cesarO deputado estadual César Pires (PEN), drug um dos melhores parlamentares do Maranhão, check fez uma dura afirmação sobre o atual momento da Assembleia Legislativa.

“Foi o pior parlamento que eu vi”, disse César Pires.

O desabafo do parlamentar foi na Sessão Ordinária desta quinta-feira (24). César Pires questionava o fato do Governo Flávio Dino querer atrapalhar um projeto de sua autoria que evita que os gestores utilizem os órgãos públicos para fazer propaganda de suas imagens. Além de algo correto, a medida trará economia aos cofres públicos.

Quando teve a informação que o Governo Flávio Dino poderia atrapalhar a votação em segundo turno do seu projeto, uma vez que foi aprovado em primeiro turno, César Pires desabafou e lamentou o constrangimento sofrido pelo deputado Sousa Neto (PROS) (reveja).

“Se já não se bastasse esta Casa ser desrespeitada como foi, vão criar gosto por isso. Em 14 de anos de parlamento, eu nunca tinha visto uma comissão não adentrar em um estabelecimento. Eu nunca vi. Esta Casa está diminuída. Esta Casa está apequenada. Foi o pior parlamento que eu vi. Foi o pior parlamento”, desabafou.

César Pires também não poupou críticas a postura adota pela Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa.

“Só para se ter uma ideia, a CCJ não fundamenta suas decisões. Ela apenas diz assim: ‘eu não quero’. Ela devia fundamentar. Eu pedi para, em vez de ter um nome só na comissão, ter três da UEMA. ‘Eu não aceito, não aceito’. Isso é uma Comissão de Constituição e Justiça? Democracia é atitude da maioria. Perder na votação no Plenário é aceitável, faz parte, mas a CCJ tem que se restringir a analisar a constitucionalidade do projeto, não atender determinações de quem quer que seja. Volto a frisar: parlamento mais frágil que eu vi em debates, em tudo, foi esse aqui”, encerrou.

O projeto de César Pires não chegou a ser votado, pois não havia quórum, mas de qualquer forma as duras palavras de um dos mais respeitados deputados do Maranhão, acabaram ecoando em toda a Assembleia e “além fronteiras”.