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Ao que tudo indica o pré-candidato ao Governo do Maranhão, medical Flávio Dino (PCdoB), generic pode ter dado um tiro no pé com a eventual aliança com o PSDB. Dino que estava em situação de conforto, pode ter cometido um erro fatal para sua candidatura.

No afã de ter o PSDB e a reboque o PPS no seu palanque, o comunista parece não ter medido as consequências de seu ato. Com uma aliança desnecessária, pelo menos nesse momento, afinal o PSDB estaria com Dino de qualquer jeito, no primeiro ou no segundo turno, o comunista terá vários problema internos para enfrentar.

O primeiro grande erro de Dino foi definitivamente ter deixado o PT e suas estrelas, leia-se Lula e Dilma, inteiramente à vontade para vir ao Maranhão e declarar apoio irrestrito a candidatura do PMDB, do senador Lobão Filho, que é filho do ministro de Minas e Energia de Dilma, Edison Lobão.

Se Dino mantivesse a postura de aliado do PT, as estrelas petistas dificilmente viriam ao Maranhão, como aconteceu em 2010, mas dando palanque a dois adversários diretos de Dilma, como Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB), Dino ‘autorizou’ Lula e Dilma a virem ao Maranhão, Estado onde historicamente tiveram as maiores votações em todas as campanhas presidenciais.

Além disso, mais uma vez, Dino vai passar a imagem de incoerente e desleal, afinal como um político consegue passar quatro anos empregado de um governo, exercendo cargo de confiança como o de presidente da EMBRATUR, e graças a isso permanecendo na mídia e não no ostracismo, e agora de repente irá trabalhar pela não continuidade de quem lhe estendeu a mão, leia-se Dilma Rousseff, após mais uma derrota nas urnas, em 2010.

A chegada do PSDB no palanque de Dino também significa que os tucanos irão indicar um nome para a majoritária, como o candidato ao Senado será Roberto Rocha (PSB), dito pelo próprio Dino, caberá ao PSDB tomar a indicação do vice-governador que seria do PDT.

Novamente Dino demonstra deslealdade com que esteve com ele desde o início, ou seja, os pedetistas, antes aliados de primeira linha e agora renegados. A tendência é que o PDT parta para uma candidatura própria, afinal ficou claro que passou a ser persona não grata na nau comunista.

dinoecasteloPara completar a lambança de Dino, a deputada estadual Gardênia Castelo (PSDB) assegurou ao Blog na manhã desta quarta-feira (16), que o seu pai, o ex-prefeito e ex-governador João Castelo (PSDB) será mesmo candidato a Senador, independente de onde o PSDB estiver.

“O Castelo tem recebido apoios e pedidos do Maranhão inteiro para que ele seja mesmo candidato ao Senado e isso o motivou para repensar a aposentadoria e encarar novamente as urnas. A candidatura para o Senado é majoritária e nós teremos a legenda do PSDB para termos um candidato em qualquer situação”, afirmou a deputada estadual.

A declaração de Gardênia aumenta a possibilidade do PSDB ter João Castelo ao Senado e não deve ser bem recebida pelo vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha (PSB), até o momento candidato único ao Senado, pelo grupo de Flávio Dino.

Por fim, Dino com a vinda do PSDB pode trazer a reboque o PPS, que sem possibilidade de aliança deve marchar com o comunista. No entanto, quem ficará com a pulga atrás da orelha é outro aliado incondicional de Dino, o prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PTC), afinal com o PSDB e o PPS, desembarcam na nau comunista, os deputados estaduais Neto Evangelista (PSDB) e Eliziane Gama (PPS), dois adversários diretos de Edivaldo Júnior em 2016.

Com a “jogada de mestre” de Flávio Dino de se aliar ao PSDB, ele pode ter conseguido de uma só vez, liberar definitivamente as estrelas do PT para Lobão Filho, perder o PDT no seu palanque, demonstrar sua incoerência e deslealdade com aliados e desagradar os ‘aliados’ prefeito e vice-prefeito de São Luís.

Definitivamente um tiro no pé e que pode ser decisivo nas eleições.

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