao sensacionalismo midiático alegado, mas não provado como tendo origem no processo, o sigilo não foi previsto em lei para obstar a missão da imprensa ou muito menos represar a ação de jornalistas. Visa tão-só garantir as investigações. De modo contrário não se prestigiaria o princípio da publicidade, que é a regra no nosso sistema constitucional. Sequer o princípio da presunção de inocência, exclui a liberdade de informar dos meios de comunicação. Exige, em todo caso, a adoção de prudência na divulgação dos atos judiciais”, destacou.

O magistrado, também na sua decisão proferida, fez questão de afirmar que o tratamento de Lucas Porto deverá ser igual ao tratamento de outros réus em situações semelhantes.

“Por razões de ordem prática, não verifico como o deferimento da medida pode obsequiar normas constitucionais protetoras de direitos individuais. Ao contrário, fulminaria com o princípio da igualdade material, pois este juízo passaria a tratar desigualmente os iguais na medida em que a quase totalidade dos processos que tramitam nessa vara, processos penais que por si só já são uma infâmia necessária, atingem a grande clientela desta unidade jurisdicional, que são os pobres e até miseráveis, que tem a mesma natureza e qualidade de provas encartadas no processo em análise, não tem esse privilégio de sigilo concedido fora das hipóteses legais e constitucionais”, completou.

Indiscutivelmente uma decisão acertada.

Balneabilidade das praias: Roberto Rocha fala em anúncio criminoso do Governo

por Jorge Aragão

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O senador Roberto Rocha (PSB) fez duras críticas ao Governo do Estado após a divulgação de novo laudo de balneabilidade das praias da capital, there que desta vez mostra 10 pontos impróprios para banho.

Em linhas gerais, o socialista afirma que as praias, na verdade, jamais estiveram próprias para o banho, como tenta passar o governador Flávio Dino (PCdoB) e explica que os empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida despejam nos rios e mares todos os dejetos produzidos. Quando chove, segundo Rocha, fica evidente a poluição.

“Ouço falar que limparam as praias de São Luís. Como? Qual a mágica? Em verdade, desde o lançamento do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, dezenas de milhares de casas e apartamentos foram construídas em SL, sem o devido cuidado ambiental com nossos rios, por parte do poder público. Resultado: nossos rios se transformaram em esgoto a céu aberto.  E para onde vai a água do rio? Claro, para o mar”, disse.

Para o senador, é criminoso e irresponsável o anúncio midiático do Governo de que as praias da capital estão próprias para banho.

“Bem, e porque o governo, de forma irresponsável e criminosa, anunciou que as famíllias poderiam levar seus filhos e netos para as praias, afirmando que elas estavam limpas? Muito simples… No Maranhão, a campanha política é no verão, não chove, e nesta época, claro, a cidade fica limpinha, com coleta regular de lixo. Ora, cidade limpa, sem chover, praias mais limpas. Simples assim!!! Ontem caiu uma chuva fina e rápida em São Luís, hoje saiu o laudo de balneabilidade das praias. Dos 24 pontos coletados, 10 estão impróprios para banho. Foi só um pouco do esgoto que desceu para as praias. E olha que o chuvisco não representou 2,00 mm de chuva, quase desprezível. Honestamente falando, significa que só teremos praias limpas com rios limpos”, finalizou.

Morre Ferreira Gullar

por Jorge Aragão

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O poeta escritor e teatrólogo Ferreira Gullar morreu hoje no Rio de Janeiro, cure aos 86 anos de idade.
Nascido em José de Ribamar Ferreira, nurse na Região Metropolitana de  São Luís, sickness em 10 de setembro de 1930, Ferreira Gullar foi um dos maiores escritores brasileiros do século XX. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras (ABL) em 2014, ocupando a cadeira nº 37.

Cresceu em sua cidade natal e decidiu se tornar poeta na adolescência. Com 18 anos, passou a frequentar os bares da Praça João Lisboa e o Grêmio Lítero-Recreativo da cidade. Aos 19 anos, descobriu a poesia moderna depois de ler Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira.

O perfil de Gullar no site da ABL informa que, inicialmente, o escritor “ficou escandalizado com esse tiop de poesia”, mas mais tarde aderiu ao estilo, tornando-se “um poeta experimental radical”. Certa vez, ao comentar o período, afirmou: “Eu queria que a própria linguagem fosse inventada a cada poema”.

Nessa época, trabalhou no volume de poesia “A luta corporal” (1954), que o lançou no cenário nacional. Essa obra que resultou de “uma implosão da linguagem poética” é associada ao surgimento da poesia concreta. Gullar, porém, romperia com o grupo mais tarde, passando a fazer parte do movimento neoconcreto, ao lado de artistas plásticos e poetas do Rio.

Foi Gullar quem escreveu o manifesto que marcou o marcou a aparição, em 1959, do movimento neoconcreto, do qual também foram expoentes artistas como Lygia Clark e Hélio Oiticica. No mesmo ano, saiu o ensaio “Teoria do não-objeto”, outro texto fundamental do movimento.

Dentre as obras neoconcretas de Gullar, destacaram-se o “livro-poema”, o “poema espacial” e “poema enterrado”.
Poeta Ferreira Gullar tomou posse na Academia Brasileira de Letras em 2014

Derradeiro trabalho neoconcreto do poeta, este último consistia de uma sala que ficava no subsolo do espaço de exposição. A ela, chegava-se por uma escada. Quem “entrava” no poema encontrava lá embaixo um cubo vermelho. Dentro dele, um cubo verde. E dentro deste, um outro cubo, branco, onde se lia em uma das faces a palavra “rejuvenesça”.

