Zé Carlos volta a se posicionar contra o impeachment de Dilma

por Jorge Aragão

zecarlosO deputado federal Zé Carlos (PT/MA) que, sovaldi sale reconhecidamente, sempre se posicionou de forma contrária às Medidas Provisórias do governo federal e aos projetos de lei apresentados por outros parlamentares, naquilo em que essas propostas atingiam direitos trabalhistas e previdenciários, mostra-se preocupado com o que pode vir a ser uma avalanche de medidas prejudiciais aos mais pobres, à classe média, aos trabalhadores e aos aposentados do país, tomadas por um eventual governo de Michel Temer.

“Espero, sinceramente, que a dupla Michel Temer e Eduardo Cunha não concretize o golpe à democracia em curso. Contudo, se isso acontecer, nenhuma proposta de “ajuste fiscal” que promova redução de direitos ou arrocho contra as classes dos trabalhadores e aposentados, como a que já está sendo defendida pelos articuladores do golpe, contará com o meu apoio na Câmara. Tenho votado contra essas medidas desde o início do meu mandato e continuarei agindo da mesma forma, pois nunca irei concordar com “ajustes fiscais” cujas contas só são suportadas pelos que trabalham e produzem, enquanto banqueiros e especuladores financeiros continuam se beneficiando”, diz Zé Carlos.

O deputado preocupa-se, também, com as propostas de privatização de importantes estatais e com a eliminação do principal legado dos governos Lula e Dilma, que são os programas sociais voltados para os mais desfavorecidos.

“Sabemos que a privatização de empresas como a Caixa Econômica e a Petrobras, além da eliminação de programas como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida, o ProUni e o FIES são algumas das medidas visadas pelos grandes empresários que financiam o golpe, principalmente os banqueiros, a pretexto de aumento do superávit primário e do consequente pagamento da dívida pública da qual os próprios banqueiros são os maiores credores. Também lutaremos contra isso”, afirma o parlamentar maranhense.

Atenção: encerra quarta-feira a regularização do título eleitoral

por Jorge Aragão

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Termina na próxima quarta-feira (04), drug o prazo para que o eleitor regularize pendências com a Justiça Eleitoral e possa votar nas eleições municipais em outubro. No Maranhão, drug até semana passada, treatment existiam cerca de 300 mil eleitores com títulos cancelados. Em São Luís, 90 mil. Para atender a demanda, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) disponibilizou mais quatro postos de atendimento na capital.

O prazo também é o mesmo para quem precisa tirar o título pela primeira vez ou mudar de domicílio eleitoral. Depois dessa data, o eleitor não mais conseguirá fazer qualquer tipo de serviço relacionado ao título eleitoral, já que o sistema da Justiça Eleitoral somente volta a abrir o sistema após o término das eleições deste ano.

Os novos títulos e as trocas de domicílio eleitoral não são as maiores preocupações do TRE maranhense. Segundo dados do tribunal, os números relacionados a esses dois tipos de serviço estão dentro da média esperada. Até a sexta-feira (29), já haviam sido feitos mais de 319 mil alistamentos (novos títulos) e mais de 190 mil transferências de domicílios.

Já o número de eleitores com títulos cancelados comparado com a quantidade que já regularizou é de assustar já que resta somente um dia para ajustar as pendências. Até semana passada, existiam ainda 330 mil eleitores em todo o Maranhão com o título cancelado. Desse total, 90 mil estão em São Luís.

Pelos dados do TRE, até o dia 29, ainda restava em todo o estado 309. 861 eleitores com pendências com a Justiça Eleitoral. Até a mesma data, contando todas as revisões eleitorais feita até então – inclui o recadastramento biométrico – foram feitas mais de 1 milhão de revisões. Só na biometria foram mais de 917 mil.

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Carta aberta a Michel Temer

por Jorge Aragão

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Por Joaquim Haickel

Nota: Quem a primeira vista ler o título acima pode imaginar que eu extrapolo, buy pode imaginar que eu esteja querendo aparecer ao mandar uma missiva ao homem que poderá vir a ser o futuro presidente da republica! Mas não se trata disso! Eu convivi durante quatro anos com Michel, quando juntos fomos deputados federais constituintes, entre 1987 e 1991.

Não construímos uma grande e sólida amizade, mas mantivemos uma estreita convivência quando fizemos parte da mesma comissão, a de direitos e garantias individuais.

Certa vez, quando representei a Câmara dos Deputados em viagem oficial à China, enquanto era relator do projeto que pretendia estabelecer no Brasil a pena de morte, foi Michel Temer que na condição de sub-relator da matéria, durante a minha ausência, substituiu-me por quinze dias, na direção das audiências públicas sobre o assunto.

Dito isso, passo à carta.

Caro amigo Michel,

Não nos vemos faz muito tempo e espero que apesar da grande pressão pela qual você vem passando, esta lhe encontre bem e com saúde.

Tive o prazer de conviver com você e com amigos da estatura de Artur da Távola, Guilherme Palmeira, Florestan Fernandes, Nelson Jobim, Renan Calheiros, Henrique Eduardo Alves e António Mariz, apenas para citar alguns. Naquela ocasião eu era o quarto mais jovem deputado da constituinte, só tendo mais jovens que eu, o Aécio, a Rita e o Cássio, e tive de vocês, mais experientes, toda a simpatia e todo o carinho necessário para realizar ali, o meu pequenino trabalho.

Comecei na política como deputado estadual em 1982 e depois de 32 anos resolvi que era hora de parar e não mais exercer mandatos ou cargos políticos. Agora me dedico exclusivamente à literatura, ao cinema e ao trabalho em uma fundação com finalidade cultural e educativa.

Apesar disso, amigo Temer, não consigo deixar de participar, indiretamente, dos debates sobre as coisas da política, não consigo deixar de ouvir e de falar sobre as coisas que acredito serem importantes para nosso país, e é por isso que me atrevo a enviar-lhe essa carta, para pedir-lhe uma única coisa, nada para mim, nada sobre política paroquial, mas no sentido de reforçar a ideia que eu tenho certeza que é sua desde sempre: Faça o melhor que você puder pelo nosso país!

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