Impeachment é aprovado e Dilma fica em situação delicadíssima

por Jorge Aragão

micheltemerÉ bem verdade que a votação na Câmara Federal ainda nem terminou, nurse mas 342 deputados federais (2/3 do parlamento), dos 513 existentes, já declaram ser favoráveis a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT).

O voto que confirmou a abertura do processo de impeachment foi dado pelo deputado federal Bruno Araújo  (PSDB-PE), o 447 a ser chamado para votar na tarde/noite deste domingo (17) histórico no Brasil.

A votação ainda segue na Câmara Federal e 36 parlamentares ainda irão votar, mas a expectativa já é para saber quando o processo de impeachment será encaminhado para o Senado Federal. A tendência é que no máximo em 15 dias o Senado se posicione.

Se a situação da presidenta Dilma já era complicada, após essa decisão da Câmara Federal passou a ser delicadíssima, afinal no Senado é preciso apenas a maioria simples, ou seja, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) já começa a se preparar para assumir a presidência da República.

Em tempo: a votação foi concluída às 23h49 e o resultado final foi que 367 deputados votaram pela abertura do impeachment. Já 137 dos parlamentares votaram contra, foram sete abstenções e dois faltosos.

A partir da publicação do resultado, que deve acontecer já na segunda-feira (18), o Senado Federal terá dois dias para receber a comunicação da abertura e formar uma comissão especial para analisar a admissibilidade do caso.

No Senado, a tendência é de que os senadores também aprovem a abertura do processo, pois a maioria simples é suficiente para a aprovação. Se isso ocorrer, Dilma será afastada por até 180 dias e julgada pelo plenário da Casa, em rito comandado pelo ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal.

No afastamento de Dilma, assumirá então a Presidência da República, durante o julgamento, o vice-presidente Michel Temer.

Maioria da Bancada Maranhense vota pelo impeachment de Dilma

por Jorge Aragão

bancada1Apenas uma surpresa entre os 18 deputados federais da Bancada do Maranhão na votação desta tarde/noite de domingo (17), nurse na Câmara Federal, pharmacy pela abertura ou não do processo impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT).

O deputado federal José Reinaldo (PSB), ex-governador do Maranhão, votou pelo sim e foi a única surpresa. No sábado (16), o governador Flávio Dino (PCdoB) assegurava que ele, que estava indeciso, votaria contrário ao impeachment, mas pelo visto Dino “vendeu gato por lebre para a presidenta Dilma”.

A Bancada Maranhão foi a 16ª a se posicionar e a maioria votou pela abertura do impeachment. Dez parlamentares – André Fufuca (PP), Victor Mendes (PSD), Juscelino Filho (DEM), Sarney Filho (PV), Eliziane Gama (PPS), Alberto Filho (PMDB), Cléber Verde (PRB), Hildo Rocha (PMDB), João Castelo (PSDB) e José Reinaldo (PSB) – votaram a favor do impeachment da presidenta Dilma.

Os demais oito deputados maranhenses – Zé Carlos (PT), Weverton Rocha (PDT), Júnior Marreca (PEN), João Marcelo (PMDB), Rubens Júnior (PCdoB), Pedro Fernandes (PTB), Waldir Maranhão (PP) e Aluísio Mendes (PTN) – votaram contrários ao afastamento da petista.

A votação segue na Câmara Federal e ainda faltam votar deputados federais de mais onze estados. O placar, após votação da Bancada Federal do Maranhão, aponta 210 votos a favor do impeachment.

Vale lembrar que são necessários 342 votos para a abertura do processo de impeachment, ou seja faltam 132 votos e, pelo visto, tudo caminha para o afastamento de Dilma Rousseff.

O primeiro voto será pelo afastamento de Dilma Rousseff

por Jorge Aragão

dilmaDentro de instantes, check na Câmara Federal, os 513 deputados federais estarão votando a favor e contra a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT). Apesar do leve favoritismo a abertura do processo de impeachment, a votação ainda está indefinida.

Entretanto, o primeiro voto será mesmo favorável ao afastamento de Dilma Rousseff. A ordem de votação é alternada entre parlamentares do Sul e do Norte do país, começando pela bancada de Roraima e terminando pela de Alagoas. Nas bancadas a votação será por ordem alfabética.

O primeiro deputado a votar será Abel Mesquita Júnior (DEM-RR), conhecido como Abel Galinha. O parlamentar tem posição definida – é a favor do afastamento de Dilma. Já o último deputado a votar será Ronaldo Lessa (PDT-AL), ele se diz “inclinado” a se posicionar contra o afastamento da petista.

Na Bancada do Maranhão, o primeiro deputado a votar será Alberto Filho (PMDB) e deve votar pelo impeachment de Dilma. Já o último maranhense a confirmar seu voto será o petista Zé Carlos, que será contrário ao afastamento da colega de partido.

Waldir Maranhão nega nova mudança de voto

por Jorge Aragão

O deputado federal e primeiro vice-presidente da Câmara Federal, pharm Waldir Maranhão (PP), acabou de confirmar, através das redes sociais, que votará mesmo contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PP).

No início da manhã deste domingo (17), especulou-se uma nova mudança de voto do enrolado Waldir Maranhão. As informações davam conta que após perder o comando do PP no Maranhão para o deputado federal André Fufuca, Waldir teria decidido voltar atrás, mas o próprio parlamentar classificou a informação como “boato”. Veja abaixo.

waldir

O curioso é que Waldir Maranhão justifica seu voto contra o impeachment “em nome da Democracia e em respeito ao povo brasileiro”, ou seja, significa dizer que durante boa parte do tempo, quando iria votar favorável ao afastamento de Dilma, Waldir Maranhão estava agindo contra a democracia e desrespeitando o povo brasileiro.

