Um pouco da história sobre governadores e o carnaval

por Jorge Aragão

Do blog de Benedito Buzar

Roseana Sarney]O carnaval de São Luis até a década de 1960 dividia-se em brincadeiras de rua e de salão.

No carnaval de rua, malady prevaleciam as manifestações populares em suas diversas atrações: corsos, there blocos, sale batucadas, mascarados e fofões.

O carnaval de salão primava pelos bailes nos clubes de primeira e de segunda. Os de primeira realizavam-se no Jaguarema, Lítero Recreativo Português, Cassino Maranhense e Clube dos Sargentos, bem como nas residências particulares – os chamados assaltos. Os de segunda, também denominados bailes de máscaras, faziam grande sucesso na cidade e organizados para atender uma clientela masculina, que buscava programas com mulheres descompromissadas.

Os clubes sociais, freqüentados por associados e convidados da alta e média sociedade, organizavam festas carnavalescas que começavam no réveillon e terminavam no chamado tríduo momesco.

A essas festas carnavalescas, não faltavam os representantes dos setores da iniciativa privada e membros dos poderes públicos.  Aos governadores e prefeitos os clubes destinavam mesas especiais, colocadas em lugares privilegiados. Na chegada deles, a orquestra executava o hino estadual e os foliões paravam de cantar, pular e dançar.

Da redemocratização do país aos dias de hoje, poucos foram os governadores que deixaram de comparecer às festas carnavalescas. Os dois primeiros, Sebastião Archer da Silva e Eugênio Barros parece que não tinham muita afinidade com o Rei Momo.

Tudo leva a crer que foi no governo de Matos Carvalho (1956-1960) que o poder público estadual passou a marcar presença na folia de São Luis. Tudo começou com um grupo de mulheres da alta sociedade – ressaltando-se a primeira dama, Ada Carvalho, que, com a colaboração dos principais clubes sociais, promoveu uma deslumbrante festa carnavalesca no Teatro Artur Azevedo, especialmente decorado por Iêdo Saldanha. A renda do evento destinou-se às obras sociais. O acesso exigia que as mulheres se apresentassem com fantasias finas e os homens com traje a rigor.

O governador Newton Bello também gostava de carnaval. Mas não costumava freqüentar os bailes dos clubes Jaguarema, Lítero e Cassino Maranhense. Geralmente, reservava a noite de terça-feira para comparecer ao Clube dos Sargentos, no bairro do João Paulo, onde, em companhia do secretariado, esbaldava-se até a madrugada de quarta-feira.

Quando José Sarney e Antônio Dino se elegeram governador e vice (1966 a 1970), o Jaguarema passou a ser o clube oficial. Sarney e Dino chegavam ao clube juntos e com os familiares. O vice-governador chamava a atenção dos foliões pelo uso de um chapelão.

Mas foi o sucessor de Sarney, o professor Pedro Neiva que, apesar da idade avançada, marcou época no carnaval. Ele, ao lado da esposa Eney, do filho Jayme e da nora Alberlila, dificilmente perdia um baile de carnaval no Jaguarema. Embora não dançasse, passava a noite fazendo o que gostava: conversar.

Os governadores que vieram a seguir, Nunes Freire, João Castelo e Luiz Rocha, apenas Castelo gostava de carnaval, por isso, na temporada momesca, dividia-se entre São Luis e Caxias, sua terra natal.

Ivar Saldanha, substituto de Castelo, não era de freqüentar clube social. Adorava as brincadeiras de rua, onde se juntava aos batuqueiros e sambistas. Servia-se de surrado boné para saudar os foliões que o identificavam.

Mas foi o sucessor de Luiz Rocha, o governador Epitácio Cafeteira, que deixou o seu nome indelevelmente marcado no carnaval de São Luis. Não por ter feito algo de positivo. Ao contrário, acabou sendo o responsável direto pelo fim do carnaval popular e dos bailes de máscaras.

