Depois de ser instalada no início deste mês, capsule a CPI dos Combustíveis, que visa investigar abusos no preço da gasolina e formação de cartel na capital maranhense, começará a ouvir os depoimentos dos convidados e envolvidos a partir desta terça-feira (22), às 14h, no Plenarinho da Casa.

Todas as audiências serão transmitidas ao vivo pela TV Assembleia, nos canais 51,2 (aberto) ou 17 (TVN). A população também vai poder participar por meio do link “CPI dos Combustíveis” no portal da Assembleia Legislativa www.al.ma.gov.br. Basta preencher um formulário e enviar a colaboração à Comissão em tempo real.

Os primeiros depoimentos seguem por toda esta semana, do dia 22 ao dia 25 de abril. De terça a quinta-feira, os depoimentos iniciarão às 14h, mas na sexta-feira (25), acontecerá às 8h30.

De acordo com o deputado estadual Othelino Neto (PCdoB), presidente da Comissão Parlamentar de inquérito, serão ouvidos convidados e convocados, no prazo de 120 dias, para extrair dessas pessoas as informações suficientes com o objetivo claro de ter uma apuração rigorosa, mas respeitando o direito de ampla defesa daqueles que estiverem na condição de investigados.

“Precisamos dar um resultado concreto, consolidado para a sociedade e, dessa forma, cumprir a missão que é coibir essa exploração que está acontecendo contra a população de São Luís e do Maranhão com essas cobranças abusivas dos preços dos combustíveis”, afirmou Othelino (foto).

Além de Othelino, a CPI dos Combustíveis conta ainda com André Fufuca (PEN) como vice-presidente, César Pires (DEM) como relator e os deputados Jota Pinto (PEN), Carlos Amorim (PDT), Roberto Costa (PMDB) e Francisca Primo (PT), como membros titulares.

Depois das polêmicas, recipe principalmente envolvendo PDT e PSB, health com a eventual chegada do PSDB no palanque do pré-candidato ao Governo do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), o comunista tentará buscar o consenso dentro da Oposição.

A tarefa de Dino não será nada fácil, afinal ele terá que convencer a partidos e políticos que estavam desde o início acreditando no projeto de sua candidatura a rediscutir um acordo já firmado em 2012.

Naquela oportunidade, foi acertado entre quatro partidos – PCdoB, PSB, PDT e PTC – que Dino seria o candidato ao Governo do Maranhão, o PDT indicaria o nome do candidato a vice-governador, o PSB teria Roberto Rocha como candidato ao Senado e todos apoiando a candidatura de Edivaldo Júnior a Prefeitura de São Luís.

O problema é que Dino tentou ampliar o leque de apoios e ofereceu o que podia e não podia ao PPS e ao PSDB para consegui-los trazer para o seu palanque. A chegada do PSDB pode trazer complicações com PDT e PSB, afinal se especula que o deputado federal Carlos Brandão possa ser o indicado a vice e tome a vaga que seria dos pedetistas. Além disso, o ex-prefeito e ex-governador, João Castelo, deve disputar o Senado e complicar a situação de Roberto Rocha.

Já o PPS, internamente começa a surgir uma corrente que defenda a candidatura da deputada estadual Eliziane Gama para o Senado, outro grande problema para Rocha, que vai vendo a sua candidatura única para senador da Oposição sendo implodida da noite para o dia.

E isso sem falar que a chegada do PSDB no palanque de Dino já está nacionalizando a disputa eleitoral no Maranhão, os peemedebistas já afirmam que agora a disputa é Aécio/Dino X Dilma/Lobão, o que convenhamos não foi um bom negócio para o comunista, afinal é justamente no Maranhão que o PT, com Lula e Dilma, conseguiu sempre seus melhores resultados nas eleições em que conseguiram chegar e permanecer no poder.

De qualquer forma, essa é a difícil missão de Dino, unir a Oposição com a chegada do PSDB e PPS no seu palanque e encarar que terá contra sua candidatura as estrelas do PT, Lula e Dilma, que estarão ativamente na campanha de Lobão Filho.

No domingo (20), store o analista político e ex-deputado Joaquim Haickel (PMDB) levantou algumas possibilidades de cenário para as eleições de 2014. Uma delas, seek a chegada do PDT para apoiar a pré-candidatura de Lobão Filho (PMDB), drugs de fato já está sendo trabalhada nos bastidores.

Como o Blog já destacou, o senador Lobão Filho, percebendo a insatisfação do PDT com a chegada do PSDB no grupo do comunista Flávio Dino (PCdoB), já teria iniciado uma conversa com os pedetistas e aposta na conjuntura nacional, afinal todos apoiam a reeleição de Dilma Rousseff (PT), para uma aliança no Maranhão.

Para a chegada do PDT e abertura de espaço na chapa majoritária de Lobão Filho, o PT poderia abrir mão da indicação do candidato a vice-governador para o PDT e ficar com a vaga de primeiro suplente para o Senado.

A princípio poderia se questionar se de fato a ‘troca’ seria benéfica para o PT, mas uma análise mais fria é fácil perceber, principalmente como está sendo construída a articulação, que a troca seria vantajosa para o PT.

Atualmente o PMDB trabalha com dois nomes para o Senado, os deputados Gastão Vieira (federal) e Arnaldo Melo (estadual). Se o indicado for Gastão Vieira, as possibilidades de Gastão retornar a equipe de Dilma já são enormes, imagina se o retorno do peemedebista significar uma vaga para o PT no Senado.

Já se o indicado para a disputa for Arnaldo Melo, o atual presidente da Assembleia poderia integrar a equipe de Lobão Filho no Governo do Maranhão, numa eventual vitória do peemedebista, e da mesma forma o PT maranhense estaria com um representante no Senado.

É claro que por enquanto as conversas estão apenas sendo iniciadas, mas que uma eventual troca seria vantajosa para o PT, acho que isso ninguém contesta, afinal se a Oposição se dividir para a disputa do Senado, como deve acontecer, as chances de vitória do PMDB são ainda maiores.