Que Waldir Maranhão mude de ideia, e boa parte das pessoas sabem o motivo, mas demagogia e hipocrisia barata, aí é demais.

Carta de apoio ao deputado federal e ‘pai’ Pedro Fernandes

por Jorge Aragão

pedrofernandesnova“Pai, story

Eu não gostaria de ter o direito de votar contra ou a favor do impeachment hoje, click ou seja, estar no seu lugar. Para mim, seria difícil.

Difícil para mim, por conta da pressão da maioria e do pensamento autoritário e ignorante do cidadão/mídia, ou qualquer outro ator político, que acredita que quem pensa diferente é porque tem interesse ou tem a mesma natureza de quem está sendo julgado.

Difícil para mim, porque talvez tenha herdado uma habilidade de liderança com a qual brigo diariamente. Ao mesmo tempo em que lidero pessoas no dia a dia, gostaria de não ser alvo; foco; ser exposta -coisas que naturalmente vêm da opção de liderar.

Acho muito oneroso. Pesa muito. E o processo decisório é solitário.

Ao mesmo tempo, não consigo deixar de ter opinião e decidir na minha rotina. Então vivo nessa briga interna, entre ser de um jeito e não querer ser.

Voltando ao ponto. Acho que a Presidenta vai cair e acho que não se tem que votar só porque a maioria vai votar; e sim por nossas, no caso, suas convicções.

Acho que o mais correto seria ela terminar o mandato dela e que o que o povo decidiu deveria ser mantido.

Quero crer que a democracia sairá mais forte deste processo constitucional (não acredito em golpe; afinal, nossos representantes decidirão, com base em processo definido constitucionalmente se ela vai ficar ou não), mas tenho dúvidas disso.

Tenho dúvidas porque muita coisa precisa mudar em nós como cidadão brasileiro. Tenho dúvida porque não sei se o cidadão brasileiro vai passar a ter autocrítica e tentar agir corretamente e com ética por conta disso.

Tenho dúvida porque a base da nossa cultura tem que mudar para que a política seja mais limpa como desejamos.

Então, acho que na segunda, vamos acordar com um gosto amargo de quem sonhou, idealizou e não compreendeu que não adianta só sonhar, tem que corrigir os erros (os nossos como indivíduos, que somos partes de um todo) diariamente; então vamos acordar com os mesmos problemas que dormimos no domingo.

Mas, infelizmente, sabemos, o processo também não será julgado pelo que consta nos autos e sim por uma série de eventos somados.

Fico feliz de estar bem representada no Congresso, liderada por um Homem que faz valer suas convicções; independente de eu concordar ou não com algumas delas, até porque nem sei se discordo desta e estou grata por não ter que decidir!

Sendo assim, peço a Deus então que lhe ilumine e lhe dê sabedoria, não apenas para essa decisão, mas para todas as outras, e, especialmente, para driblar a pressão e a incompreensão dos demais.

Por Liza Fernanda Fernandes”

Domingo histórico para o Brasil

por Jorge Aragão

dilmaViveremos um domingo atípico neste dia 17 de abril, ed pois ao invés do tradicional futebol ou até mesmo das eleições, case que acontecem a cada dois anos, o povo brasileiro acompanhará uma votação histórica na Câmara Federal e que pode culminar com o impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT).

Depois de dois dias de debates intensos, os 513 deputados federais irão votar pela abertura ou não do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. A sessão será aberta às 14h, e a previsão do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é iniciar a votação às 16h.

Todos os parlamentares serão chamados ao microfone e de maneira pública e individual, irão proferir o seu voto durante no máximo 30 segundos para votar. A ordem de chamada será por Estado. Nos estados a votação acontecerá por ordem alfabética. O primeiro deputado maranhense a votar será Alberto Filho e o último será Zé Carlos. Veja aqui a ordem de votação.

O Maranhão será o 16º estado a votar e a Bancada Federal segue dividida, pois dos 18 deputados federais do Maranhão, até o momento, nove parlamentares – André Fufuca (PP), Victor Mendes (PSD), Juscelino Filho (DEM), Sarney Filho (PV), Eliziane Gama (PPS), Alberto Filho (PMDB), Cléber Verde (PRB), Hildo Rocha (PMDB) e João Castelo (PSDB) – já confirmaram que irão votar a favor do impeachment da presidenta Dilma.

Já o número de deputados maranhenses contrários ao impeachment também é de nove parlamentares – Zé Carlos (PT), Weverton Rocha (PDT), Júnior Marreca (PEN), João Marcelo (PMDB), Rubens Júnior (PCdoB), Pedro Fernandes (PTB), José Reinaldo (PSB), Waldir Maranhão (PP) e Aluísio Mendes (PTN).

São necessários no mínimo 342 votos “sim” para que o parecer do relator da comissão especial de impeachment, Jovair Arantes (PTB-GO), seja aprovado.

Se aprovado, o processo vai para o Senado, que terá que decidir se acolhe a denúncia e julga a presidente por crime de responsabilidade. Caso não sejam alcançados os 342 votos, o processo é arquivado.

É aguardar e conferir, afinal será um domingo histórico para o Brasil.