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Se já não bastasse todo o desgaste que a Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (SEJAP), sovaldi sale na gestão Murilo Andrade, diagnosis tem propiciado ao governador do Maranhão, Flávio Dino (reveja), nesta sexta-feira (24), outro episódio mancha a atual administração.

De maneira desnecessária e arbitrária, uma equipe da TV Mirante foi constrangida ao tentar fazer uma matéria em frente ao Presídio São Luís (PSL) 3, na manhã desta sexta-feira.

A matéria era justamente pelo fato que duas fugas aconteceram em 2015 no PSL 3. Pior é que nas duas fugas ocorridas, um mesmo preso fugiu duas vezes em menos de dois meses, o preso Nilson Sousa, o “Diferente”, apontado como um dos lideres da violenta rebelião de 2010 em Pedrinhas, que culminou com a morte de 18 detentos.

A equipe da TV Mirante, comandada pelo jornalista Marcial Lima, estava em frente ao PSL para fazer imagens do local da fuga quando foi abordada por cerca de cinco homens fortemente armados (foto acima). Segundo o jornalista, os homens estavam com coletes do Sistema Penitenciário e da Polícia Civil.

De maneira despreparada e autoritária os homens armados exigiram a documentação dos três funcionários da TV Mirante, já que além de Marcial Lima, um cinegrafista e um motorista integravam a equipe.

Nem mesmo os crachás dos profissionais e a afirmação que estavam ali para trabalhar foi o suficiente. Os homens exigiram ainda as identidades dos profissionais da Mirante, que ficaram retidos por quase 15 minutos. Marcial Lima, que se recusou a entregar sua identidade, ainda chegou a ser ameaçado.

O curioso é que essa mesma destreza não foi vista nem nas duas fugas do próprio PSL 3 e muito menos no resgate de quatro presos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

O Blog aproveita a oportunidade para se solidarizar com os colegas da TV Mirante e pede providências do Governo do Maranhão, para que a imprensa possa ter a garantia de trabalhar com liberdade e sem ser constrangida, como sempre aconteceu.

O Blog também registra a atitude digna de dois membros da Segurança do Maranhão, Amon Jessen (Sindicato da Polícia Civil do Maranhão) e Cezar Bombeiro (Sindicato dos Agentes Penitenciários) que condenaram a atitude dos policiais civis e agentes penitenciários, envolvidos nesse lamentável episódio.