Governador e presidente do TJ-PI (Foto: Meio-Norte)

O Estado do Piauí também está passando nesta semana, sovaldi pela mesma situação que o Maranhão passou na semana passada, sobre a definição de quem substitui o seu governante em sua ausência, mas a decisão tomada pelos piauienses foi diferente da dos maranhenses.

Confesso que fiquei sem entender como o Governo do Piauí foi passado nesta segunda-feira (09), ao presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Edivaldo Moura, sem que o poder chegasse ao parlamento piauiense.

O governador piauiense viajou para Washington nos Estados Unidos para tratar sobre empréstimo para o Estado, mas antes de viajar, segundo os principais portais de notícias, repassou o cargo para o presidente do TJ-PI.

Na linha sucessória, os substitutos seriam: o vice-governador (Moraes Filho), o presidente da Assembleia (Themístocles Filho) e só depois o presidente do TJ. Ou seja, para o “poder” chegar ao judiciário, ele obrigatoriamente teria que passar pelo legislativo. Salvo se os três: governador, vice-governador e presidente da Assembleia, viajassem juntos para fora do Brasil.

No entanto, os portais de notícias do Piauí não se atentaram para isso e as explicações foram as mais absurdas possíveis para que o comando do Estado chegasse ao TJ-PI.

O Portal Meio-Norte chegou a dizer que o desembargador Edivaldo Moura assumiu pelo fato do vice-governador está viajando e o presidente da AL estaria doente. Já o Portal Cidade Verde disse que o presidente da AL estava impossibilitado. O Portal 180º graus por sua vez afirma que o comando chegou ao TJ-PI pelo fato do vice-governador e o presidente da AL, estarem cumprindo agenda fora do Estado.

Se o presidente da AL estava doente e licenciado, quem deveria assumir o Governo do Piauí, assim como aconteceu no Maranhão, seria o 1º vice-presidente do parlamento. A mesma coisa se ele estivesse impossibilitado e o fato dele viajar para fora do Piauí, mas dentro do Brasil, não cria nenhum óbice nem para ele e muito menos para o vice-governador assumirem o Estado.

Sendo assim, ou o presidente da AL-PI assumiu e depois se licenciou, para que o poder chegasse ao TJ-PI, como fez o presidente da AL-MA Arnaldo Melo em dezembro de 2011, para que o à época presidente do TJ-MA, desembargador Jamil Gedeon, assumisse o Governo do Estado e isso não foi explicitado nas matérias, talvez para não gerar críticas pelo rodízio no comando do poder piauiense, ou o que foi feito no Piauí além de está errado, afronta a Constituição.