sarney3Depois da bombástica divulgação do discurso do senador Romero Jucá e do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, cheap alguns segmentos da imprensa chegaram a afirmar que os diálogos entre Machado e outros peemedebistas seriam mais bombásticos.

Entretanto, a bomba virou um inofensivo “traque”. A própria reportagem da Folha de São Paulo que divulgou o áudio da conversa de Sérgio Machado e José Sarney deixou evidente que não ficou claro a estratégia que seria adotada.

“A estratégia estabelecida por Sarney não fica inteiramente clara ao longo dos diálogos obtidos até aqui pela Folha, mas envolvia conversas com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e com o senador Romero Jucá (PMDB-RR). Sérgio Machado disse que não poderia passar por uma iniciativa apenas jurídica, teria que ser política.”, admite a Folha na reportagem.

Em nota divulgada, o ex-presidente José Sarney afirmou que conhece o ex-senador “Sérgio Machado há muitos anos. Fomos colegas no Senado Federal e tivemos uma relação de amizade, que continuou depois que deixei o Parlamento”.

“As conversas que tive com ele nos últimos tempos foram sempre marcadas, de minha parte, pelo sentimento de solidariedade, característica de minha personalidade. Nesse sentido, expressei sempre minha solidariedade na esperança de superar as acusações que enfrentava. Lamento que conversas privadas tornem-se públicas, pois podem ferir outras pessoas que nunca desejaríamos alcançar”, diz a nota.

A situação de Calheiros também sequer foi arranhada pelo “traque”. A maior prova é que o líder do PT no Senado Federal, Paulo Rocha (PA), afirmou categoricamente que não existe nada comprometedor no diálogo de Renan e Machado.

Sendo assim, a esperada bomba atômica contra José Sarney e Renan Calheiros virou um simples e inofensivo “traque”, tanto que não terá desdobramentos, bem diferente do que foi o bombástico diálogo de Jucá e Machado.