Depois do “poema enterrado”, Gullar se afastou do movimento e se envolveu com política, tema de seus trabalhos seguintes. Ingressou no partido comunista e passou a militar contra a ditadura militar. Chegou a ser preso e a viver na clandestinidade. Fugiu do país, passando por Moscou, Santiago, Lima e Buenos Aires.
Durante o exílio na capital argentina, escreveu sua obra-prima: “Poema sujo” (1976). Trata-se de um poema com quase 100 páginas que teve ótima recepção. Foi traduzido para diversas línguas.

Gullar só voltou ao Brasil em 1977, onde foi novamente preso e também torturado. Conseguiu ser solto depois de pressão internacional e trabalhou na imprensa do Rio e como roteirista de TV.
No país, lançou “Na vertigem do dia” (1980) e a coletânea “Toda poesia”. Também artista plástico e crítico, escreveu “Etapas da arte contemporânea” (1985) e “Argumentação contra a morte da arte” (1993).

Informações do G1

Luis Fernando confirma apoio e voto em Tema para FAMEM

por Jorge Aragão

luisfernandoO prefeito eleito de São José de Ribamar, ailment Luis Fernando Silva, confirmou que estará apoiando a candidatura do prefeito de Tuntum, Cleomar Tema, para a presidência da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão –FAMEM.

“Já sou cabo eleitoral do Tema para a presidência da FAMEM. É um grande companheiro, uma liderança reconhecida, fez um grande trabalho na própria Federação, durante seus dois mandatos e foi o primeiro a me procurar. Os demais postulantes são competentes, mas o Tema, prefeito de Tuntum, foi quem me primeiro entrou em contato comigo e por isso, garanto o meu voto e meu empenho na eleição dele”, assegurou Luis Fernando.

Eleito com 96,17% dos votos em São José de Ribamar, a maior votação do país nas eleições de outubro, Luis Fernando disse que isso aumenta seu compromisso e sua responsabilidade com o povo daquela cidade. Sobre suas primeiras medidas, quando assumir o cargo em janeiro, revelou que a prioridade é a reconstrução da cidade.

“Em primeiro de janeiro, vamos providenciar a integração da Guarda Municipal com o aparelho de Segurança da cidade, para propiciar garantia da integridade do cidadão ribamarense. Vamos resgatar o orgulho do povo de ser ribamarense”, acrescentou.

Luis Fernando disse que voltará a a ser prefeito 24 horas, garantindo que haverá plantão de secretários. “A população de São José de Rib amar vai voltar a sentir a presença do poder público na cidade”, frisou Luis Fernando.

Com o apoio de Luis Fernando, uma liderança política no Estado, Tema dá um grande passo para conseguir voltar ao comando da FAMEM.

É aguardar e conferir.

Coluna do Sarney: A democracia e os poderes

por Jorge Aragão

Foi um ex-presidente do Supremo Tribunal Federal quem, thumb há mais de 10 anos, profetizou que se estava estabelecendo no Brasil um procedimento que iria dar muito trabalho às instituições. Era o fato de que, quando se criava um impasse político, em geral no Legislativo, estava se criando também uma oportunidade de o submeter à Justiça, uma espécie de terceira instância, dando ao STF a função de harmonizar conflitos que deviam ser resolvidos pela própria política. Era o tempo do procurador Luís Francisco, que passou a ser popularíssimo porque tomava a frente para ser o xerife das mazelas do país e da política.

A Constituição de 1988 criou as figuras da ADIN, dos direitos difusos – estes até fui eu quem criou, em 1985, quando mandei a Lei da Ação Civil Pública, que deu ao Ministério Público o grande instrumento de força que hoje tem -, e das ações cautelares que agregaram ao Poder Judiciário um protagonismo muito grande. A esse protagonismo chamou o ministro Jobim de judicialização da política. E realmente isto aconteceu, com a consequência inevitável de politização da Justiça, hoje envolvida na solução das questões maiores e mais complicadas do Executivo, com grande apelo a aquilo que Ulisses Guimarães chamou a voz das ruas.

O Brasil sempre foi acostumado ao Poder Moderador, exercido no Império pelo imperador, assessorado pelo Conselho de Estado. Como o imperador tinha o poder de dissolver o Congresso e convocar eleições, quando surgia o impasse ele vinha e usava seu poder moderador. Graças a isso os partidos não se perpetuavam no poder, já que ele gostava da alternância. Se esse poder o auxiliou a governar com a Constituição que mais tempo durou – a de 1824 -, por outro lado criou o germe do republicanismo, a que aderiram aqueles que ficavam prejudicados com as mudanças de gabinete.

Na República, não havendo Poder Moderador e as crises continuando, como é próprio do Estado e da política, os militares, que a tinham fundado, passaram a exercê-lo, com as intervenções salvacionistas de que sofremos até 1985.

Agora surge uma grave crise institucional entre o Poder Legislativo e o Poder Judiciário, e isso é muito mal para o país, necessitando que todos nós, brasileiros, lutemos para que ela seja superada. Ninguém mais do que eu, quando exerci a política ativa, prestigiou o Judiciário, compreendendo que, nas democracias fortes, é ele que assegura a força das instituições e sua vigilância. Assim, devemos dar condições aos nossos juízes para que eles cumpram a função moderadora necessária nas democracias fortes.

A democracia começou a tomar corpo, na instituição do Estado moderno, com a evolução da separação dos poderes de somente entre Executivo e Legislativo para a antiga fórmula de Aristóteles, retomada sucessivamente por teóricos como Maquiavel, Locke, Bodin, Hobbes até assumir a forma tripartite consagrada em O Espírito das Leis, do barão de Montesquieu, em que o Judiciário se torna a chave do sistema. É sobre ele que pesa a maior responsabilidade da harmonia entre os poderes.

É hora de fortificar o Poder Judiciário e acabar com esse mal-estar entre Congresso, STF e MP.

José Sarney