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É bem verdade que são dois casos diferentes, illness mas em ambos uma coisa foi igual, a condenação antecipada da ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney.

No caso SEFAZ existem algumas coincidências e detalhes que não foram muito bem explicados.

Todos sabem que o governador Flávio Dino, goza de grande influência e prestigio no sistema de Justiça, do Maranhão e do Brasil. Foi contemporâneo de faculdade, professor e colega de magistratura de muitos atores que militam no meio jurídico, sejam eles promotores ou juízes.

Citamos por exemplo o caso do atual procurador geral de justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho, que é amigo pessoal do governador, contemporâneo de faculdade e foi nomeado pelo governador, mesmo tendo sido o segundo mais votado.

Fontes do Ministério Público, afirmam que o governador teria barrado o promotor mais votado, Jose Augusto Cutrim Gomes, pelo fato de estar respondendo um processo junto ao Conselho Nacional do Ministério Público, processo este que foi iniciado justamente por aliados do atual procurador Luiz Gonzaga. Alguns entendem inclusive que o tal processo teve como principal objetivo tirar da disputa o primeiro colocado na votação.

É óbvio que Luiz Gonzaga é grato ao governador pela escolha, principalmente por não ter sido o vencedor da disputa, mas isso não pode servir jamais de justificativa para transformar o Ministério Público num órgão auxiliar do Governo do Maranhão, numa tal força-tarefa que parece ter como principal objetivo tirar do caminho todos aqueles considerados pelo governador como inimigos. Até mesmo porque a maioria absoluta dos promotores jamais aceitariam isso.

O curioso é que as auditorias especiais feitas pela Secretaria de Transparência do Governo Flávio Dino parecem ter sido escolhidas a dedo, feitas somente na gestão da ex-governadora, pois, até agora, nenhuma secretaria da atual gestão foi alvo de uma auditoria especial. Chama atenção ainda, que algumas secretarias da gestão de Roseana não foram alvos da vingança do governador, como Infra-Esturuta, Educação e Direitos Humanos, porque será?

Pior é que parece que alguns promotores do Maranhão parecem basear suas investigações apenas e tão somente na Secretaria de Transparência do Governo Flávio Dino, afinal foi isso que transpareceu no caso SEFAZ, onde após concluída a auditoria, o relatório foi entregue ao Ministério Público, que parece ter apenas mudado o timbre, tirando o brasão do Estado e colocando o do MP.

O que vem da Secretaria de Transparência, já é tido como presunção de verdade, o MP parece nem investigar, nem averiguar, já que de forma célere já ajuíza ação de improbidade e já combinado com a Magistratura, vem a decisão. Condenação sumária! Mais uma reputação destruída. Deixando a nítida sensação que estamos vivendo num estado de exceção.

Foi isso que aconteceu recentemente no caso SEFAZ. E outros virão, com o mesmo método e mesmo objetivo, destruir dignidades e honra dos adversários do governador. Essa é a verdadeira força e a principal tarefa do saruê.

Mas depois do exemplo da Lava Jato, mais do que nunca, prudência, cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.