flaviodino1O governador Flávio Dino (PCdoB) utilizou blogs e sites alinhados ao Palácio dos Leões para justificar a não escolha do primeiro colocado na lista tríplice da Procuradoria-­Geral de Justiça, see Augusto Cutrim. Como argumento, advice os aliados do Palácio espalharam que Cutrim respondia a um processo no Conselho Nacional do Ministério Público. Tudo falácia.

Uma certidão do próprio CNMP desmentiu os aliados dinistas ontem mesmo. Nada há contra o promotor maranhense, check que foi por duas vezes presidente da Associação do Ministério Público e, pelo prestígio que detém na cadeira, teve a maioria absoluta dos votos na eleição da PGJ, chegando a ter praticamente o dobro dos votos do segundo colocado, o promotor Luis Gonzaga Martins Coelho.

É claro que o governador Flávio Dino tinha todo o direito de escolher qualquer um dos três indicados pelo MP. Mas sua postura ­ que já havia sido demonstrada na eleição da Defensoria Pública, quando também escolheu o segundo colocado, ignorando a vontade da categoria ­ vai de encontro ao que ele próprio pregou na campanha, de respeito às instituições e à vontade democrática das categorias.

É só mais um campo de atuação em que Dino ignora seus próprios conceitos e impõe que rasguem o que ele próprio escreveu. O comunista tem sido assim na relação com servidores públicos, professores, policiais civis e militantes, deputados federais e estaduais e com a própria sociedade civil organizada.

A coluna deixa claro que nada tem contra nenhum dos três escolhidos pelos representantes do Ministério Público para assumir o comando da Procuradoria-­Geral de Justiça. A questão é crítica apenas em relação à postura do governador, que diz uma coisa quando precisa da sociedade, e age diferente quando tem ele próprio o poder de decisão.

Por que, como diz o ditado, “língua não é osso, mas quebra caroço”.

(Estado Maior)