Arnaldo Melo e Roseana Sarney

Arnaldo Melo e Roseana Sarney

De O Estado – O presidente da Assembleia Legislativa, decease deputado Arnaldo Melo (PMDB), drugs assegurou ontem após sessão ordinária, que cumprirá tudo aquilo que for acertado por seu grupo político em relação a eleição indireta na Casa, numa eventual renúncia da governadora Roseana Sarney (PMDB).

Melo assegurou que jamais ouviu da governadora a confirmação de que ela sairá do Executivo para disputar uma vaga no Senado Federal, e informou estar tranquilo em relação ao processo que se aproxima. O peemedebista explicou que confia em seu grupo e rechaçou ruptura política com a chefe do Executivo.

Visivelmente tranquilo, Arnaldo Melo explicou que aguardará a decisão de Roseana em relação a possível candidatura ao Senado, para somente então editar junto aos demais deputados e em seguida colocar em votação no Plenário da Casa, a Resolução Legislativa que regulamentará os trâmites da eleição indireta. É na resolução que ficará estabelecido as regras gerais e específicas para o registro de candidatura, eventuais impugnações, votação e data do pleito.

Perguntado se existe algum tipo de impasse ou divisão na base governista em relação à eleição indireta, na qual ele figura como um dos cotados para a disputa, assim como o secretário de estado da Infraestrutura e pré-candidato ao Governo na eleição de outubro, Luis Fernando Silva (PMDB), Melo negou, e disse estar tranquilo em relação à linha sucessória no Executivo.

“O que for acertado comigo eu cumprirei. E tenho a certeza de que o grupo também cumprirá o que for acertado comigo. Portanto, vejo isso com muita tranquilidade”, afirmou.

 Prazos – Caso a governadora Roseana Sarney opte por renunciar o comando do Executivo para disputar a eleição de outubro, Arnaldo Melo é quem assume automaticamente o Governo do Estado. Nesta condição, ele tem a obrigação constitucional de realizar num prazo de 30 dias a eleição indireta para os cargos de governador e vice-governador.

Mas, como o prazo de desincompatibilização de cargos para quem pretende disputar a eleição de outubro acaba no dia 5 de abril, desde ontem, aquele que assumir o comando do Executivo como governador-tampão, estará inelegível para qualquer outro cargo, ou seja, poderá disputar somente a reeleição para o Governo.

Em relação a essa questão, Arnaldo também disse nada temer. “Essa questão do prazo de 30 dias não inviabiliza nada, essa é a verdade. Por exemplo, se um deputado assumisse hoje [ontem] o Governo, ele teria 29 dias para realizar a eleição, a não ser que ele não quisesse. Mas há prerrogativas constitucionais e regimentais para isso. No entanto, tudo é especulação, até porque não se pode dar um passo sobre esse projeto em razão de ser uma decisão unilateral e de foro íntimo da governadora. Somente podemos entrar nessa discussão se a governadora decidir deixar o Governo. Não há nenhum desconforto em relação a esse estreitamento de prazos”, disse.

Arnaldo reafirmou que aguardará a definição de Roseana e disse que caminhará junto a seu grupo político numa eventual eleição indireta. “Sou um homem de palavra e compromisso. Tenho 24 anos de mandato como deputado estadual, e durante todo esse tempo jamais mudei algum posicionamento meu. Sempre mantive o mesmo posicionamento, até nos momentos mais difíceis. Portanto, se eu assumir um mandato tampão ou qualquer outra coisa de acordo com o meu grupo, aquilo que estiver acertado com o grupo eu cumpro”, finalizou.