Cafeteira perpetrou esse golpe contra o carnaval ao no exercício do cargo de prefeito da capital maranhense. Surpreendentemente, no dia 2 de janeiro de 1966, os jornais da cidade chegaram às ruas com uma notícia absurda e insensata: um decreto do prefeito proibia taxativamente a realização de bailes populares, bem como o uso de máscaras nas festas carnavalescas. Justificativa: o uso de máscaras nos clubes carnavalescos contribuía para o aumento da prostituição e da imoralidade pública.

A repercussão do decreto foi imediata. Enquanto a maioria da população criticava a atitude do gestor, considerando-a demagógica, parte restrita da sociedade, especialmente o clero, apoiava. Os donos dos bailes, inconformados com os inerentes prejuízos, entraram com recursos na Justiça para tornar sem efeito o decreto da municipalidade.

O vice-governador Antônio Dino e o deputado Clodomir Millet usaram as emissoras de rádio e televisão para condenar o ato do prefeito e exigir que o governo do Estado agisse imediatamente para reabrir os bailes populares. Nesse sentido, o coronel Antônio Medeiros, secretário de Segurança, avoca a competência quanto ao disciplinamento das brincadeiras carnavalescas, por isso, autoriza o funcionamento imediato dos bailes de máscaras.

Cafeteira desconhece o ato do secretário de Segurança, indo bater às portas da Justiça para anulá-lo.  Com a cidade em pé de guerra, o governador Sarney pede ao coronel Alberto Braga para a Guarnição federal instaurar Inquérito Policial Militar para conter as atitudes do prefeito, que visavam promover a intranqüilidade social.

Para não entrar na briga, a Justiça só meses depois se pronuncia sobre o polêmico assunto, fato que fez a população não brincar o carnaval e ainda assistir a eutanásia dos bailes de máscaras.

Depois dessa desastrosa ação de Cafeteira, o carnaval de São Luis ingressou numa completa decadência. Sem os bailes populares, as brincadeiras de rua sumiram e as festas nos clubes sociais perderam o encanto e a animação.

Só depois que Roseana Sarney elegeu-se governadora (1995-1999), sendo ela uma fanática foliona, o carnaval de São Luis voltou a dar sinal de vida. Para isso, investiu recursos, convocou os artistas e elaborou uma programação para reanimar o povo e fazê-lo participar dos eventos em homenagem a Momo.

*Benedito Buzar nasceu em Itapecuru Mirim. Jornalista, advogado, escritor, professor universitário (aposentado). Ex-deputado estadual. Ocupou cargos no setor público, dentre os quais, chefe de gabinete e secretário municipal de Educação e Ação Comunitária, presidente da Maratur, presidente do Sioge, secretário da Cultura do Maranhão, presidente do Conselho Estadual de Cultura, membro do Conselho Universitário da Universidade Federal do Maranhão, gerente da Gerência de Desenvolvimento Regional de Itapecuru Mirim. Membro da Academia Maranhense de Letras, da qual é o atual presidente. Publicou vários livros.

Maranhenses voltam a campo pela Copa do Nordeste

por Jorge Aragão

sampaioemotoAs equipes maranhenses Sampaio Corrêa e Moto Club voltam a campo nesta semana pela Copa do Nordeste, viagra para tentar se aproximar ainda mais da classificação.

Primeiro colocado do grupo B, com 4 pontos conquistados em duas partidas, o Sampaio Corrêa enfrentará o Coruripe no estádio Castelão, em São Luís. O Tricolor jogará na sexta-feira (20).

Também primeiro colocado de seu grupo [o C], o Moto Club, que tem do mesmo modo 4 pontos conquistados, enfrentará o Salgueiro em Pernambuco. O Papão do Norte joga na quarta-feira (18).

As suas equipes não pararam durante o período do carnaval, e trabalham duro para conquistar mais três pontos na tabela.

Neste primeiro semestre, além da Copa do Nordeste, Sampaio e Moto Club irão disputar o Campeonato Maranhense e a Copa do Brasil.

 O tricolor enfrentará na estreia, da competição nacional, o Estrela do Norte, no estádio Sumaré, em Cachoeiro do Itapemirim [ES] e o rubro-negro enfrentará o Boa Esporte [MG] no estádio Castelão, na capital. As duas partidas ocorrerão no dia 25 deste mês.

