Junior Bolinha e as suas amizades

Junior Bolinha e as suas amizades

Blog Direto Ao Ponto

O promotor Benigno Filho, seek da 1ª Promotoria do Júri da capital, entregou as suas Alegações Finais no processo que apura a morte do corretor Fábio Brasil, ocorrido em 31 de março de 2012. Envolvido em negócios nebulosos no Estado do Maranhão, “Fabinho”, como era conhecido, teria captado mais de 8 milhões de reais com agiotas e voltou ao Piauí devendo essa fortuna a pelo menos 12 empresários que trabalham no comércio de dinheiro, ou “corretagem de ativos”, como querem os acusados.

Por estas e outras coisas, corre, em segredo de justiça, na Polícia Federal do Maranhão, uma investigação que apura os crimes de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e outros, tendo como acusados os principais agiotas do Estado vizinho.

A Policia do Piauí nada conseguiu descobrir a respeito dos autores do assassinato. Fábio foi morto no interior de uma camioneta Saveiro, na porta de sua loja, na avenida Miguel Rosa, zona sul de Teresina, em plena manhã de um sábado.

No início de maio de 2012, quando a policia do Maranhão chegou, quase por acaso, ao assassino do jornalista Décio Sá, de São Luís, também alcançou os envolvidos com a morte de Fábio Brasil, em Teresina. Jonathan, pistoleiro paraense, confessou que matou o jornalista Decio Sá e também Fábio Brazil, e citou que os mandantes de ambos os crimes seriam Gláucio Alencar e seu pai, José Alencar Miranda.

Jonathan acusou, como intermediário do crime, José Raimundo Sales, vulgo “Bolinha”, conhecido da polícia do Piauí por envolvimento com cargas roubadas. “Bolinha” foi preso uma vez pelo delegado Bareta, hoje na delegacia de Homicídios. Também são acusados do crime o motorista Elker Farias Veloso e o capitão da Polícia Militar do Maranhão, Fábio Aurélio Saraiva Silva, vulgo “Capita”, que seria o fornecedor da arma ao pistoleiro Jonathan.

O promotor Benigno Filho afirmou em seu pedido que somente reconhece a autoria do crime para o pistoleiro Jonathan, o seu ajudante, Elker, e o intermediário “Bolinha”, que passa a ser o mandante do crime.

Aos demais, diz o Promotor, não pode ser aplicada a certeza, ou ao menos a dúvida, para levá-los ao Tribunal do Júri, em razão do que opina pelo fim das acusações em relação a Gláucio e seu pai, Alencar, para quem pede suas impronúncias.

O caso vai agora para os acusados apresentarem as suas próprias Alegações Finais. Depois, o processo segue para o Juiz Antonio Reis Noleto decidir sobre o futuro dos envolvidos na trama.  Os acusados estão em liberdade por decisão do juiz de Teresina, que determinou a soltura de todos, exceto do pistoleiro e do motorista da moto, que se encontram em prisão federal.