2018O senador maranhense Roberto Rocha (PSB) concedeu entrevista exclusiva ao blog do jornalista Marco D’Eça, view publicado nesta sexta-feira (29), onde fica claro que a cada dia ele visa mais as eleições de 2018.

Inicialmente é preciso deixar claro que essa é a lógica natural, afinal Flávio Dino, caso se reeleja governador em 2018, será candidato ao Senado Federal em 2022 e um dos adversários de Roberto Rocha, caso o senador queira renovar o mandato por mais oito anos.

Sabendo desse embate inevitável e querendo concretizar um sonho de ser governador como o pai foi, Roberto Rocha simplesmente estará antecipando a disputa para 2018.

Rocha, na entrevista, deixa bem claro que está descontente com o comando estadual do PSB no Maranhão, atualmente presidido pelo prefeito de Timon, Luciano Leitoa.

“Entendo que o prefeito Luciano, por estar focado em sua reeleição e nas complexidades da gestão de seu município, não tem tido condições para dar o seu melhor para o crescimento partidário. O pedido, assinado por um membro da Juventude do PSB, baseia-se em questões estatutárias que, no entendimento do impetrante, considera que vem sendo desrespeitadas, violando a integridade partidária”, declarou.

Roberto Rocha quer o comando do partido para apoiar Eliziane Gama (PPS) na disputa pela Prefeitura de São Luís. Apesar de ter sido vice-prefeito de Edivaldo, Rocha sabe que Edivaldo, como sempre foi, será fiel novamente a Flávio Dino em 2018. Apoiando Eliziane, o senador aposta que o apoio será recíproco nas eleições estaduais.

Outro ponto interessante da entrevista e que deixa claro que Roberto Rocha prepara o terreno para o embate em 2018, é sobre o governador Flávio Dino. O senador afirma que não apenas recebeu ajuda de Dino para se eleger, mas também ajudou muito na eleição do governador.

“O crédito de uma eleição não pode ser dado a um único ator. Eu ajudei Flávio a se eleger e ele me ajudou. Estávamos em um projeto conjunto, pelo Maranhão, em que cada um pode contar a história do seu ponto de vista e assim apresentar sacrifícios de projetos pessoais feitos no presente ou no passado como cota de contribuição”, disse.

A entrevista deve ter repercussão no meio político e fatalmente desagradará o governador Flávio Dino, iminente adversário de Roberto Rocha em 2018. A entrevista também poderá servir de incentivo para que o comunista “caia de cabeça” nas eleições de São Luís e na reeleição de Edivaldo, até mesmo para evitar problemas maiores na sua própria reeleição.

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