Carnaval e choque de realidade

por Jorge Aragão

IPVAAgora, seek tudo é Carnaval, healing é folia, stomach é festa, momento de total descontração e de, por alguns instantes, esquecer os problemas, deixá­-los presos no calabouço da Corte de Momo. Mas Quarta­-Feira de Cinzas está bem aí, pertinho, e, quando chegar, trará consigo a realidade de que agora é hora de trabalhar, de correr atrás, enfim, de fazer as coisas acontecerem.

Afinal, há uma máxima de que o ano no Brasil só começa após o Carnaval. Ainda bem, se é que é possível se pensar assim, que este ano o Carnaval foi mais cedo, em fevereiro. Perde­-se, portanto, apenas dois meses de 2015, isso sem falar nos inúmeros feriadões que se para uns é motivo de alegria, para o Brasil é prejuízo.

O problema é que sair do reino da fantasia do Carnaval para o choque de realidade não é fácil. As velhas preocupações, tais como o que fazer para fechar as contas do mês, com um orçamento cada vez mais apertado, vem à tona.

Endividamento no cartão de crédito, no cheque especial, no empréstimo consignado, além de reajustes constantes nos preços dos produtos, inflação e desemprego, são fantasmas que o folião terá que conviver após o Carnaval.

Somando­-se ainda os gastos remanescentes das festas natalinas, o pagamento de impostos, como o IPVA e IPTU, e a entrega da Declaração de Imposto de Renda, faz com que o brasileiro se dê conta de que a vida não é somente festa e que o Brasil passa por momento de dificuldade. Quem dera fosse fantasia de Carnaval.

Se a economia do país já vinha patinando nos últimos anos, agora então parece que paralisou. Os próprios indicadores do Banco Central mostram essa conjuntura negra para o Brasil, ao indicar que em 2014 a riqueza produzida por empresas e famílias encolheu 0,15%, segundo pior resultado em uma década, sendo superado pela contração registrada em 2009, quando o encolhimento foi de 1,25%.

Todo esse problema foi agravado ainda com os gastos excessivos do Governo Federal e de medidas de ajuste fiscal tomadas com a finalidade de equilibrar as contas públicas, mas que só geram mais desconfiança no mercado, sem falar na corrupção desenfreada na Petrobras, que está abalando a credibilidade do país.

Essa onda de pessimismo e de falta de perspectivas que contaminou a economia brasileira refletiu negativamente em todas as atividades, seja comércio, indústria, serviços e até mesmo no agronegócio.

Como consequência, caiu o investimento, a produção diminuiu, o desemprego aumentou, os juros estão na estratosfera, o consumo retraiu. Empresas estrangeiras que apostaram no Brasil já não o veem como um bom lugar para se investir, pois estão obtendo resultados financeiros pífios. A credibilidade e confiabilidade no país já não têm mais lastro e o capital externo tende a se deslocar, deixando no vácuo o chamado “espetáculo do crescimento” tão propalado pelo Governo Federal, mas que se esvai como fumaça.

Passado o Carnaval, é hora de o Governo Federal trabalhar para que o Brasil retome os investimentos e gere mais empregos, de modo que o país volte a crescer ao patamar de sua importância no contexto econômico mundial.

Editorial de O Estado do Maranhão

Victor Mendes destaca abertura do carnaval de Pinheiro

por Jorge Aragão

Victor Mendes carnavalO deputado federal Victor Mendes destacou por meio de seu perfil, malady em rede social, no rx a abertura do Carnaval de Pinheiro, shop que ocorreu no sábado.

Mendes afirmou que a festa ocorreu em clima de muita descontração e segurança nos três principais circuitos da cidade: Babado da Folia, Pinicão e Praça Sarney.

Ele parabenizou o prefeito Filuca Mendes e a empresa Sofesta pela organização e estrutura da festa momesca, pela estrutura de som, segurança e a novidade para os pinheirenses: a máquina de fazer espuma.

“Quero desejar a todos os maranhenses um carnaval feliz, com segurança e muita alegria”, registrou.

A programação do carnaval de Pinheiro se estende até amanhã.

Deputados se articulam por comissões na Assembleia

por Jorge Aragão
Marco Aurélio ficará na CCJ

Marco Aurélio ficará na CCJ

Depois do Carnaval, nurse o clima deverá esquentar na Assembleia Legislativa. Os deputados que nas primeiras semanas de mandato já se movimentavam para fazer as composições das comissões permanentes da Casa deverão intensificar as conversas para que na primeira semana de março tudo esteja definido.

Algumas comissões já estão com o processo de escolha do presidente já encaminhado. É o caso da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que será comandada pelo deputado do PCdoB, professor Marco Aurélio.

A de Educação também já tem comandante praticamente definido. O peemedebista Roberto Costa deverá ficar como presidente. Já outra importante comissão, a de Orçamento e Fiscalização, ainda está em processo de escolha.

Até a semana passada, estava praticamente definido o deputado Alexandre Almeida (PTN) para presidir essa comissão. No entanto, os movimentos feitos por Eduardo Braide não permitiram que o martelo fosse batido a favor de Almeida.

Braide tem trabalhado nos bastidores para deixar a Comissão de Orçamento sob o comando de Max Barros do PMDB. Os próximos capítulos deverão definir os rumos dessa comissão e de outras menos disputadas. Na verdade, após a definição dos membros da CCJ, da Educação e do Orçamento é que as demais comissões serão compostas.

Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão

Advogado maranhense vai à Justiça e pede a retomada da obra de refinaria

por Jorge Aragão

refinaria

O Estado – O advogado maranhense Pedro Leonel e Carvalho protocolou na Justiça Estadual, stomach no fim da semana passada, view ação popular por meio da qual pede que a Petrobras seja obrigada a retomar as obras de implantação da Refinaria Premium I, stomach em Bacabeira.

O caso deve ser julgado pelo juiz Douglas de Melo Martins, titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos da Comarca de São Luís. Lançado em 2010, o projeto foi oficialmente abandonado pela estatal no final do mês de janeiro deste ano, após diversos adiamentos.

Ao anunciar a “descontinuidade” da obra, a Petrobras justificou a desistência dos projetos alegando a falta de parceiros e a revisão das expectativas de crescimento do mercado de combustíveis.

No total, Refinaria de Bacabeira já consumiu, só com terraplenagem, mais de R$ 2 bilhões. O advogado sustenta que a decisão da Petrobras ­ ilegal e inconstitucional, segundo ele ­ é lesiva ao patrimônio público. E pede que a Justiça obrigue a empresa a retomar de forma definitiva a execução da obra.

“Pretende­-se, na presente ação popular, que seja mandamentado à Ré, por determinação judicial, o cumprimento de típica obrigação de fazer, que seja: a de providenciar a retomada definitiva da execução do projeto de implantação da Refinaria Premium I”, diz o texto da petição protocolada na Justiça estadual.

Confiança ­ – Ao propor a ação, Pedro Leonel argumenta, por exemplo, que a confiança de empresários e pequenos investidores no Governo Federal e na própria Petrobras os levou a acreditar no projeto e investir na área, e levanta a tese de que a corrupção na estatal pode ter sido fator motivador da desistência da implantação da refinaria no Maranhão.

“O que […] não se pode permitir é que a sociedade brasileira, especialmente a maranhense, seja fatalmente penalizada com a péssima gestão dos recursos públicos havida no âmbito da Ré, frustrando as justas expectativas de evolução socioeconômica do Estado”, completa, lembrando que pessoas “de boa-­fé” realizaram investimentos acreditando na conclusão da obra.

“Inúmeros são os relatos de pessoas que, de boa-­fé, realizaram investimentos aguardando o início da nova dinâmica socioeconômica a ser inaugurada com a implantação da Refinaria Premium I. […] Portanto, como se disse, a continuidade do projeto da Refinaria Premium I é medida que se impõe”, finalizou.